Capítulo 2

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POV CAMILA

Me chamo Camila Cabello tenho 26 anos e acabei de me formar em residência na pediatria, esse é meu primeiro ano como staff, mas desde meu terceiro ano na residência médica que eu opero meus pequenos pacientes sozinha apenas acompanhada do meu superior, e há alguns meses atrás comecei a comandar a SO. Moro com Dexter meu West terrier em uma casa aqui em Miami, minha família acha que eu sou muito solitária pelo fato de eu não gostar de sair muito, e me dedicar integralmente ao meu trabalho, frequento a casa dos meus pais nos finais de semana, mas ligo todos os dias para falar com a minha irmãzinha mais nova Sofia de 5 anos, apesar de trabalhar bastante faço questão de estar sempre perto da minha pequena, como vivo aqui no hospital minhas amizades também são daqui, tem minha melhor amiga/ irmã a Dinah que é ortopedista, Hailee e Lucy que são enfermeiras do meu setor, eu e Hailee tivemos um lance a uns anos atrás mas não deu certo e preferimos manter amizade, minhas amigas dizem que eu preciso sair mais conhecer pessoas e ser jovem, fazer coisas além do meu trabalho, mas sinceramente eu acho uma perda de tempo útil ter que sair, puxar papo, pra depois ter o que queremos naquela noite, então prefiro ficar em casa ou aqui no hospital onde posso utilizar meu tempo pra ajudar os meus pequeninos, mas isso não quer dizer que eu seja contra o amor, se apaixonar ou algo do tipo, pelo contrário acredito que irei achar um amor que me faça sentir como eu nunca me senti antes, porém não acredito que eu irei encontrar nas baladas da vida e se tiver que ser pode até mesmo ser aqui no hospital, quem sabe.

- Bom dia Dra. Cabello. – Dinah me disse com um sorriso de lado, enquanto me acompanhava até a pediatria.

- Bom dia Dra. Hansen, posso saber o motivo do tom malicioso? – perguntei com os olhos cerrados.

- Ah Camila nem vem com essa, eu quero saber como foi sua saída com a Dra. Gomez.

- Ué normal uma saída normal, nós fomos jantar depois ficamos conversando perto do mirante e depois ela foi pra casa dela e eu pra minha, simples assim. – respondi dando de ombros.

- Camila você só pode tá brincando com a minha cara né, como assim vocês não terminaram a noite na sua casa, ou na dela ou até mesmo em um motel com as pernas bambas. – falou me olhando com um olhar incrédulo.

- Não Dinah, ela não propôs nada após a conversa e eu também não ia falar nada, e outra eu tô meio off pra sexo.

- Meu Deus você já está virgem de novo. – DJ falou um pouco alto demais e o novo médico que passava no corredor acabou ouvindo e rindo de nervoso, lhe lancei um sorriso amigável mas tinha certeza que minha cara devia estar roxa de vergonha.

- Quer um alto falante DJ, meu Deus que vergonha o Dr. Mendes ouviu o que você disse, boca aberta. – falei enquanto sentia meu rosto esquentar.

- Relaxa Chee, ele sabe o que é uma virgem. – DJ falou enquanto ria. – Além do mais gato esse novo médico, se eu fosse hétero e não tivesse uma deusa de noiva, eu investia.

- Deixa a Mani saber disso, que você vai é ficar sem existência. – falei rindo enquanto analisava os prontuários dos meus pacientes.

- Nem brinca Chancho, Mani me mata e ainda faz picadinho, sorte que eu não tenho olhos pra ninguém, no meu coração só tem espaço pra ela. Mas você é solteira e bi, bem que podia tentar alguma coisa pelo que eu sei o bonitão é solteiro e as enfermeiras da ortopedia ficam babando nele.

- Não começa Chee, eu não quero me envolver com ninguém e para de tentar me ajuntar com todo mundo e vamos trabalhar. – falei saindo com meus prontuários em mãos.

Dinah e eu hoje estávamos trabalhando juntas em um caso de uma garotinha que tinha sofrido um acidente com os pais e havia deslocado a bacia e iria precisar de cirurgia pra colocar no lugar, eu e Dinah estávamos conversando com os pais da garotinha e lhe deixando ciente do processo operatório e os riscos. Após um tempo de explicações os pais concordaram com a cirurgia e estavam assinando um termo de autorização enquanto eu e DJ fomos nos preparar, ficamos a manhã e uma parte da tarde na SO, mas no final tudo ocorreu como o esperado e com repouso e fisioterapia além de alguns cuidados a pequena logo estaria correndo novamente.

Como era sexta feira e esse final de semana eu não iria trabalhar liguei para minha mãe pra saber se eu poderia trazer Sofia para passar o final de semana aqui em casa e ela deixou, sai por volta das 19h do hospital e fui direto para casa dos meus pais. Cheguei e já entrei vendo meu pai sentado no sofá vendo televisão com Sofia e minha mãe provavelmente estava na cozinha.

- Oi papa, Sofi. – falei entrando na casa.

- KAKI! - Sofia deu um berro e correu para o meu colo.

- Oi meu bebê que animação é essa, mas me conta o Dexter se comportou?

- Olha Kaki ele até se comportou mas hoje cedo ele estava dormindo encima do pijama do papa. – Sofi contou rindo da cara que meu pai fez.

- Eu sei que me ama, mas no meu pijama Dexter. - meu pai falou enquanto pegava meu cachorro no colo.

Meu pai era médico dermatologista e minha mãe chefe de cozinha dona de um restaurante, porém minha mãe passava a maioria dos dias da semana em casa, e nos dias que ia só ia no período da manhã e meu pai ficava em casa com Sofia e Dexter e minha mãe voltava a tarde, e meu pai ia trabalhar na clínica e Sofi pra escola e quando voltava buscava Sofia na escola.

- É Kaki parece que perdeu o Dexter para seu pai. – minha mãe disse rindo enquanto colocava o jantar na mesa.

- Nem brinca mama, o Dexter é meu filho. - falei colocando a mão no peito fingindo estar com medo.

- Hija, se ele já é babão no Dexter imagina quando for o seu filho humano. – minha mãe falou e rimos enquanto íamos jantar.

O jantar transcorreu em meio a conversas e muita risada, após o jantar eu e papa lavamos a louça e arrumamos a cozinha enquanto minha mãe estava com Sofia pegando sua mochila. Logo eu, Sofia e Dexter fomos rumo a minha casa, tomamos banho e decidimos assistir um desenho até ficarmos com sono, assistimos dois filmes de princesa da Disney e Sofi quis ir dormir, apesar dela ter o quarto dela toda vez que vinha dormir aqui em casa era rara as vezes em que dormia sozinha em seu quarto, a maioria das vezes ela acabava dormindo comigo.

Minha casa era relativamente grande, era composta por três quartos e um outro quarto pequeno que eu transformei em um escritório e biblioteca, uma cozinha no estilo americana integrada a sala de estar e uma sala de jantar, tinha um quintal grande com piscina, deck e um jardim que por agora estava meio morto, eu não tinha tempo de cuidar e na parte da frente um gramado bem aparado, eu gostava da minha casa parecia grande e solitária, mas eu gostava só deixaria de ser assim quando Sofi vinha dormir aqui, geralmente nos finais de semana. 

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Comentem bastante, dá estrelinhas e logo mais eu volto...

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