Save Me - Spencer Reid🖤

VI

"O pensamento é o ensaio da ação." - Sigmund Freud

Spencer's pov:

A JJ pediu-nos para que fossemos todos para a sala de reuniões, estávamos todos sentados, quando entrou a JJ na sala acompanhada pela Giselle, acho eu, a irmã da Valentine, ela trazia um saco de cartão nas mãos e estava com uma expressão preocupada e triste.

"A Giselle hoje recebeu uma cassete de vídeo com o nome da Valentine nela" A JJ explicou e depois virou-se para a Giselle "Tu tens a certeza que queres ver o vídeo que a cassete contém?"

"Sim, eu quero vê-la" Respondeu a Giselle rapidamente.

A JJ acenou com a cabeça e deu a cassete à Garcia para que nós víssemos o vídeo. Lá estava ela, a garota que não tinha deixado os meus pensamentos desde que nos cruzamos, dava pena só de olhar, a Valentine estava a sangrar pelo seu nariz e pela sua boca que agora estava rachada, aquela era provavelmente uma das piores visões da minha vida.

De um momento para o outro o Unsub estava a ser incrívelmente simpático e depois está a estrangula-la para a obrigar a cantar, aquilo era doentio de se ver, porém mesmo assim a Valentine estava a ser bastante forte e resistente, ela ainda não tinha implorado pela sua vida ou dito qualquer coisa nesse sentido.

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O vídeo já tinha acabado e a irmã da Valentine estava em lavada em lágrimas, ela tinha saído da sala junto com a JJ, entretanto a Garcia também saiu da sala, nós agora tínhamos mais informação, o Unsub cometeu um erro, nós consiga localizá-lo a partir do vídeo, ele tinha-me descosido agora era só encontrá-lo.

Até que o encontremos espero que a Valentine continue viva e forte, eu estava admirado com a persistência dela, ela continuava acordada e no final do vídeo estava a sorrir como se estivesse tudo a correr bem, ela é uma mulher bastante forte, disso tenho a certeza.

Eu espero que a Garcia consiga fazer uma milagre e não demorar muito a encontrar a localização dela, mais um dia, só mais um dia e eu vou encontrá-la e salvá-la. Eu sei que vou.

Valentine's pov:

A minha cabeça latejava de dor, as luzes amareladas não ajudavam, custava-me a abrir os olhos e sangue corria pela minha cara abaixo, eu estava lá à quase uma semana, os meus punhos e tornozelos doíam e as cordas grossas que me amarravam à cadeira estavam muito apertadas, sendo assim a causa da dor.

Eu não sentia as minhas mãos ou pés, a circulação do meu sangue com aquelas cordas não chegava aos meus pés ou mãos, eu precisava de sair de lá rapidamente, era só uma questão de tempo até me encontrarem, mas eles não poderiam demorar muito, não é? Eles deveriam estar quase a descobrir este lugar.

"Então princesa, como te sentes?" Perguntou o homem a entrar no mesmo lugar em que eu estava com um prato de comida.

"É má educação não responderes, tenho tomado tão bem conta de ti"

"..."

"Eu disse que é má educação não responderes, fala já" disse a pousar o rato com força na mesa.

"..." Fiquei a olhar para ele com uma expressão neutra.

"ESTOU ME A FARTAR DE TI, SE NÃO QUERES FALAR NÃO FALES, PORRA" ele gritou e partiu o prato no chão, depois deu-me outro murro na cara e pegou num pedaço do prato.

"Sabes o que faço a pessoas como tu? Bem, tu tens a sorte de ser bonita e ainda não ter chegado a tua hora..." ele sorriu macabramente e espetou-me um dos cacos do prato na minha coxa direita.

Eu cerrei os meus olhos e soltei um suspiro alto, enquanto me continha para não gritar, voltei a abrir os olhos e ele tinha-se ido embora, olhei para a minha coxa e sangue era jorrado para o chão e manchava as minhas roupas, entretanto uma grande doer percorria a minha coxa, eu voltei a fechar os olhos e apaguei.