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12 de abril 1998

Os dias no Chalé das conchas eram calmos e tranquilos, Catarina estava sentada próxima ao mar sua mente ia em todos aqueles que ela havia perdido por conta da guerra, Cedrico, seus país e sua avó...entre tantos outros familiares, ela não pode evitar a lágrima que escorreu em sua bochecha, a garota pode ver de canto de olho alguém se sentando ao lado dela, ela não precisava olhar para saber que era Mattheo, o mesmo passou a mão sobre o rosto da garota, secando sua lágrima

— Eu estava pensando... Eu perdi tanto durante tantos anos— Catarina dizia— Sabe eu costumava a ter muitos parentes, todos morávamos próximos, éramos uma família grande e feliz, mas, todos eles morreram na guerra

— Eu sinto muito...— Riddle disse, tinha um certo tom de culpa em sua voz

— Mas também não consigo imaginar como deve ter sido crescer em uma família como a sua— Catarina falou, só então olhou para o rosto do garoto, ela viu as cicatrizes que estavam ficando cada vez menos evidente, os olhos cinzentos marejados

— Não é nada fácil, eu basicamente me criei sozinho, já que minha mãe estava presa e meu pai eu não sei aonde estava— Mattheo falou, era óbvio que ele queria chorar mas estava segurando— O mais perto de figurar paterna e materna que eu tive foi os Malfoy's, mas ainda sim eu fazia visitas há minha mãe em azkaban

— Imagino que essas visitas não era muito agradáveis— Catarina tentava imaginar como Bellatrix deveria ser agressiva

— Eu parei de visitá-la com 10 anos, ela costumava a dizer que se sentia orgulhosa de si mesma, por ter tido um filho do Lord das trevas, mas que tinha repulsa de mim pois eu era fraco— Mattheo olhou para Catarina— Eu não era fraco Cat, só era uma criança buscando por amor e aprovação

Catarina sentiu seu coração despedaçar, era óbvio que ele não teve uma infância boa, enquanto na casa dos Rogers eles criaram Catarina com muito amor, carinho e respeito, Mattheo foi criado com violência, brutalidade e desrespeito. Ela encostou sua cabeça no ombro do garoto

— Sei que você não pode gostar muito do que vou dizer agora, já que você deixou bem claro que não se sente pronta pra que tudo volte a ser como era— Mattheo começou— Mas você foi a primeira pessoa que me fez sentir amado, foi a primeira pessoa que eu não me senti julgado, pelo contrário. Você pode não ter sido meu primeiro beijo, nem a minha primeira vez, mas foi o meu primeiro amor, a primeira a acalmar e abraçar meu coração

As palavras soaram como música para os ouvidos e como facas no coração, desde que chegaram ali Catarina evitava Mattheo, e saber que mesmo assim ele estava ali, abrindo seu coração para ela...a garota não sabia o que fazer, Catarina apenas sorriu para ele pegou sua mão e entrançou seus dedos, eles ficaram em silêncio por alguns minutos até que Riddle disse

— Cat...você aceita ir ao encontro comigo?

— Um encontro? como assim? nós não podemos sair daqui— a morena perguntou incrédula

— Apenas responda sim ou não— Riddle disse se levantando e ajudando Catarina a levantar

— Aceito— ela respondeu ainda sem entender

— Tudo bem te encontro na sala as 21:00, ok?—Catarina acenou com a cabeça, e eles voltaram para o Chalé de mãos dadas

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Catarina estava se olhando no espelho, ela não tinha roupas para um encontro então apenas pegou um vestido branco (que mais parecia uma camisola) simples e fez um penteado

— Você está linda!— Fleur disse

— Obrigada— a garota agradeceu e olhou o relógio, já era 21:00, ela desceu as escadas até a sala da casa, onde Mattheo a esperava

— Você está...nossa! não consigo achar um elogio que se iguale— Riddle falou fazendo as bochechas de Catarina arderem— Venha— Mattheo pegou na mão da garota a guiando para fora, onde havia um piquenique a luz de velas próximo ao mar, eles andaram até lá, estava tudo lindo

— Está incrível Mattheo! foi você que fez?— a morena perguntou

— Tive um ajudinha do Gui— o garoto respondeu e em seguida se sentou em cima da toalha, Catarina fez o mesmo, eles começaram a comer
— O que você quer fazer quando tudo isso acabar?— Mattheo perguntou

— Vou terminar meus estudos e acho que me tornar Curandeira— Catarina disse enquanto levava o copo de suco até a boca— E você?

— Eu não sei...sempre quis ser Auror, mas acho difícil conseguir

— Por que?— a garota perguntou e em seguida entendeu— Ah! entendi, bem meu pai era Auror, por isso tenho alguns contatos no ministério, posso tentar ajudá-lo

— Eu seria eternamente grato— Mattheo falou— Sabe as vezes eu imagino quando tudo isso acabar, quero ter uma vida comum, uma casa, trabalho quem sabe até filhos

— Sempre quis ter um menino— Catarina falou

— Eu adoraria ter uns 5 filhos! Quero dar o amor que eu nunca tive

— Muito fofo da sua parte, mas não acha que 5 filhos é demais?

— Talvez seja...acho que me contento com apenas 2— a fala do garoto fez Catarina rir, eles continuaram comendo e quando acabaram começaram a andar na beira do mar de mãos dadas, até que Mattheo parou na frente de Catarina, ela achou que ele iria beija-la, mas ele se afastou um pouco e jogou água na garota, os dois brincaram e riram por alguns minutos, então com um aceno de varinha se secaram arrumaram as coisas e voltaram para casa

— Boa noite Cat— Mattheo disse dando um beijo na testa da garota

— Boa noite Theo— Catarina deu um beijo na bochecha do garoto e subiu para seu quarto, momentos como esses eram raros nos últimos tempos, mas eram tão especiais.

The lord's sonOnde histórias criam vida. Descubra agora