Capítulo 1 | A origem

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INÍCIO

Acordei de um sono profundo, quando escutei gritos que ecoavam por toda a casa, olhei para o lado e certifiquei o horário no despertador, ainda eram 6h, quando tudo começou.

Pressionei os meus olhos para que pudesse dormir novamente, mas o meu coração batia freneticamente, não que isso fosse algo novo para mim, mas porque acreditava que as coisas iriam mudar, "a esperança que destruía o meu coração".

Esperei alguns segundos até que pudesse levantar e me encaro no espelho.

- Bom dia, bruxa. - Pronunciei baixinho, enquanto olhava para as minhas olheiras com desdem, peguei o rábico para prender o meu cabelo, abri a porta do quarto e permaneci imóvel até que tivesse animo para caminhar sobre os corredores daquela casa, quando cheguei a escadaria desci apenas alguns degraus para que não percebessem a minha movimentação, e apoiei a cabeça no corrimão para ouvir o confronto.

- Como você perdeu um dos nossos maiores investimentos? A nossa empresa está prestes a falir, consegue imaginar a nossa família desesperada para não morrer de fome? - Edward esbravejou.

- Ninguém quer fechar acordo conosco desde que o Sr. Augusto foi assassinado a polícia tem nos vigiado 24 horas por dia! Como uma empresa faria uma parceria com uma corporação que esta sendo investigada por um assassinato misterioso? - Ele proferiu, enquanto gemia de dor.

- E eu tenho culpa que um de nossos funcionários foi assassinado a caminho da nossa empresa? Eu sei que é algo horrível, mas se a fiscalização adiantasse o processo de investigação poderíamos provar que não tivemos ligamento nenhum a esse falecimento.

- E é isso o que eles estão fazendo! Mas até interrogar todos e juntar informações o suficiente, vamos continuar perdendo parcerias, não vai ser fácil, mas não quer dizer que estamos totalmente arruinados.

- Nos temos casos para resolver, e podemos perder a credibilidade diante do tribunal! Penelope vai para a Itália daqui a dois dias, podem suspeitar que ela esta envolvida no assassinato, e está tentando fugir do país.

- No começo até podem criar essa teoria, mas será descartada quando não houver provas do seu aparecimento no local.

- E, por que ele foi assassinado? Sempre foi um ótimo funcionário, comparecia às reuniões e era um ótimo trabalhador, trabalhava com maestria, não consigo entender.

- Suspeito que seja pela quantidade de empréstimos que fazia, me lembro dele ter citado alguma coisa como "mafia" na última conversa que tivemos, devem ter mandado matá-lo.

- Eu não sabia do seu envolvimento com eles... seria péssimo se fossemos reconhecidos como "defensores de gangue".

- Não ha nada de bom que podemos ser reconhecidos agora. O certo e mandar a Penelope para a Itália e esconder nossas futuras perdas para a mamãe.

— Aquele desgraçado! — Ele jogou a taça no chão. Eu não vou deixar ele destruir a nossa família, nem por cima do meu cadáver!

— Penelope? O que esta fazendo sentada na escada? — Ewa se aproxima.

— Mae?! — Pergunto assustada.

— Já falei para você não escutar as conversas do seu pai! Vamos para o quarto. — Ela segura a minha mão e me leva até o quarto.

— Eu não estava... a senhora sabe do que esta acontecendo, não sabe? Estamos falindo, eu vou para a Itália e vai parecer que estou fugindo de um assassinato, e no final ainda podemos ser ameaçados. O que vamos fazer?

O Caos PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora