3 - Quidisgrassa É Essa?!

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Olha quem está de volta. Eu estava no hype. Ele me pegou de surpresa e eu amei.

A cabeça de Eijiro doía muito e sua concepção de realidade parecia quebrada demais para que ele fosse capaz de se situar

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A cabeça de Eijiro doía muito e sua concepção de realidade parecia quebrada demais para que ele fosse capaz de se situar. Tudo o que ouvia ao redor eram gritos, vozes zangadas e risadas de zombaria se elevando no ar. A última coisa da qual se lembrava era de estar treinando e então, em um momento de desconcentração, um mísero segundo, Midoriya o acertou com um chute tão veloz que sequer teve tempo de ativar sua individualidade.

Seu equilíbrio zoneava e o cérebro martelava dentro do crânio. Zonzo, ele tocou o lado superior esquerdo da testa e sentiu um líquido quente e viscoso que supôs ser sangue. A ferida era imperceptível por ele estar ainda de sangue quente, mas sentiria a pele latejar quando o fluxo de adrenalina presente em seu sangue diminuísse.

O que ele registrou foram braços o amparando e a voz alterada de Bakugou. A princípio supôs que ele estaria gritando com Midoriya, o ameaçando e amaldiçoando como era de costume. Contudo, algo curioso lhe chamou a atenção.

Não era Bakugou quem estava xingando, e sim Izuku.

— Ele que foi idiota de permanecer no caminho. Que tipo de estúpido não desvia de uma pedra?

Pedra? Ele tinha levado um chute. E desde quando Izuku tinha uma personalidade tão agressiva?

— Você não tinha o direito de machucá-lo, não foi legal da sua parte.

Dessa vez Eijiro quase engasgou ao reconhecer o som da voz do namorado e perceber o tremor de revolta e mágoa em sua voz. Mesmo irritado, Bakugou parecia hesitante, como se temesse elevar muito a voz contra Midoriya.

O mais importante: pedra? Ele tinha sido atingido por uma pedra?! Deku não usaria um artifício tão baixo, ele sequer tinha uma pedra a disposição quando partiu para cima de Eijiro.

— Porque você está gritando, Izuku? — indagou confuso, sentando com a ajuda de Bakugou — Você não é assim.

O silêncio ao redor o deixou confuso e ele abriu os olhos para vislumbrar um Bakugou completamente diferente o encarando com o semblante abismado.

— Ele danificou o seu cérebro. — Bakugou lamentou, os lábios tremendo com o choro contido — Oh, cara, isso não foi legal.

— O que está dizendo, Bakugou? Porque está agindo assim e está tão calmo?

No momento seguinte ele calou-se, surpreso e em pânico pelo cenário ao redor estar diferente. Não somente o cenário, os alunos estavam diferentes e a maneira debochada de Midoriya parecia ter saído de algum filme de terror barato sobre universos paralelos.

Ver Momo, Tenya e Izuku rindo e fazendo chacota do seu ferimento ajudou a reforçar essa sensação bizarra de estar vivendo um episódio extracorporal em uma simulação bizarra.

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