Kauã e Deb

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Depois que saímos da sala, encontramos o corredor ainda vazio. Guillermo perguntou:

— O que você vai fazer agora?

— Sei lá, acho que vou para o meu quarto — falei, erguendo os ombros.

— Estou indo para o treino de futebol. É para o outro lado — ele gesticulou.

— Então... até amanhã na aula.

— Não quer assistir ao treino?

— Isso não é uma coisa que as namoradas dos jogadores costumam fazer?

A expressão no rosto de Guillermo mudou por um segundo e depois ele se recompôs, falando:

— Não são só as namoradas que vão, sua boba.

Pensando bem, se esse moço realmente quiser me encontrar às escondidas mais vezes, talvez seja bom eu fazer um agrado. E não é como se eu tivesse muita coisa para fazer além de estudar, eu posso me dar ao luxo de socializar com o time de futebol da turma de vez em quando.

— Vou tomar um banho e talvez eu passe lá mais tarde, pode ser?

— Fechado.

Ele se inclinou e me deu um selinho. Eu definitivamente não esperava por isso, talvez ele tenha percebido que fiquei vermelha, porque ele deu um sorriso bonito. Virou as costas e caminhou a passos largos em direção às escadas. As escadas que ficavam na direção oposta serviam de atalho para os dormitórios, então caminhei descompromissadamente para ir até elas. Era um longo corredor e, como esperado, todas as salas estavam vazias. Exceto por uma. Parecia que haviam vozes vindo de uma sala próxima à mim. Senti um frio na espinha. Eu estava sozinha, em um lugar que dizer ser assombrado. Apressei os passos. As vozes aumentaram de volume. Parei e me aproximei devagar da janela retangular que ficava na porta de uma sala e pude ver que haviam pessoas conversando.

— ...certeza de que quer fazer isso? — Uma delas disse.

— Não, mas eu preciso tentar.

Não eram fantasmas, eram pessoas.

 Eu estava curiosa, o que aquelas pessoas estavam fazendo ali? Seria o mesmo que eu havia acabado de fazer? Começava a pensar que sim. Não sabia se era correto entrar naquela sala, mas sentia uma vontade tremenda de ir. Talvez, se entrar de fininho, eles não percebam que estou aqui... E aí posso ir embora rapidamente.

Quando tentei executar meu plano, percebi que ele falharia imediatamente. Assim que abri a porta, duas pessoas me olharam assustadas. Era Deb! E um cara que eu não conhecia, provavelmente de uma turma mais velha. Ele era muito bonito, negro, com cabelos crespos em um corte simples e curto, lábios carnudos, braços fortes, pernas grossas. Boa escolha, Deb, a virgem. Mas ela não me parecia virgem olhando daqui... Ela estava ao lado do rapaz e um de seus apetitosos seios estavam de fora, com o lindo biquinho rosa exposto.

— Oh! — Exclamei, assim que me deparei com a cena. — Me desculpem!

Eu falei e saí andando. Que azar o deles. E que coincidência triste! Eu, sabendo do que fiz, deveria ter pensando duas vezes antes de interrompê-los. Essa escola é grande e é claro que há mais de um casal impaciente querendo transar. Fui ingenuidade a minha pensar o contrário.

Quando eu já estava no corredor, ouvi alguém gritar:

— Espera!

Eu parei de andar, e disse:

— Relaxem, eu não vou contar para ninguém. Acreditem, eu também não quero que ninguém saiba.

Continuei andando, mas Deb, já completamente vista e caminhando atrás de mim, falou:

Depois da Aula [CONTO ERÓTICO COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora