A tribo Karen vive na província do noroeste de Mae Hong Son, em Chiang Mai na Tailândia, e é bem conhecida na área pela sua aparência distinta e tradição milenar. Fiquei muito curiosa sobre este povo e seus costumes por isso fui pesquisar e decidi partilhar convosco!
O Bwa G'Naw, conhecido por muitos como Karen são uma das maiores tribos do sudeste da Ásia. A população total do povo Karen é desconhecida, uma vez que eles estão espalhados por toda a Birmânia, Laos e Tailândia. A estimativa da população varia de 7.5 a 14 milhões de pessoas aproximadamente o equivalente à população de Portugal (o meu país 😉 ). Os 300.000 Karen na Tailândia constituem metade da população total das tribos das montanhas do país.
As línguas Karen são difíceis de categorizar como uma família linguística. Eles diferem de outros idiomas. Eles são monossilábicas e utilizam até seis tons de sons para derivar o significado.
O povo Karen é conhecido pelo seu amor pela paz, tranquilidade e isolamento. Vivem nas montanhas e florestas baixas, eles plantam de acordo com as estações do ano e as condições do solo da área. A comida que produzem e os animais que criam são para consumo pessoal, e não para venda.
A sua crença significa que eles tentam ganhar o favor dos espíritos que os cercam. Uma vez que eles acreditam em muitos tipos diferentes de espíritos ou "deuses" como cristianismo, budismo e animismo, eles sempre têm que fazer sacrifícios a eles. Eles também tentam procurar conselho dessas forças sobrenaturais, antes de começar uma atividade importante, como uma jornada, uma viagem de caça, a compra de animais, ou fazer negócios.
Na Tailândia, a maior concentração de Karens vive na província de Chiang Mai. Os Karen diferenciam-se das outras tribos por viverem em aldeias permanentes em altitudes mais baixas e têm desenvolvido campos de arroz ambientalmente sustentáveis. Estes fatores permitiram que os Karen se integrassem melhor na sociedade tailandesa e sofressem menos discriminação. A comunidade é composta por homens que trabalham no campo e por mulheres que se dedicam ao artesanato e a tecelagem.
Mundialmente, as mulheres Karen são conhecidas com Long Neck Woman ou Mulheres Girafas, pelo costume de alongar os pescoços femininos com o uso de pesadas argolas de latão.
Uma lenda antiga afirma que os anéis protegiam os aldeões de ataques de tigres, já que estes animais atacam as vítimas pelo pescoço. Outra teoria dizia que os anéis ajudavam a afastar os homens de tribos rivais, diminuindo a beleza das mulheres.
Hoje, as pessoas acreditam no contrário, ou seja, é considerado um símbolo de beleza, um adorno estético para que elas arranjem um marido na vida adulta. Quanto mais longo o pescoço, mais bonita a mulher – e os Kayans usam as bobinas douradas como acessório. É exatamente o peso (de até 10 kg) que carregam sobre os ombros que pressiona e rebaixa as suas costelas, fazendo com que o pescoço pareça maior do que é.
Aos 5 anos de idade, as meninas já recebem o primeiro anel para colocar e podem acumular até 25 deles ao longo da vida. Algumas chegam a usar também nos braços e pernas. A geração mais nova, porém, está a mudar e recusa-se a utilizar as argolas.
Hoje ainda existem cerca de 40.000 pessoas nas tribos Karen, mas desde o final dos anos 1980, membros da etnia Karen tiveram que fugir de Myamar ao longo das décadas devido a problemas políticos. Ir para a Tailândia foi a melhor e mais segura opção para muitos membros. Embora as coisas sejam muito melhores para os Karen que vivem na Tailândia, a falta de oportunidade e apoio do governo, fez com que eles se isolassem do resto do país. Por um lado, eles puderam manter as suas tradições vivas, mas por outro eles foram marginalizados da sociedade moderna e acabaram vivendo situações um tanto quanto precárias e perturbadoras.
Vocês sabiam desta curiosidade?
Lemo-nos em breve 😘
VOCÊ ESTÁ LENDO
Gesso Na Jangada S&L
RomanceOlá a todos! Trago-vos o romance "Long Rak" "Lava" é um jovem que tem como trabalho acompanhar turistas num passeio de jangada de bambu, num resort que fica numa aldeia fronteiriça. Certo dia, a dona do resort onde ele trabalha solícita que ele aju...