Capítulo 6: home sweet home

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Já estava começando a anoitecer quando Gulf chegou em Bangkok, o céu tinha um tom bonito de alaranjado indicando o fim do dia. Kanawut aproveitou para parar alguns poucos segundos para admirar a vista. Sempre foi meio apaixonado pelo céu, especialmente no pôr do sol e nas estrelas, noites estreladas o deixavam com um sentimento de paz.

Depois de algum tempo ele continuou seu caminho, mandando uma mensagem rápida para os seus amigos avisando que já tinha chegado e pedindo para que eles não falassem para as irmãs dele. Pretendia fazer uma surpresa para as duas — que não seria totalmente uma surpresa já que ambas já sabiam que ele estava voltando, só não sabiam a hora exata em que chegaria.

Gulf pediu um carro por aplicativo e seguiu as placas que indicavam um lance de escadas que levava até a área de desembarque. Estava no meio dos degraus quando seu celular vibrou em seu bolso, ele logo puxou o objeto e sorriu quando viu o nome de sua gêmea brilhando na tela, levando ele até a sua orelha um segundo depois.

— Alô — ele disse descontraído, agradecendo mentalmente quando chegou ao saguão e viu que ele estava relativamente vazio.

— Eiiiii — ouviu a voz arrastada de Bow do outro lado. Gulf sabia que ela estava com um bico nos lábios — E aí? Vai demorar?

— Um pouco — Gulf mentiu — Vou fazer a conexão daqui há algumas horas.

Ele teve que segurar uma risada quando escutou sua irmã bufar do outro lado da linha.

— Por que você não comprou um vôo direto? — Ela perguntou, a voz com um tom de indignação — Não é como se você não tivesse dinheiro...

Gulf deu de ombros quase que por reflexo.

— E é não gastando que eu vou continuar tendo dinheiro — brincou — Você não vai morrer de ficar mais algumas horinhas sem ver a minha cara!

Maylada começou a dizer alguma coisa, provavelmente para o xingar, mas sua voz logo se transformou em um resmungo — e aí ele escutou um xingamento saindo dos lábios da gêmea, mas dessa vez não destinado a ele.

Ele escutou Bow, agora com a voz mais distante do celular, dizer algo como "você tem que parar de fazer isso" seguido de um "chata", e chegou à conclusão de que Grace tinha arrancado o celular da mão dela — ela costumava fazer muito aquilo desde que eram menores.

— Oi — dessa vez foi a voz de Grace que ele escutou — A mãe perguntou o que você vai querer comer quando chegar.

— Oi! respondeu no mesmo tom que o da outra, pensando por alguns segundos antes de responder à pergunta — Lasanha!

Grace suspirou do outro lado e murmurou algo como "você sempre escolhe isso" e, dois segundos depois, Maylada estava de volta na linha.

— Sua irmã é uma chata — Bow disse com uma falsa irritação. Gulf podia imaginar ela mostrando a língua para Grace e recebendo um revirar de olhos em resposta da mais velha.

Ele sorriu.

— Ela também é a sua irmã — Rebateu.

No mesmo instante ele avistou sua mala na esteira do desembarque e a puxou com cuidado. Felizmente não estava levando muitas coisas, já que tinha decidido que doaria algumas que tinha certeza que não usaria mais antes de voltar para casa.

— Enfim, como eu estava dizendo — Bow disse — Você poderia ter pedido para gente comprar um vôo direto para você!

Gulf revirou os olhos.

— Você sabe que eu não gosto de pedir essas coisas — Resmungou e fez o caminho até a saída do aeroporto, torcendo para que o carro que tinha pedido não demorasse tanto. Ele precisava sentar em um sofá ou deitar em uma cama que fosse confortável urgentemente — Esquece isso, me diz como está sua vida.

I Wanna Sing a Song - MewGulf (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora