EPÍLOGO

31 7 101
                                    

Apocalipse zumbi.

Apocalipse zumbi?!

Aonde eu estava com a cabeça?

Eu acordo.

Ou ainda é um sonho? Eu sou uma divergente?

Olho ao redor e nada parece com o que eu já vi antes. Olho minhas vestimentas que antes pareciam tiradas da guerra por motivos de sobrevivência e agora parece um conto de fadas. Por qual motivo? Por que eu estou em um vestido com várias anáguas?

Me levanto tirando o pó da roupa, que nem existia. Talvez eu apenas esteja sentindo um incômodo dessas tais roupas que são espalhafatosas até demais; até mesmo os os funcionários se vestiam assim.
Isso só pode ser um sonho... Em que mundo isso seria possível? Nem no palácio de Buckingham, eu presumo.

Lembro-me de ter estado acompanhada durante o apocalipse zumbi. O procuro e ele também estava vestido como a realeza.

— Uau! - ele diz no mesmo instante que eu o vejo.

— Uau? Eu só consigo pensar em que lugar seja esse?

— Talvez um conto de fadas - disse com um sorriso amarelado.

Seguro a mão daquele garoto que eu não faço ideia de qual seja seu nome, e de qualquer forma não era importante para mim saber mais sobre isso, já que ando tentando achar uma suposta saída ou um meio de acordar desse pesadelo. Um segurança, um guarda real nos olha e nos para antes mesmo de cruzarmos o caminho de um portão de grades.

— Posso saber aonde estão indo? Nunca tinha visto vocês por aqui.

— Posso saber o que estou fazendo aqui?! - Eu quis saber com tamanha petulância.

— Jasmine... - o garoto disse assustado por conta do tamanho do tal segurança.

— Eu estou no meu direito de saber.

— Tem razão, saberá quando necessário, até lá. Mantenha-se no seu lugar.

Ele saiu petulante. Fiquei sem saber se eu voltava até ele para tirar mais satisfações, mas o garoto que estava comigo tremia mais do que servia de algo, então ele me impediu por medo do que pudesse acontecer.

Fomos divididos em homens e mulheres, cada um com suas funções distintas pelo seu gênero mas com a mesma finalidade se mal feito for: A morte.
Apesar das roupas da realeza ou desfile de Met Gala nível Blake Lively, o que cada segurança, que se vestia como guarda real, fazia ali era fiscalizar, e se estava sendo feito incorretamente a execução era imediata.

Como um futuro desfile de moda poderia servir de trabalho escravo ou exploração antes mesmo de seu preparo? Tudo tinha que ser perfeito.

Por livre e espontânea pressão.
Como minha presença não tinha tanta importância por causa da minha falta de tamanho, eu sumia diante as outras, saindo dali de fininho, mais uma vez tentando achar uma saída.

Ouço murmúrios sobre quem comandava aquele terror de fadas, e fico surpresa ao saber que era uma mulher. Como ela poderia ser tão imparcial assim?! Cadê o movimento: GIRL POWERS?!

Também ouço falar que a chefe daquilo tudo, daquele desfile de moda estava ali conosco. Observando. Se me lembro bem, se isso fosse um filme ela seria A Baronesa e eu a Cruella de Vil.

Como a curiosidade me consumia, eu queria porque queria saber quem era essa tal Baronesa.
Vejo mulheres entrando e saindo, portas se abrindo e fechando mas ninguém que poderia ser "A chefe".

De repente, ouço um estrondo. Era um tiro. Meu corpo gelou dos pés a cabeça e um arrepio percorreu a minha espinha. Fico estática no lugar, pensando que aquilo poderia ter sido em mim. Apenas mexo os olhos tentando ver onde poderia ter sido, quando meu corpo se recupera do choque, volto correndo para ficar atrás daquelas garotas exercendo a minha função. Vejo o corpo caído a poucos metros de nós, engulo a seco ao ver aquela menina sem vida e o seu sangue secando no chão.

PRESA ENTRE SONHOSOnde histórias criam vida. Descubra agora