PK, uma escola com pessoas não tão comuns. Saiki mesmo sendo um paranormal não era a pessoa mais incomum de sua escola. Seus colegas de classe provam o fato. Aiura uma médium surtada, Toritsuka pode ver e incorporar fantasmas e é um completo tarado, Kaido um esquizofrê_ nico infantil, Kiboyasu um ex-marginal que tentava conquistar o citado anteriormente. Mas tinha uma pessoa que era mais que comum, Satou. Ele tinha uma altura média, notas médias, um clube comum, em outras palavras, ele era perfeito. Pelo menos na visão de Saiki.
— Dá pra parar de stalkear o menino?— perguntou o espírita.
— Cala a boca.
— Eu posso dar umas dicas e...— sua fala foi impedida pela mão do outro.
O outro havia acabado seu treino indo embora do local. O sinal das aulas havia tocado e essa foi a deixa para Saiki parar suas observações diárias. No caminho para a sala teve que ouvir as reclamações do outro por ter comido todo o tempo de seu recreio. O professor havia faltado por conta de uma fratura na costela, deixando assim os alunos sem aula resultando no liberamento dos alunos mais mais cedo. Ao descobrir a notícia Saiki foi o primeiro a sair da sala antes de que seus amigos o obrigassem a sair com eles. Seus passos eram largos eapressados não se importando com sa pessoas a sua frente as empurrando, nada ao sei redor importava até ouvir algo a distância.
— Voce sabe que não dá para mentir para a gente, passa logo o dinheiro!— gritou um homem do qual Saiki nunca havia visto. Ele segurava Satou pelos cabelos, do qual parecia ter alguns machucados. Saiki, no geral, não sentia emoções de maneira tão intensa como o resto da população. Na maioria das vezes em que ele defendia alguém em uma situação como essa ele raramente recoria a agressão física, ele as defendia pois achava o comportamento dos agressores errado. Mas naquele momento o ódio e a repulsa tomaram conta de seu corpo o fazendo agir sem calcular as possibilidades negativas de seus atos. Se teletransportou para trás do garoto acertando sua cabeça. Os outros espantaram-se pois o outro simplesmente só apareceu do nada, um chute foi acertado no corpo que havia caído seguido de uma sequência dos mesmo. Mais homens foram para cima do jovem, logo perceberam que o garoto não estava mais ali. Um deles ao olhar para os lados viu seus comparsas caídos no chão, sentiu seus cabelos sendo segurados, sua cabeça foi virada para trás indo em direção ao joelho do outro. Após apagar todos o instinto de Saiki foi ir correndo perguntar se Satou estava bem. Percebeu as lágrimas que corriam pelo seu rosto.
— Você está bem?
— Um pouco.
— Sente dor em alguma parte do corpo?
— Talvez em todas.
— Se não for muito intrusivo. Por que aqueles caras estavam cobrando você?
— Eles cismaram que eu flertei com a namorada de um deles, só porque depois do intervalo eu olhei sem querer na direção dela e ela piscou pra mim.— disse olhando pro chão. — Muito obrigado.— Tambémpara cima e sorriu simpático.
— De nada.—disse e saiu rumo a sua casa. No caminho colocou seu anel para poder pensar com mais calma. Seus pensamentos fluiam como um corrego, ele nunca havia agido daquela maneira, tentava se convencer que somente fez o que fez pois admirava o jovem, mas sabia que no fundo não era só isso. Depois de um tempo percebeu que não caminhava rumo a sua residência e sim em direção ao parque. Não sabia porque seu subconsciente havia o mandado ali, estava cada vez mais confuso. Também não percebeu quando deixou sua bolsa de lado e sentou-se no balanço. Durante sua infância nunca havia aproveitado aquelas simples coisas, ele não via sentido em gastar tempo brincando junto a outras pessoas que ele nunca mais veria, mas aquela era a liberdade em sua forma mais infantil. Seu corpo se movia para frente e para trás conforme suas pernas se esticavam e encolhiam, suas mãos agarravam firmemente as correntes, seus cabelos voavam com a brisa. A sensação de liberdade corria por suas veias em pura e alegre agitação.
Não sabia quanto tempo havia ficado em seu devaneio infantil. Depois de um tempo juntou suas coisas e foi rumo a sua casa, talvez repetisse aquilo em outro momento. Sua breve caminhada havia sido calma como nunca.
— Ku-chan! Chegou mais cedo, aconteceu algo?— sua mãe perguntou preocupada.
— O professor não pôde ir. Cadê seu marido?
— Seu pai conseguiu sair no horário hoje.
Hoje era um dia estranho, agiu daquela firma estranha e seu pai saiu no horário do trabalho.
— Aconteceu algo? Você parece diferente.— sua mãe se aproximou preocupada e segurou sua bochecha.
— É um... menino.— não conseguia entender o porquê de estar assim, mas sentia-se envergonhado por falar sobre Satou com sua mãe.
— Querido, sente no sofá. Vou pegar uma gelatina de café para você.— a expressão de sua mãe havia mudado, como se estivesse mais séria. — Pensei que nunca teria essa conversa com você, mas parece que o momento chegou. Eu acho que você pode estar apaixonado por esse garoto.— ela segurava suas mãos e dizia em um tom calmo, porém sério.
— Isso é impossível.— balançou a cabeça se recusando a acreditar naquilo. Não estava apaixonado, somente admirava ele. Certo?
— Você sente como se o mundo dependesse de ele estar bem?
— Sim.
— Você se sente ansioso quando está longe dele?
— Sim.
— Você sente como se tivessem milhares de borboletas dentro do seu estômago?
— Sim...
— Lamento lhe informar mas você está apaixonado por ele. Isso não é algo ruim, descanse enquanto eu preparo o almoço. Esse vai ser nosso segredo.— ela beijou sua cabeça e foi até a cozinha.
Subiu as escadas imerso em seus pensamentos. Não podia estar apaixonado por ele, não por um que era claramente hetero. Ele poderia ter o corpo feminino, mas sentia-se que iria enganar o outro. Nada disso poderia estar acontecendo, devia ser um sonho. Entrou no banheiro e ficou debaixo do chuveiro por um bom tempo, aceitando que aquilo estava acontecendo. Saiu e começou a escrever, rabiscada alguns desenhos de Satou e escrevia algumas coisas aleatórias.
Depois de um tempo sua mãe subiu com sua comida e disse que poderia almoçar em seu quarto. O resto da tarde foi com ele imerso em seus pensamentos e tentando se acalmar. Durante a noite sonhou com com o seu sorriso gentil.
《☆♡●●●●●♡☆》
Espero não ter errado nada da história.
1072 palavrasPerdão pelos erros ortográficos.
ASS: Autora
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um talvez stalker
RandomUm paranormal se apaixona por um normal. ♡|♡|♡|♡ (Não faço a menor ideia do que escrever) Personagens não pertencentes a mim, somente a historia.