Hong Kung Fu - O Início

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No coração pulsante da cidade, onde os arranha-céus se esticavam , as ruas se moviam como rios apressados, havia um herói improvável que aguardava o momento certo para emergir.

 Seu nome? Penry Pooch. Um homem comum, ou melhor, um cão comum, que passava seus dias empurrando vassouras e esfregando pisos na delegacia local. Penry, o humilde faxineiro, sabia bem como lidar com sujeira e desordem, seu sonho era limpar algo mais sujo: o crime, que teimava em se enraizar nas vielas da cidade.

Atrás de seus óculos levemente tortos e sua postura sempre um pouco encurvada, Penry observava atentamente as notícias piscantes na televisão da delegacia. 

Penry comentava o que via na televisão em cada esfregada no chão.

Na janela ao lado da televisão,  estava seu amigo de confiança, China, o gato, estava deitado preguiçosamente ao sol, o pelo laranja cintilando sob os raios dourados. Com um bocejo preguiçoso, ele olhou para Penry, seus olhos felinos brilhando com uma mistura de diversão e ceticismo. Parecia que ele estava se divertindo com os devaneios do canino.

"Ah, China, você não entende!", exclamou Penry, seus olhos agora fixados na tela da televisão. "Eu só queria poder fazer alguma coisa, você sabe? Ser um herói de verdade, parar esses bandidos e devolver a paz à nossa cidade."

China ergueu uma sobrancelha (ou melhor, um bigode), observando o faxineiro com curiosidade. Ele balançou a cabeça de maneira quase imperceptível, desacreditando das locuras de Penry.

Com um piscar de olhos travesso, China fez um movimento de rolar os olhos que estava entre o sarcasmo e a simpatia, transmitindo que ele entendia os sonhos do amigo, mesmo que os achasse um tanto ingênuos.

Enquanto a cidade continuava a girar lá fora, Penry sabia que estava prestes a dar um passo em direção ao seu destino improvável. Não importava o quão hilariante fosse a ideia - ele estava determinado a se tornar o herói que a cidade precisava. E assim, a aventura de Penry Pooch, o faxineiro destemido, estava prestes a começar, com um gato cínico lançando olhares de dúvida pelo caminho.

Enquanto Penry desfiava sua fantasia sobre ser um herói, suas palavras flutuavam pelo ar, como bolhas de sabão que brilhavam sob o sol das ideias. Ele estava tão imerso em suas esperanças que quase podia ouvir o vento sussurrando "você pode" em seus ouvidos. A televisão, outrora a fonte das manchetes vibrantes, agora se tornara um mero ruído de fundo, acompanhando seus pensamentos enquanto eles dançavam pela sala.

"Eu, la fora, salvando a cidade,e todas as pessoas felizes"...

No entanto, um rugido repentino da reportagem fez as bolhas estourarem. O noticiário mudou seu foco, agora revelando uma trama de trapaças urdida por um Mestre de artes marciais ardiloso. Um mestre golpista, tinha escrito um livro que prometia poderes do kung fu e habilidades mágicas. O golpe era mais complexo do que uma pintura chinesa, mas um detalhe específico fez os ouvidos peludos de Penry se erguerem como antenas alertas.

"Capacidades mágicas do kung fu?", repetiu Penry em um sussurro. O Faxineiro pensou que aquilo era uma propaganda do livro, não uma reportagem, ele estava tão apaixonado pela sua ideia de ser heroi que nem percebeu a burrada (ou não) que estava fazendo. Seus olhos, antes vagueando pelo éter da imaginação, agora estavam fixos na tela. Uma onda de excitação varreu seu corpo como uma corrente elétrica, fazendo seus pelos ficarem eriçados.

China, o gato perspicaz, percebendo o erro do amigo, desceu da janela e tentou interromper o devaneio de Penry. Com um olhar sério, ele tentou transmitir uma mensagem de desconfiança, pulando e balançando a cabeça, tentando mostrar para o amigo que não era o que ele estava pensando. Mas Penry só estava ouvindo os tambores de aventura em seus ouvidos, e não notou a angústia no rosto de seu amigo peludo.

O repórter continuou sua narração, desvendando os detalhes sujos da trapaça do mestre preso. 

"Você viu isso?", disse Penry, interrompendo o relato da reportagem e olhando para China com olhos cheios de admiração e entusiasmo. "Eu sabia que ser um herói estava ao meu alcance! Este é o sinal que eu estava esperando!"

China, com um olhar que poderia derreter aço, tentou em vão competir com o fervor nos olhos de Penry. Ele tentou balançar a cabeça, fazer caretas e até mesmo emitiu um miado que parecia um grunhido zombeteiro. 

Em um instante, o noticiário voltou a focar no golpista, revelando que o vilão agora estava atrás das grades. Mas a notícia caiu em ouvidos surdos, pois Penry já estava formando planos em sua mente. Ele tinha acreditado nas palavras do repórter como se fossem um convite pessoal para um reino de poder e aventura.

Com um olhar decidido, Penry se levantou, seus olhos brilhando com determinação canina. Ele sabia onde o sargento Flint mantinha um exemplar do livro, que foi encontrado em uma batida policial, 100 mil exemplares aprendidos, um era prova – ele  escondido entre as prateleiras empoeiradas da sala de provas da delegacia. 

Penry estava prestes a embarcar em uma busca que ele achava que o levaria a poderes magníficos e ao status de herói lendário.

Ouvindo o noticiário ao fundo mencionar o fim do golpe, Penry deu um sorriso esperançoso a China e disse: "Não se preocupe, meu amigo. Vou pegar o livro e mostrar a todos que eu posso ser o herói que eles precisam!"

China revirou os olhos, seu olhar expressando a agonia silenciosa de um gato que estava prestes a enfrentar mais trapalhadas do que podia suportar. Mas, no fundo, ele também sabia que, mesmo nas maiores confusões, Penry conseguia surpreendê-lo de vez em quando. E assim, com um gesto irônico da pata e uma dose generosa de ceticismo felino, China decidiu acompanhar seu amigo nessa jornada que prometia ser tão hilária quanto emocionante.

 E assim, com um gesto irônico da pata e uma dose generosa de ceticismo felino, China decidiu acompanhar seu amigo nessa jornada que prometia ser tão hilária quanto emocionante

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