Querido ProfeSoo

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- Assim... só acho que você deveria ir lá e falar com ele - Minseok opinou, dizendo o que, para si, era mais do que óbvio a ser feito.

- Claro, pô! Daí eu chego no tio da minha aluna do nada e digo, oi, te acho muito lindo, quer sair comigo? - Kyungsoo rebateu com o máximo de sarcasmo que conseguia para o momento.

- Sim? - o Kim só concordou. Ainda era o óbvio a ser feito, em sua humilde opinião, claro!

- Minseok, por favor! Tu nem sabe se ele é gay, te manca! - o Do olhou feio para o amigo.

- Mas no caso dele nem precisa, né? Tá na cara que ele é gay, Kyungsoo! - Minseok foi categórico em sua resposta.

- Unhum... vai nessa! - Sehun, que até então estava calado, se intrometeu na conversa. - Se ele for gay do mesmo jeito que o Luhan era, é melhor guardar essa vergonha pra passar em outro momento, Kyungsoo - finalizou sua fala, lançando um olhar mortal para o mais velho, que abriu a boca, tentando se defender, mas sabia que não tinha como.

- Veja bem... - Minseok ainda tentou falar algo, mas o Oh o impediu.

- Veja bem meu ovo! - Sehun interrompeu o Kim, mostrando seu dedo médio. - Nunca passei uma vergonha tão grande como aquele dia... nem na minha colação de grau, quando eu mijei nas calças na porta do centro de convenções, foi tão humilhante! - exclamou, claramente revoltado. - Vai lá, Sehun... mais viado que o Luhan tô pra ver no mundo. Confie no hyung! - imitou o amigo. - Aí fui eu, o otário dos otários, todo confiante chamar o cara que era super a fim pra sair, então descubro que a mulher com quem ele tava era a noiva dele. Quem precisa de alguém pra foder sua vida quando se tem Kim Minseok como amigo e conselheiro amoroso, não é mesmo?


Era raro ver Sehun mostrar alguma expressão facial, já que sua fama era de ser tão expressivo quando uma estátua, mas quando o assunto era Luhan e a vergonha faraônica que o Oh passou por causa de Minseok, o negócio era bem diferente.


- É, Minseok, tem nem como se defender - Kyungsoo só poderia concordar com o amigo mais alto. - Mas de qualquer forma, por mais que eu ache o tio da Rahee lindo, tenha uma queda imensa e a certeza de que é O homem e grande amor da minha vida, eu não vou seguir teu conselho, tá? Já diz o ditado, quando teu amigo se fode, tu não confia no que fodeu ele, e no caso, seria fazer essa doidice aí de seguir teu conselho - finalizou sua fala, arrancando uma gargalhada do Oh.

- Que ditado é esse? - questionou Minseok, um tanto quanto ofendido. - Nunca ouvi esse.

- Inventei agora! Mas quem se importa? Que é verdade, é! - Kyungsoo deu de ombros. - Se for pra eu sair com o Jongin, prefiro deixar nas mãos do destino, porque nas tuas, as chances de dar merda são de noventa e nove por cento... pra não dizer que sou pessimista - afirmou por fim, arrancando uma exclamação revoltada do Kim e uma nova gargalhada do Oh.

- Preciso concordar contigo, Kyungsoo - Sehun acrescentou, ainda rindo.

- Tio Soo! - uma voz infantil e meiga se fez presente na sala, atraindo todas as atenções, principalmente do que fora chamado, que nem precisou olhar para saber quem era.

- Oi, meu bem! - falou, já seguindo na direção da garotinha, e percebeu que ela estava acompanhada. - O que fazem aqui, hm? - questionou docemente.

- Reon tava chorando lá no parquinho! - informou a garotinha, impaciente.


Era horário do intervalo e, pela lógica, ambos deveriam estar no parquinho acompanhados dos supervisores, principalmente o garotinho, mas como apenas Kyungsoo parecia saber o segredo para acalmar o menino, ninguém pensava duas vezes antes de deixar os dois aos cuidados do Do. E lá estava Rahee acompanhada de Reon, que ostentava um biquinho enorme nos lábios e uma das mãos em punho fechado coçava o olho esquerdo numa manha que poderia ser sentida de longe.

Rapidinhas Românticas - Querido ProfeSooOnde histórias criam vida. Descubra agora