Prologue

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31 de Outubro de 1981

Sirius nunca imaginou que o Halloween poderia ser tão assustador.

Na verdade, ele adorava a cultura trouxa de usar daquele dia para pregar peças assustadoras e assistir filmes de terror. Alguns chamavam de "Dia das Bruxas" e, obviamente, para eles, bruxos eram símbolo de algo das trevas, magia ruim, claro que era um dia bastante tenebroso. Ele achava isso hilário.

Porém, não imaginava como aquele dia poderia realmente terminar de uma maneira aterrorizante. Com certeza, não imaginaria. Afinal, ele estava bastante ocupado se preparando para reunir-se com os amigos e afilhado e brincando com os filhos para pensar nisso.

James e ele haviam marcado de comemorar juntos naquele dia. Agora que Harry já estava andando, ele poderia correr pela casa com sua fantasia junto de seus filhos e render ainda mais fotos fofas dos três juntos.

Remus havia saído há alguns dias para uma missão em nome da Ordem da Fênix numa comunidade de lobisomens no norte e disse que voltaria hoje a tempo para a reunião de Halloween. Sirius aguardava ansioso, a todo momento olhando para a porta com o coração palpitando. Não havia parado de pensar na última noite antes de Lupin ir embora, sabia que quando ele voltasse tudo seria diferente.

Sirius estava pronto para dizer-lhe de coração aberto o quanto o amava e queria aproveitar aquela chance. Remus não estava ali apenas ajudando-o com seus filhos, era muito mais que isso. Estavam há quase dois anos ali. Eles já viviam como uma família… Eles eram uma. Estava pronto para admitir isso e dizer que queria aquilo para sempre, os dois, enfim, juntos.

Por Merlin! Sirius tinha até comprado uma aliança.

Aquele seria um dia inesquecível.

— Tio Moony já deve estar chegando — Sirius comentou ao olhar para o relógio, então voltando os olhos para os dois garotinhos idênticos de quase dois anos a sua frente. — Até o aniversário de vocês, já poderão chamá-lo de papai também.

— Papa, voar! — um deles exclamou, enquanto o outro jogava uma pequena goles de brinquedo no ar. A bola flutuava, e o garotinho logo ia atrás para pegar de volta.

— Quer voar, Canis? Vamos lá, pequeno artilheiro!

Sirius pegou o garoto e ergueu-o no ar, começando a correr pela sala de estar ao redor do sofá e do tapete lotado de brinquedos em frente a lareira. O pequeno Canopus Black riu, uma gargalhada alegre que Sirius amava ouvir.

O outro garoto parou de brincar com a goles e começou a andar atrás do pai e do irmão, também rindo.

— Estamos sendo seguidos, cuidado!

Sirius continuou a correr, rindo junto dos garotos. Até que não avistou mais o outro atrás de si e parou, franzindo o cenho e então olhando para o que estava em seus braços.

— Acho que despistamos ele — sussurrou.

Então, de repente, Black apenas sentiu pequenos braços agarrando sua perna. Ele olhou para baixo e viu o mais novo dos gêmeos aparecendo, uma imagem menos nítida antes de poder vê-lo propriamente.

Ele jogou-se dramaticamente no chão.

— Oh, não! Fomos pegos!

O garotinho pulou sobre ele. Sirius sorriu largo e abraçou os dois fortemente, começando a fazer cócegas em ambos e ouvindo suas doces gargalhadas.

O dia poderia terminar ali, naquele lindo momento de um pai com seus filhos. Sirius faria qualquer coisa para poder permanecer ali.

Sirius ergueu-se do chão e buscou as vassouras de brinquedo dos filhos que eles ganharam de James no aniversário de um ano. Ajudou-os a montarem nas vassouras e deixou-os voando pela sala de estar, enquanto pegava seu espelho de dois sentidos para contatar o melhor amigo.

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