cap.3 TnT

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Sim… fazem exatamente um mês que tudo virou um caos. E sim novamente, pois agora ele estava morando em uma casa no meio da floresta, e infelizmente — felizmente — ele estava com um maluco no mesmo ambiente que o tratava como marido… e às vezes fazia alguns rituais no meio da noite, não que ele se importasse , já que cada um tem seus cultos estranhos. Mas ainda era estranho.

Bom, e porque ele ainda está lá? Simples, podemos listar algumas coisas.

Primeiro: ele estava preso naquela casa porque o homem em questão o tranca ali.

Segundo: o maluco gostava dele, e sempre que tentava o outro surtava

Terceiro: estranhamente tinha gostado daquilo

Quarto: a comida era boa e ele era tratado como um ser humano, não um cachorro

Quinto: não tinha outro lugar para ficar é a polícia estava o procurando 

Sexto: ….O maluco em questão era bonito

Haviam várias coisas, e não tinha paciência de listar todas as coisas para justificar o porquê de não ter fugido. Mas voltando a atualidade…

Esticando os braços de forma preguiçosa  sobre o sofá macio, o loiro fechou os olhos soltando um suspiro sonolento. Já se passava das 3h da manhã e nada do mexicano chega. O combinado deles era roier — descobriu o nome a uma semana — sair para comprar alguns lanches para assistirem filme, que só foi aceito depois de tanta insistência do mexicano, mas até neste momento o indivíduo não havia chegado , deixando o homem no sofá irritado .

Ele poderia muito bem ligar para o outro e o xingar por está se atrasando e o fazer esperar à toa, mas conteve essa ação e respirou fundo. Umas das coisas que aprendeu com o outro morador, que era respirar para acalmar o surto — como se aquele fosse um "ótimo exemplo " — em momentos como aquele.

Abrindo os olhos ao acalmar os nervos, cellbit escutou o barulho da porta ser destrancada e a silhueta de moletom vermelha passar por ela com algumas sacolas no braço e com um semblante sério, o que era novidade para o mesmo, já que não o via com uma expressão como aquela geralmente. 

— Quer uma ajudinha cuzão? — se direcionou ao recém chegado e cruzou os braços o encarando,  vendo roier revirar os e entregar todas as sacolas para cellbit, dando um sorriso .

— gracias gatinho. — roier mandou uma piscadela em direção do homem e limpou a palma da mão no próprio moletom e caminhou em direção a sala , se jogando no sofá como um preguiçoso — Traje cerveza,  vino, ven pronto (trouxe cerveja e vinho, vem logo)

Como se toda a irritação que sentia antes tivesse sumido ao escutar "vinho", o loiro rapidamente caminhou em direção da sala com as sacolas e as colocou na mesa de centro e foi procurar a garrafa de vinho entre elas.

Observando com atenção o gato arisco,  roier deixa seus pensamentos divagar entre achar fofo e tentar o impedir , mas não iria conseguir o impedir mesmo que estivesse desesperado. Apenas se fosse vida ou morte. Mas além de pensar naquilo, também havia o fato de o achar mais saudável desde o incidente,  seu rosto está com mais cor e seus lábios também,  estava mais belo e vivo.

Com um ato involuntário sua mão se aproxima do rosto alheio e o toca, fazendo os movimentos daquele congelar e seus olhos irem de encontro ao mexicano, este que engoliu em seco retraindo sua palma do local  sentindo sua bochecha esquentar.  

Tentando passar o clima estranho, Roier se levanta e sai em passos rápidos até a cozinha e pega duas taças, voltando para a sala em seguida e as deixando em cima da mesa de centro.

De fugitivo a prisioneiro, novamente Onde histórias criam vida. Descubra agora