Eu estou apenas trazendo uma breve bobeirinha para a gente, só para dar um gostinho mesmo. Espero que gostem
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Uma noite dos garotos não estará completa sem algumas brincadeiras. E o que seria mais divertido do que apostar qual deles seria capaz de irritar o elemento mais mal humorado daquele bando e sobreviver?
Claro, sobreviver seria a parte difícil e arriscada. A parte emocionante sempre seria a adrenalina de cutucar o demônio e correr. E a estratégia utilizada dependia da coragem ou burrice do executor.
Sero, por exemplo, sempre foi brincalhão, um cara adepto da vida mansa. E apesar de gostar de se divertir fumando erva, ele também tinha apreço pela vida e por isso optou por uma abordagem mais elaborada e menos direta. Alguns itens roubados, uma fala ou outra, aqui e acolá, e pronto. Bakugou se irritou com sua presença e esbravejou. Mas não foi o suficiente para o fazer enlouquecer de raiva.
Denki foi o mais ousado. Abraçando, cutucando e falando diretamente no ouvido do pobre diabo apenas para sobrecarregar seu sensorial com toques e sons que tinha certeza que o irritariam.
Ganhou um soco no braço e metade do rosto ardendo pelo calor das explosões que pipocaram perto de sua bochecha direita.
Mina era debochada e ficou gracejando enquanto eles almoçavam, enaltecendo as qualidades de Kirishima que tinha parado de pé ao lado de uma das mesas apenas para conversar um pouco com Deku. E como esperado, ali permaneceu, envolvido demais pelo assunto para perceber o tempo em que estava parado ali.
Ela estalou os lábios e os lambeu em gesto vitorioso ao olhar para os amigos. Perturbar Bakugou era efetivo, um meio seguro e conhecido de alcançar a glória. No entanto, nada era mais eficiente que atiçar seu ciúme, principalmente quando ele parava para conversar com o antagonista de Dynamight. Afinal, quem mais merecia atenção ilimitados do namorado que Katsuki?
Tão efetivo quanto atirar gasolina sobre o fogo.
A raiva de Bakugou foi instantânea e levou menos de dez segundos entre ele ver a cena ao som da fala maquiavélica de Ashido a dizer "O Kiri é um anjo mesmo, não é? Olha como ele é atencioso ao conversar. Impossível não gostar de interagir com ele" para coringar.
E não foi qualquer ataque, e sim um espetáculo.
Principalmente por ele não ter verbalizado sua revolta e frustração.
Não, foi tudo uma leitura corporal.
Movido pela raiva ele bufou, bateu os talheres no prato usando mais força do que o necessário, levantou e caminhou na direção de Kirishima. A respiração tensa, a postura ofensiva, os olhos injetados, tudo indicava que ele ia atacar. Gritar, xingar e ameaçar, qual era seu costume.
Mas então ele não fez nada disso, apenas permaneceu de pé, olhando de um para o outro. Um instante de tensão que parecia se multiplicar naquele ambiente. Todos os barulhos silenciaram, rostos virados na direção do trio, atentos, como se uma nuvem densa estivesse se formando sobre a cabeça deles, lançando raios e trovões naquele silêncio expectante.
