My Dearest Friend - Minsung

Ligações

Finalmente lançando a tão aguardada!
MDF é uma das minhas primeiras fanfics. A primeira longfic aliás. Eu inicialmente postei ela no Spirit, mas acabei migrando ela para cá após abandona-la por pura insegurança e autocrítica.
Essa história é muito especial para mim. É absurdamente emocional e sensível e eu nunca iria me perdoar por abandonar essa obra tão bonita que fiz só por insegurança da minha cabeça!
Então, preparem os lencinhos e boa leitura 💜

🐰Prólogo: Ligações 🐹

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A nossa vida é baseada, quase que completamente, em ligações emocionais. Elas são de extrema importância e é a coisa mais valiosa que podemos levar conosco, pois são as únicas coisas que levaremos para o túmulo.

São elas que podem nos tornar mais fortes ou nos destruir completamente.

As ligações que criamos na primeira infância definem nossa personalidade futura e como lidaremos com a vida e suas adversidades. Nossa primeira e principal ligação é feita com nossos pais e muitas das vezes é o primeiro erro que cometemos. Crescer sem a ligação fraternal ou com a falta de uma delas pode causar grande sofrimento para a criança, resultando em um adulto carente e emocionalmente dependente, buscando conexões superficiais para preencher o vazio, ou transformando em um adulto fechado, incapaz de preencher esse vazio e que encontra a felicidade em estar sozinho. Incapaz de fazer quaisquer tipos de conexões.

O erro das ligações na primeira infância é incontrolável, mas reversível, e esse é o ponto positivo sobre as nossas conexões. Todas são reversíveis. As consequências de uma ligação rompida podem ser corrigidas, assim como a felicidade de uma ligação aparentemente duradoura pode se arruinar de um dia para o outro.

Uma boa ligação precisa ser confiável, forte e duradoura. Ela deve ser confiável o bastante para ser uma base de apoio firme, forte o suficiente para resistir às adversidades e duradoura para se tornar uma boa memória.

As ligações são o que nos move. Por mais individuais que sejamos, sem quaisquer conexões, somos nada.

Todavia, Lee Minho sempre possuiu ligações frágeis. Sendo criado como filho único de uma mãe viúva, muitos esperavam que a relação de ambos fosse invejável, e quem dera fosse. A mulher vivia trabalhando mesmo que tivessem uma vida confortável. Sua mãe criará uma dependência muito grande do trabalho após o pai de Minho abandonar a vida voando pela sacada no começo da vida do garoto. A linha preciosa que os ligava como mãe e filho era sem brilho, opaca e quase inexpressiva.

Foi por culpa dessa primeira ligação ser tão frágil e superficial, que todas as ligações que Minho criou ao longo da vida seguiram esse padrão.

Na vida escolar, Minho desde o começo dela, atraia uma fama questionável. Era uma criança birrenta e estressada que jogava absolutamente tudo pela janela. Era como um passatempo seu. Pegava suas coisas — ou coisas dos outros, o que estivesse mais perto — e colocava na fresta da janela, vendo ela despencar do segundo andar e talvez quebrar. Era mais divertido quando quebrava e muito mais quando não era algo que lhe pertencia.

Minho já atirou até mesmo o celular da professora enquanto ela estava distraída explicando coisas bobas do alfabeto. Ouvir o barulho do objeto se quebrando junto ao grito da mulher que viu o ato em seus últimos segundos, fez o dia da criança Lee — e também o ódio da mulher por si até o fim do fundamental.