A noite desse dia era iluminada, as estrelas dançavam em pares. Uma dança melodiosa, ao som de uma música exuberante e pomposa. Os pés se movimentavam com delicadeza, deslizavam ora para um lado, ora para o outro. Os pares se deslocavam como o vento, e ao redor deles um manto de amor os cobria do coração ao sorriso.
Estrelo: És tu, ó bela estrela, que me mostraste o que é o amargo e puro sentimento do amor. Um rio que enche os olhos, que cria uma fragilidade no âmago do coração, mas que deve ser vivido sem limitação alguma.
Estrela: Ó, querido, minha luz não pode ser sem a tua. Já não és apenas mais um dos infinitos corpos celestes deste céu, és o meu, e só para mim. E o teu brilho resplandece sobre os demais.
Estrelo: Poderia eu admirar-te a beleza por toda a eternidade. Não me importa mais brilho nem cheiro, todos os prazeres e doçuras desse mundo que me fariam satisfeito, caem perante a majestade de meu amor por cada faceta de sua alma. Brilha comigo, para todo o sempre.
Estrela: O meu amor é aquele da mais perfeita valsa, aquele que se fez ímã para os meus olhos. O meu rapaz é aquele que renomeou o meu amor, que agora tem destinatário. Sua dança é a mais suave e mais terna memória que se fez em meu coração. A tua estrela há de te amar até que a música pare de tocar.
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Como Contar as Estrelas Sem Criar Verruga no Pé
PoetryAs estrelas não existem só de noite. ~Casquinha