𝗥𝗮𝗸𝗶𝗻٬ 𝗂𝗆𝖺𝗀𝗂𝗇𝖾𝗌!¡ ݈݇-

⠀⠀⠀⁽ 𝐟𝐥𝐨𝐰𝐞𝐫 𝐩𝐭. 𝟐. ៹

あ ،     𝟔𝟕𝟒 𝐰𝐨𝐫𝐝𝐬.

fazia alguns dias desde que eu fui na floricultura, e talvez eu não tenha ido, por puro medo de encontrar o rafael.

eu não sabia como reagir depois daquele ato fofo e super hiper mega carinhoso dele. até hoje, ainda tinha a cartinha guardada.

"não quero ser intrometido, maya, mas você parece chateada e magoada. não sei quem pode ter feito isso com você, mas é um babaca. melhoras, minha querida."

e após ler isto no estabelecimento, eu resolvi ir embora na hora, e desde aquele dia, não fui lá e nem ousei passar na rua. concluindo que: eu não saí de casa.

mas hoje eu iria sair, eu não conseguia ficar mais em casa e imaginar diversas coisas sobre rafael, e não eram eróticas.

estava vestindo uma blusa leve junto com um shorts jeans um pouco mais largo que meu corpo, e de acordo com minha amiga, era por não estar comendo direito nos últimos dias.

tomei coragem, respirei fundo e entrei no local, o sininho fez barulho e quase no mesmo instante, em algum local dentro da loja, fizeram barulho.

sentei no banco da bancada e coloquei minha bolsa em cima, tirando meu livro.

─── olá maya. ─── escutei uma voz suave, e já sabia de quem era, de lisa, a senhorinha mais carinhosa  e perfeita que poderia ter conhecido. ─── cadê o...

─── a gente terminou, lisa. ─── nos primeiros instantes, ela fez uma carinha de pena, mas depois sorriu, me olhando com compaixão.

─── ah minha linda... ─── ela passou para o outro lado do balcão, me abraçando, e eu tive que me segurar muito para não desabar. ─── olha, não quero ser desrespeitosa, maya... mas ele não parecia ser uma boa pessoa para você...

─── ele não mesmo era uma boa pessoa... ─── comentei para dar um fim, e ela entendeu que não queria comentar mais sobre.

─── o de sempre querida?  ─── concordei e ela começou a preparar meu café.

passamos um tempo em silêncio, enquanto lisa fazia as coisas, e eu, tentava apagar as memórias que estavam surgindo na minha cabeça.

─── sabe maya?  ─── ela puxou um assunto, tirando o silêncio do ambiente.  ─── eu nunca te contei, mas eu tenho um neto, e ele passou por uma decepção amorosa...  ─── ela se virou com meu café, deixando do meu lado.  ─── e aí ele resolveu vir para cá, na nossa cidadezinha para descansar, e aproveitar comigo e o antônio.

eu pensei diversas vezes em comentar que já tinha conhecido rafael, mas resolvi ficar quieta e escutar o que ela falava.

─── ele está ajudando aqui, também estudando e pensando em ficar alguns meses por aqui...  ─── tomei um gole do café e ela respirou fundo.  ─── eu realmente quero que ele more por aqui, sabe? a cidade grande é boa, mas é tão melhor nossa cidade, além que lá ele passou por tantas coisas...

─── eu entendo o que você fala, eu morei numa época em cidade grande, mas é horrível em tantos pontos, e eu não precisava de jeito nenhum morar por lá.  ─── ela sorriu.  ─── adoro ter vindo morar para cá e ter te conhecido.

─── eu também adoro ter te conhecido maya...

ficamos em silêncio encarando uma a outra por alguns segundos, mas logo depois ela foi para dentro e eu fiquei sozinha por alguns minutos.

lisa não voltou, quem voltou foi rafael.

quando me viu, ficou surpreso, e soltou uma risadinha, sussurrando para si mesmo.

eu tinha esquecido o quão ele era bonito.

desta vez, ele estava usando uma blusa preta com uma calça bege, e com o avental que ficava apertado nele.

─── lisa é impossível.  ─── disse ele, chegando mais perto da onde eu estava sentada.  ─── ela tinha comentado que precisava ajudar antônio e que era pra eu cuidar da loja, e que tinha muitos clientes. ─── ele não precisou falar mais nada para eu entender o que pode-se ter passado na cabeça de lisa.

eu e rafael continuamos conversando por um bom tempo, mesmo quando tinha clientes, a gente conversava. nenhum dos dois chegou a tocar em algum assunto triste, nenhuma conversa sobre traumas e eu me senti após tantas semanas, em um ambiente seguro e confortável.

あ ، notas da autora!!

𝟎𝟏  muito de vocês pediram
para uma parte dois de
flower, então está aqui,
mesmo com a demora.