XI

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— Sei que vão ser só dois meses, mas… não se esqueça ou enjoe de mim nesse tempo!— Insegura como sempre, Lia sussurrou ao pé do ouvido de seu amado.

Nada além dos beijos e do radar se ouvia. A calmaria do fundo do mar era agoniante e ao mesmo tempo, reconfortante. Os lábios de Law estavam sobre a pele retinta da garota, e ela arfava ao senti-lo tão perto. O oceano estava mais escuro, e a luz azul que ele emitia na sala era pouca. Ainda sim, o brilho dos olhos amarelados de Law não se apagavam, de jeito nenhum!

E Lia não conseguia se concentrar em tantas sensações ao mesmo tempo. Ela queria ter a intensidade do olhar dele, o conforto do oceano, a calmaria de seus lábios, o carinho de suas mãos, o desejo em seus beijos e o silêncio da sala azul.

As preliminares sempre foram a melhor parte. Law como um bom médico, sabia exatamente como estudar um corpo. E ao tocá-la em tantos lugares e tantas vezes, decorou rapidamente cada cantinho especial do corpo dela. E Lia não faz ideia que ele sabe disso, que ele passou noites experimentando lugares novos para tocá-la diferente, que sempre que ele a beijava era para ouvi-la arfar, gemer, se derreter.

Ele queria proporcionar a ela, um grande prazer. Queria deixá-la tão viciada nele, a ponto de ela nunca esquecê-lo. E como esquecer de alguém tão perfeito? Porra! Olha para ele! Mesmo com aquele maldito olhar cansado e depressivo, ele continua lindo e estranhamente atraente. E aquele sorriso? Gente!

— Law…— Ela gemeu manhoso seu nome, enquanto ele deslizava as mãos pelo corpo dela e beijava sua clavícula.

— Hum?— Seus lábios traçaram um caminho até o pescoço da garota, que tombou a cabeça pro lado para ajudá-lo no processo.— Adoro teu cheiro.— Ele disse suspirando de prazer ao sentir aquele aroma tão conhecido e vicioso.

— Essa é a nossa última noite? — Ela cessou os beijos segurando o rosto dele com as mãos. Encarou aquelas orbes amareladas, que mais pareciam estrelas e selou seus lábios rapidamente.

— Não… mas me ame como se fosse!— Então ele tomou os lábios dela novamente.

Ele trouxe mais intensidade para o beijo. E o corpo dela nu sobre o seu, tornava ele tão mais selvagem. Law puxava as madeixas dela, mordia seu lábio inferior e apertava sua cintura deixando a marca de seus dedos lá. Ela acariciava a nuca e a bochecha dele, memorizando com os dedos seus traços mais perfeitos.

— Quero que essa noite seja longa e prazerosa, para nós dois, querida!— Ele cessou o beijo apenas para dizer isso. Quando Law terminou de falar, voltou a deleitar os lábios da mulher.

Maldita cadeira que dificultava o processo. Mas realmente valia a pena todo o esforço, afinal, aquela sala é um lugar especial para os dois.

Lia ia por cima, se movendo com delicadeza sobre ele. O mesmo  a ajuda com os movimentos, segurando em seu quadril. Observa-la subir e descer com aquele magnífico oceano ao fundo era incrível. E ouvi-la gemer seu nome, enquanto na pele dela deixava sussurros dizendo que a amava, era melhor ainda.

Suas pupilas dilatadas, que mais pareciam estar sob efeito de cocaína o secavam, enquanto ele beijava um de seus seios. Ele não era uma droga, mas tinha o mesmo efeito sobre ela, e vice-versa. Em tão pouco tempo eles se viciaram um no outro, e se tornaram  dependentes da companhia.

A saudade que vai apertar o peito deles, vai ser daquelas de matar! Vai ter noites que Lia não vai conseguir dormir, lembrando da forma que ele a tocava e estocava. Vai ter noites que Law vai se tocar, lembrando da boca dela. Mas porra! Não pensem que o relacionamento deles é resumido em sexo. Pois é mais que isso!

É uma paixão fundada para sustentar dois grandes objetivos, duas grandes ambições! Nada irá abalar eles, nem mesmo dois meses sem se ver. Pois futuramente, o tempo que ficaram separados será maior ainda.

— Lia… diz que me ama, mais uma vez!— Ele a abraçou pela cintura, colando ainda mais seus corpos.

— Amo-te, Law. Amo você como nunca amei ninguém!— Ela sussurrou aquelas palavras, só para ele ouvir.

Sabe por quê? Porque essas paredes são intrometidas, e sempre acabam achando que são para elas.

Então ele foi mais rápido, pois sentia que seu ápice estava chegando, e com o aumento repentino da velocidade, Lia também sentiu o seu vindo. Os gemidos se tornaram tão audíveis que Law tinha certeza que seus tripulantes ouviriam, mas não ligaram muito. Continuaram o show de sacanagem!

Law mordeu o ombro dela, o que a fez gemer de forma manhosa. As mãos dele foram parar na bunda dela, tornando as estocadas mais intensas. E o barulho dos corpos colidindo? Tão pecaminoso esse som!

— Vou sentir falta disso…— Ela disse ofegante, intercalando as palavras com gemidos.

————

Na manhã seguinte, a despedida foi triste. Os garotos choravam ao ver a companheira partir. E Lia se despedaçava com a cara de seu amado ao vê-la tão longe.

— Não se atrevam a morrer! Vamos nos ver daqui a dois meses!— Ela fungou o nariz, e secou as lágrimas que insistiam em cair.— Law! Amo-te! Obrigada por tudo! Amo, amo, amo, amo muito vocês!— Ela balançou os braços freneticamente, enquanto o submarino descia para as profundezas do oceano.

Assim que ela perdeu eles de vista, caiu de joelhos na areia e chorou com a despedida. Chorou até o entardecer. E enquanto chorava, implorava aos céus para tomar conta de seu futuro marido.

Em uma próxima noite, quem sabe… naquela sala azul, ela talvez o peça em casamento.



𝐁𝐋𝐔𝐄 𝐑𝐎𝐎𝐌- 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑒 𝑇𝑟𝑎𝑓𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟 𝐷. 𝑊𝑎𝑡𝑒𝑟 𝐿𝑎𝑤 Onde histórias criam vida. Descubra agora