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Acho q vou começar a postar 1 toda sexta. Pelo menos vcs não ficam sem nada né?

Eu já não consigo escrever como antes e meu foco principal é a faculdade. Não posso dar tanta atenção pra fic pq na maior parte do meu tempo eu tô fazendo alguma coisa pra faculdade (eu sei, é um saco mesmo)

Bom, é um toda sexta ou nada ksksks
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Ele estava terminando de preparar a pipoca, os estalinhos na panela já não estavam tão frenéticos

Peke J aproveitou q Baji havia levantado e se deitou no meu peito, com uma carinha de preguiça e ronronando, dava até para ouvir o barulhinho do "ron ron ron"

O garoto volta com a vasilha de pipoca  assim q vê seu lugar roubado, ele fecha a cara e faz bico

Baji: além de quebrar minhas coisas, ainda rouba minha namorada - ele resmunga baixo, sentando na ponta do sofá. Aproveitei e estiquei as pernas em seu colo

- ranzinza - Baji me olha torto e começa a comer

- da um pouquinho

Baji: vem pegar

- mas ele tá deitadinho

Baji: Então fica sem

- tá menstruada? - ele dá uma apertada em meu joelho, fazendo ter um pequeno espasmo

Peguei o gatinho e tentei levantar. Por ainda estar sonolento e escorregando um pouco, ele enfiou as unhas no meu peito. Tentei esconder a cara de dor, afinal não foi proposital

Baji: q foi?

- nada

Baji: e essa cara aí?

- ele enfiou as unha

Baji: vem, cara. Tá machucando ela - Baji tenta pegar o bichinho, mas ele enfia mais as unhas e dá um miadinho como quem nao queria sair

Baji: c tá carente hoje, né?

Depois de insistir mais um pouco, o gato me solta. Me ajeitei do lado do garoto para comer e Peke J fica deitadinho do meu lado

Baji: machucou?

- não, eu tô bem. Só vai ficar um pouco marcado - puxei parte da blusa, mostrando as marquinhas das unhas

Baji: quer um beijinho pra sarar? 😏

- idiota

Baji: pq? Eu não disse onde, vc q tá com a mente suja aí

- ah é? Então onde seria?

Baji: ...

Baji: melhor eu ficar quieto

- é melhor mesmo - ele ri e põe play no filme

*

Baji: q foi, gordin? C quer colo? - Peke J encarava Baji com um olhar de pidao

Peke J: miau

Baji: é? Vem cá com o pai - ele dá um tapinha na coxa e o gatinho sobe, deitando na perna do garoto

Encostei no ombro de Baji e fiz um carinho no bichano. O garoto apenas passa o braço em volta de mim

- achei q sua mãe voltaria mais cedo

Baji: deve ter se enrolado no trampo. Sempre assim, não tem gente suficiente e sobra pra ela cobrir os folgado q faltam

- não te incomoda?

Baji: foi assim a minha vida inteira. Já tô acostumado

- ela podia arrumar emprego em algum posto de saúde. Pelo menos nao ia precisar ficar de plantão

Baji: q jeito, Shayara? Os cara não deixam ela ser transferida nem com reza

- pq?

Baji: há quem diga q ela e sua mãe são umas das poucas q fazem aquele hospital funcionar. Sua mãe na ala emergencial e a minha nos mais rotineiros

Baji: se uma sair, sobrecarrega a outra. E se as duas saírem, o hospital para de funcionar

Baji: além disso, ela gosta do q faz e ganha bem com isso. O suficiente para q eu não precise trabalhar tão jovem

Baji: ela fala q quer q eu curta a adolescência antes de entrar pra vida chata de adulto

- não sente falta da presença dela?

Baji: um pouco. Mas a gente sempre curte quando consegue. Do nosso jeito esquisito mesmo

- ...

- e... seu pai...? - perguntei mesmo sabendo um pouco da história

Baji: ...

Baji: não tenho pai - disse seco, com um pouco de amargura na fala

- desculpa...

Baji: td bem

- vc não tem nenhum parente próximo q te faça companhia? - ele nega

- ninguém?

Baji: ninguém. Só vc e os meninos - foi meio doloroso ouvir aquilo, ainda mais ele dizendo com tanta naturalidade

Passei meu braço em volta de seu pescoço e dei vários beijinhos em sua bochecha

Baji: vai me dizer q ficou comovida com a história?

- depois não reclama q eu não sou carinhosa

Baji: foi mal. Vlw, gatinha - ele dá um selinho

Baji: só não faz essa cara

- q cara?

Baji: de pena, odeio isso

- agora sabe como eu me sinto com sua cara de culpa. Eu tb odeio ela - ele dá risada

Novata - Keisuke Baji (4a parte)Onde histórias criam vida. Descubra agora