Cap-14

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// Pov. Sn \\


Até que o Lee move sua cabeça rapidamente em direção à porta, mas ainda sim consigo ver seus olhos mudando do castanho para algo que nunca vi antes. 

Uma cor tão viva, tão.. mágica que eu jurava que não podia ser algo humano. 

Era como uma transição do dourado como ouro brilhante para um tom do mais vivo vermelho carmesim.

Sem dúvidas fascinante... Hipnótico. 

Fiquei um bom tempo encarando maravilhada e nem pude perceber quando o mesmo saiu as pressas da sala.


// Pov. Lee Know \\

''

Era um fato. 

Fazia muito tempo que eu não dançava.

E fazer algo que gosto tanto e fui proibido de fazer durante anos de cativeiro me trouxe sensações maravilhosas e inesquecíveis.

Desde sempre, é como se toda vez dançando me desconectasse de tudo real.

Com a dança, esqueço tudo. Todos os problemas somem e eu me sinto livre.

Sem amarras

Sem correntes e trancas

É como se esses simples movimentos suaves e intensos, ritmados e sincronizados, me dessem assas para voar. Fazendo tudo se encaixar em seu devido lugar.

Até hoje me lembro bem de como foi a sensação de experimentar pela primeira vez...


[ Lee MinHo(12 anos) ~Memória~]


Mais uma vez eu esperava alguém para vir me buscar na escola, sei que é só questão de tempo para começar a chover e inutilmente eu criava esperanças de que alguém se lembraria de vir hoje.

Bom, a minha relação com os meus pais nunca foi muito boa.

Desde sempre cresci em um ambiente cheio de falsidade, frieza e discussões.

Aos poucos fui entendendo um pouco melhor e percebi que o melhor jeito de evitar os gritos da minha mãe é ser o garoto "perfeito", enquanto meu pai apenas queria que eu seguisse seus passos como um jogador respeitado.

Desde que entrei nessa escola nova entrei para o time de futebol e me esforço até a exaustão para alcançar sempre as melhores notas possíveis.

Sempre no topo. 

Fui criado assim então para mim era normal. 

Lógico que eu observava como era o relacionamento de outras crianças com a própria família, mas não podia me dar ao luxo de fazer nada.

Em casa sigo apenas algumas regras por minha conta. 

Eu posso chegar a qualquer hora, ninguém me espera ou se preocupa se chego bem ou não. 

Posso ir a qualquer lugar e durmo a qualquer hora.

Minha família inteira, os que conheço pelo menos, só se preocupam com riquezas e o tão respeitado título Lee.

Ainda sentado na porta da escola começo a olhar o céu, este que já dava indícios de finos pingos.

Não vi o tempo passar. Nem sei em que ponto mais exato começou mesmo a chover forte. Mas senti uma presença do meu lado. 

-Parece que a chuva não vai parar tão cedo né? - Diz o que, pela voz, percebi se tratar de um menino.

Apenas ignorei e apenas voltei meu olhar para as árvores que se agitavam com o vento.

-Qual o seu nome? - Passo a olhar para o garoto que me olhava com seus grandes e redondos olhos brilhantes. 

-Minho. Lee MinHo. - Respondo agora prestando atenção no quanto aquele menino me lembra um esquilo com suas grandes bochechas. 

-Eu sou o Jisung. Han Jisung. Quantos anos vc tem?? - Pergunta ele novamente e tenho a leve impressão dele ser bem falante.

-Doze.- Começo a me perguntar se seria bom iniciar o caminho em baixo da chuva mesmo ou se esperaria ela diminuir.

-Eu tenho dez. - Diz mesmo eu não tendo devolvido a pergunta.- Você tá esperando sua mamãe ou seu papai?

-Nem um, nem outro. Eu vou sozinho. - Volto a olhar a chuva ainda com o olhar de Jisung em mim.

Não sei quanto tempo se passou, acho que não muito, mas um carro para e abre o vidro bem na nossa frente. Estava meio preparado para correr caso fosse necessário até ouvir uma voz feminina de dentro da janela.

-Han! Vamos filho, corre. -Vejo o garoto ajeitar a mochilinha nas costas e intercalar seu olhar entre mim e sua mãe.- Pergunta pro seu amiguinho se ele quer ir também.- Ela grita mais uma vez por causa do barulho da chuva.

-Quer ir pra minha casa Minho?- De novo posso jurar que seus olhinhos estão brilhando. - A gente pode brincar e fazer uma festa do pijama!- Quando penso ser impossível ele brilha ainda mais. Tanto que a minha resposta sai de forma que não posso simplesmente dizer não.

-Ah.. Claro.. Vamos.- Dou um leve sorriso sem mostrar os dentes.






.,.,.,....

O contexto ainda vai surgir melhor, esse foi apenas uma introdução.

Beijos da autora e até o próximo cap.(q n sei quando pode sair.. talvez amanhã? Semana q vem?.. Ano que vem?)..

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⏰ Última atualização: Sep 01 ⏰

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