𝐓𝐄𝐍𝐀𝐂𝐈𝐎𝐔𝐒 | Harry Potter

𝐐𝐔𝐀𝐓𝐎𝐑𝐙𝐄: expecto patronum!

Hogwarts,
09:35 AM
23 de fevereiro de 1994

DAQUELA VEZ NÃO HAVIA volta. Parecia mesmo o fim da amizade entre Ronald e Hermione, e agora, no café da manhã, Maia estava com dor de cabeça por ter presenciado os gritos e ofensas que eles desferiram um contra o outro no dia anterior.

"— VOCÊ ESTÁ SENDO INJUSTO! BICHENTO JAMAIS FARIA ISSO!"

"— ELE SEMPRE ODIOU PEREBAS! Sempre a espreita o aterrorizando... pobre perebas..."

Harry e ela estava convencidos que o gato realmente havia comido perebas. Maia odiava ratos, mas ficou calada enquanto Rony se lamentava pela perca do bicho, já que pioraria a situação. Hermione estava novamente furiosa, e subiu para o dormitório, não comparecendo ao jantar.

— Bom, então, está nos dizendo que o gato da granger matou o rato do weasley? — Blaise perguntou, e Maia assentiu, enfiando um bacon na boca — Francamente quem tem um rato de estimação?!

— O pobretão do Weasley, claro. — Pansy disse de forma maldosa e Maia a fuzilou — Ah qual é?! Todo mundo tem bichos de estimação normais, eles devem ter pegado qualquer rato de esgoto cheio de doenças!

— Mesmo assim isso não te dá o direito de falar dessa forma. — Maia disse — De qualquer jeito, não há o que fazer. O rato está morto e agora bichento terá que fazer companhia para a Pandora na área dos felinos que filch está construindo.

— Deveriam mudar o professor de trato contra as criaturas mágicas e estão fazendo área para gatos! — Draco se intrometeu na conversa, como sempre sem ser chamado — Francamente, quando digo que essa escola está indo para o brejo...

— Malfoy, porque você não fala algo relevante uma vez só na vida? — Prim largou os talheres com força — Caramba é toda hora falando besteiras! Se seu papai ainda não conseguiu demitir Hagrid é porque Hagrid é competente e não é seu teatrinho de braço quebrado que vai mudar isso!

A garota parecia fumegar e até Maia estranhou o comportamento explosivo de Primrose. Ela estava assim desde o início da semana, quando apareceu com uma carta de seus pais, com destinatário da França. Maia sabia que Prim havia sido transferida de Beubatonxs por quebrar uma regra inviolável da escola, o que era incomum até mesmo para a personalidade da garota.

Draco a ignorou, e o restante do café passou rapidamente com Theo fazendo piadinhas para aliviar o clima do grupo. Todos iriam assistir a partida da grifinoria contra a corvinal naquele dia, pois era uma partida decisiva para a próxima fase do campeonato: se a corvinal ganhasse, estava diretamente classificada para a final e jogaria novamente contra a sonserina. Se a grifinoria ganhasse, a corvinal disputaria o terceiro lugar, e a final seria um clássico: sonserina vs grifinoria.

Maia parou Primrose no corredor, alcançando-a, já que estava mais na frente. Ainda estava frio, mas fazia um dia claro e a brisa era razoavelmente boa para que estivessem usando apenas uma blusa de manga.

— Prim, você esta bem? — perguntou, segurando no braço da amiga — Te percebi meio agitada no café. Sei que Draco é um pé no saco...

— Ele é, mas não estou com raiva dele... hoje. — a loira deu de ombros, entrelaçando seu braço com o de Maia — Meus pais me mandaram uma carta, só. Na verdade a maior parte dela era minha mãe reclamando sobre tudo. Ela não perguntou sobre mim em nenhuma parte da carta — Prim deu uma risada sem emoção.