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As árvores de carvalho formam um domo envolta de pequenas casas de madeiras feitas do mesmo material que as rodeia. É impressionante como a natureza criou este local em suas condições perfeitas, mas é impressionante como algo me indaga ainda. A proteção em domo foi feita pela vida inteligente ou de algo desprovido de um cérebro?
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As sombras são perfuradas por feixes de luzes que trespassam todas folhas das árvores, trazendo uma tranquilidade idônea aos que convivem em harmonia. Não há muros, apenas flores, arbustos e grandes troncos em sua maior grandeza que a natureza poderia trazer, com odores flóridos e de mel.
Percebe-se uma pequena porteira feita de pequenos galhos e troncos que demonstravam danos naturais, não humanos. Nesta mesma porteira, haveria seu guarda leal e disposto, ou quase isso, pois nunca havia perigos nas redondezas.
- Saber demais me mataria de enxaqueca... Mas gostaria poder me virar melhor sozinho, não é lamel? - cochichava para seu coelhinho de estimação em seu colo, era tão branco quanto a neve e com olhos vermelhos como um rubi. Obviamente, o coelho não responderia, mas era a única companhia silenciosa que preenchia a alegria deste homem.
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Lamel, sua amizade é indispensável
Sentir essa brisa entre suas grandes orelhas,
Entre meus dedos, é alegria interminável
O desprazeres das dores que te digo
São os que eu temia quando menino
Cresci forte e solene
De forte antipatia aos demais.
Para ser integro aos que mentem,
De certo, não sou especial
Mas sou porteiro e protetor deste lugar
Se um dia estas portas caírem
De certo, não será eu o guardião deste paraíso.
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Caberia a mim saber qual os segredos deste homem inquieto com sua solidão. Mas como poderia invadir seu forte brasão de protetor de todos os males? Queira sim, queira não. Nem eu teria poder para sujar o semblante de um homem que não teve infância.
Apenas Lamel poderia, se tivesses como nos presentear com tal incerteza.
Seria este porteiro, algum portador de algum segredo obscuro?
- Não, é suposto que não - Pensou o pequeno coelho.
Ou o que queria que pensasse...
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Que tal entrarmos nesta agradável vila?
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Vilarejo incerto
PoetryColetânea de poemas conectivos aos demais da mesma história, descrevendo cada morador desta pacata e escondida vila. Cada vida possui uma história secreta, cabendo ao escritor, trazer às luzes todas as verdades.
