Amor Criminal

06

Lua 🍓

Dou uma corridinha para alcançar o elevador antes que ele feche. Um homem que está dentro percebe meu desespero e estica seus braços para manter a porta aberta.

Lua: Obrigada! - agradeço com um sorriso discreto.

Ele faz apenas um aceno com a cabeça e desvia seu olhar para o painel. Durante a curta "viagem", senti olhares do homem alto e forte atrás de mim.

Ao sair, acabei olhando para trás e o vi observando toda a recepção do escritório ao mesmo tempo em que a porta se fechava e por fim com seu olhar sobre mim.

Que estranho!

Edu: Luana! Você está atrasada.

Lua: Desculpe, o trânsito do Rio não estava dos melhores hoje.

Edu: Anda, quero todos os papéis dos clientes na minha mesa.

Ele entra em sua sala e bate a porta com certa força.

Suspiro, já me sentindo cansada e nem comecei. Vou até minha sala e vejo pilhas de papéis na minha mesa.

Vou até o meu frigobar, pego morangos e uma banana e me sento na cadeira, passando os olhos nos papéis.

A história do trânsito até é um pouco verdade, mas atrasei mesmo porque dormi demais.

Cheguei em casa super tarde ontem. Chorão me levou até em casa e até quis subir, mas eu precisava arrumar minha casa para a chegada da Malu. Além disso, o zelador viria aqui para colocar um portão entre o corredor e a cozinha, então dei a desculpa de que era trabalho.

Assim que entrei no meu apartamento, comecei a arrumar toda a casa enquanto o zelador colocava o portão.

Coloquei protetores de tomada, protetores de quina em objetos, tirei os objetos pontiagudos do chão e, por fim, os vasos de plantas.

Quando terminamos, tomei um banho para relaxar e fui para a cama, perdendo totalmente a noção da hora para acordar.

Meu horário de entrada é às 08:30, porém infelizmente cheguei atrasada, às 09:10.

O que me deixa mais puta é a forma como ele me trata. Ele sai na hora que quer e chega na hora que quer.

E eu não posso chegar 40 minutos atrasada???

Após terminar de comer, limpei minha boca. Uma coisa que amo são morangos, nunca me canso de comê-los.

Escuto batidas na porta e mando entrar, vendo Raissa ali.

Raissa: Oi, Lua. Edu pediu para trazer esses papéis.

Arqueio as sobrancelhas, olhando para a pilha na minha mesa e para o montinho de papéis em sua mão.

Não vou sair daqui tão cedo hoje.

Raissa: Deixarei aqui. Qualquer coisa, é só me chamar!

Eu concordo e ela sai da sala.

Começo a resolver as papeladas. Preciso assinar, colocar as conclusões do caso, fazer algumas edições e, por fim, enviar para o Edu assinar.