Tormenta do Guardião

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Sn P.O.V

Senti que em breve meus ouvidos sangrariam, a dor que se espalhou pelo meu corpo tornava ainda pior reviver todas aquelas mortes.
Mas nada aqui é real, sei que posso sair daqui, mas como seria possível me  concentrar se tudo que vejo é o sangue de meu príncipe em minhas mãos, sentir que eu o matei por todos esses séculos estava me atormentando e o resto de minha sanidade ja estava se esvaindo com cada uma das despedidas.

"Eu vou salva-lo"

  Preciso focar que ainda tenho uma chance de salva-lo, no presente em que me encontro, sei que posso ajudar dessa vez.

— Talvez, se ele não existisse mais... Nao teria que o ver morrer de novo! - Aquela voz retorna.

— O que ta dizendo maldita? - retruquei.

— Posso acabar com esse ciclo, assim nenhum de vocês sofrera mais...

— De jeito nenhum, não me venha com joguinhos... Eu nunca abriria mão do meu amor...

— Entao prefere o ver sofrer?

— Não!

— aceite

— Não!

— Me deixe te livrar dessa culpa!

— Não! Eu sinto a culpa e isso me faz um ser bom, não como você, um monstro que não se arrepende de seus erros e feitos maléficos, posso sofrer por mais mil séculos mas mesmo que eu morra tentando todas as vezes, meu amor é e sempre será muito maior do que a culpa! E você jamais saberá o que é isso, ninguém nunca amaria uma criatura tao mesquinha...  Pra mim a culpa é apenas um lembrete, de que ainda posso fazer meu melhor!

Senti um forte calor invadir meu corpo, minhas bochechas ferveram de odio como alguém se atreveria tirar de mim o bem mais precioso que tenho, minha família entre reencarnações e vidas jamais permitiria algo assim, posso sofrer por séculos a frente ainda mais que os anteriores, mas nunca desistiria de tentar, e nao vou desistir agora.

  Aquele calor ficou incrivelmente forte, queimando chão e paredes da onde eu estava e toda a nevoa que circulava o lugar se dissipou, acordei vendo o piso molhado e uma porta aberta, tentei erguer minha cabeça e em meu outro lado la estava a piscina, e o príncipe descansava pleno, com sua magia o mantendo vivo, preciso traze-lo de volta, se isso esta acontecendo com todos, talvez ainda estejam presos aquele  limbo, preciso traze-los de volta.

Meu primeiro passo para fora da escola, ecoou vozes na minha cabeça, talvez um resquício do feitiço que me atingiu, estavam misturadas e baixas de maia pra eu entender uma palavra sequer.
Segui meu caminho em busca de meu primo, o meu guia, que provavelmente estaria no hospital.
Senti cheiro de sangue, um odor terrível de trevas e ódio, a entrada do hospital silenciosa, e marcas de garras na porta.

"Você causou isso
"Eles causaram, suas tormenta os condenaram" - a frase se forma pelas vozes em minha cabeça ecoando e se repetindo.

Entrei no local ensaguentado, aceleração de meu peito foi inevitável, um susto percorreu meu corpo seguido de um arrepio, o cheiro da morte e do medo me alertaram, o que fez isso pode estar por aqui.

— Hobi! - Corri em busca de meu primo, tentando ignorar os corpos  mutilado dos anjos pelos corredores e cheiro de sangue fresco, escutei batidas cardíacas fracas em uma sala talvez sobreviventes, ao entrar noto um par de anjos médicos se curando com o pouco da energia que tinham.

— O que aconteceu aqui?

— Um paciente de alguns dias, que estava desacordado perdeu o controle, tentamos o conter mas nossos poderes não o afetavam, parecia enfeitiçado seus olhos lupinos e raivosos estavam com uma nevoa branca sobre eles, chamava nomes que eu nunca ouvi feria cada um de nós...

— Quem era o paciente?

— Nao sabemos... - o outro diz. — Ele estava em outra andar não era nosso paciente, só o que sei que era um dos que foram atacados na escola..

— Lupino...

"O Jungkook fez isso?"

— Dos que foram atacados na escola, onde esta o outro? - perguntei.

— Ele recebeu alta algumas horas antes de tudo acontecer, parecia bem mas também tinha algo estranho nos olhos...

— E-ele estavam acompanhado?

— Sim, estava com o acompanhante.

Se Jungkook foi capaz de fazer isso, o que o ruivo faria com meu primo?

— vocês vão ficar bem?

— Apesar de bem feridos, não É tão simples matar anjos, vamos todos ficar bem quando acordamos...

— Certo, eu preciso ir!

(...)

Sem rastro de cheiro algum, voltei a minha casa na esperança de achar meu telefone e tentar ligar para Hobi, tudo que vinha na minha cabeça era a cena daquele pesadelo no corredor subterrâneo da escola, meu amigos e minha família todos mortos, e esse ocorrido do hospital passou tão perto quanto.

Assim que passo pela porta, Ouço novamente vozes ecoando na minha cabeça, como se parte daquele limbo ainda estivesse comigo, subi as escadas chamei e procurei, mas não tive nenhuma resposta a cada estava vazia encontrei meu telefone em meu quarto e logo começou a sequência cansativas de chamadas caídas na caixa postal.
Ele não atendia, não posso ficar tanto tempo longe, o que atacou a gente pode voltar e Yoongi está lá, totalmente vulnerável.

"Pensa... Pensa"

Meu coração palpitou sem saida sem resposta, o ar começou a deixar meus pulmões, não consigo respirar, e minha cabeça confusa com vozes me dizendo o que fazer eu só quero respirar, ouço alguém chamar ao longe, não sem ora onde olhar o que ta acontecendo, ta tudo tão inquieto e embaçado, meu corpo ficando pesado, olho minhas mãos tremulas e oerco o equilíbrio, o que é isso?

(...)

Abro meus olhos em um suspiro forte, o calor e o frio trazendo a sensação molhada ao meu corpo, suor muito suor.

— Prima... Você ta bem?

Alívio, no meio de todo esse caos pude sentir isso pela primeira vez pós tanto estresse.

— H-hobi... - Apenas o abracei forte, tão forte que o ouvi soltar um pequeno resmungo, mas claro nem mesmo o alívio pode me tirar do pânico e caos por mais de um minuto, me levantei basicamente e olhei em volta, só o Hobi estava aqui.

— Ei... Qual o problema?

— Onde ta o Taehyung?

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Vampiro dos sonhos - Min YoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora