O capetinha de Lúcifer 2

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-Pensei em mudar meu cabelo… -ele alisava seu cabelo em frente ao espelho

-Por quê? Eu amo seu cabelo loiro.

Me levantei da cama e fui até ele beijando seu ombro nu

-Você me dizia que meu cabelo te lembrava pureza e bom eu não sou mais tão puro assim. -ele me olhou de canto por cima do ombro. -Vá se vestir Jun.

-Não gosta de me ver peladão?

-Eu adoro mas…

Fomos interrompidos por uma batida forte na porta. Ele correu para pegar um lençol e cobriu meu corpo.

-Entre.

Um demônio invasivo entrou em nossos aposentos.

-Senhor, há algo errado.

-O quê? -eu disse abaixando o tecido que tapava também meus olhos

-Há alguns demônios reclamando da sua administração após ter se casado… E estão querendo se rebelar contra o senhor.

-Há alguns demônios ou você quer fazer isso?

-Não senhor, eu jamais faria algo do tipo.

-Ata, aham. -Jimin falou e começou a gargalhar.

-Saia do nosso quarto, Lúcio.

-Mas senhor…

-AGORA!

Jimin deu um pulinho pelo susto de minha voz se alterando repentinamente.
A verdade é que ninguém no inferno gostou que eu me casei com um humano e muito menos alguém que seria padre, eles o vêem como um inimigo mortal e porra aquilo tava me atormentando pra um caralho.

Ele saiu do quarto batendo a porta um pouco forte, Jimin abaixou o lençol e se sentou na cama.

-Eles não gostam de mim, né?

-Querido, eles são demônios e você… bom você quase virou um padre.

-Se esse é o problema então chegou a hora de mostrar que sou seu marido e também mando nessa porra! -ele saiu batendo os pés sem nem se preocupar de estar sem camisa.

Eu me vesti rápido com minhas roupas sociais agora pretas, e peguei uma camisa de seda para que meu marido vestisse.

Jimin estava no salão central onde eu dava minhas ordens e também onde os demônios recebiam punições. Um grupo de demônios o rodeava como se estivessem prontos para massacrarem cada pedaço dele.
Meu sangue ferveu.

-Escutem aqui todos vocês, creio que eu não tenha me apresentado nessa merda ainda. Eu sou Park Jimin casado com o rei de vocês, e isso me faz também dono dos passos de cada um aqui.

Alguns demônios tentavam retrucar, mas a fala dele era mais alta e autoritária, o que me enchia de orgulho do meu garoto. Eu o observava de longe aguardando meu momento exato de entrar

-Você nunca será nosso rei, seu lugar não é aqui santidade.

-Nós nunca te aceitaremos como nosso pai!!

-Você nunca será um de nós!!

-Lúcifer fez a maior burrada ao se casar com você!!

-Volta pro céu anjinho!!

-Mas que palhaçada é essa? -eu falei chegando ao lado do Jimin e entregando sua camisa. -Querem dizer que vocês não vão aceitar meu marido? É isso? Vocês me enojam. Eu sou o criador de vocês, vocês existem por minha causa. E…

Jimin ergueu seu dedo de modo com que eu me calasse.

-Me desculpe amor, só vou te interromper um instante.

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