Amor Proibido (Elos De Amor #1)

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— Quem é Thalita?

Puta que pariu! Não acredito que disse o nome da marrenta enquanto a Julia me pagava um boquete. É muito azar pra um cara só, impressionante!

— Anda Philippe, me responde... — interrompo sua fala, com raiva por ela querer cobrar explicação sendo que não somos nada, e também por ela dizer meu nome de novo.

— O que eu te disse sobre me chamar de Philippe??? Esqueceu o aviso que te dei, porra?!

— Desculpa, Ph. Mas tu ainda não me disse quem é essa puta que você chamou enquanto eu te chupava.

— Tá achando que tu é quem pra me cobrar alguma coisa? Já te falei quantas vezes que tu não é nada além de uma boceta que eu como quando quero e a hora que quero? Entenda Julinha, tu não é, e nunca vai ser minha fiel!

Me visto e saio da casa dela. Não aguento mais essa mina, nem sei porque ainda venho transar com ela! Toda vez ela acha que tem direito de me cobrar algo, porra!

Posso até tá errado em ter ficado imaginando outra no lugar dela, mas nós não somos nada além de uma transa casual. Provavelmente não seremos mais nada depois dessa bola fora de hoje, mas pouco me importa.

Ela não é tão boa assim no boquete. Pelo menos não tão boa quanto a marrenta né?! Quieto, por favor! Preciso relaxar um pouco e você, subconsciente, não está ajudando em nada.

Sigo andando até chegar em uma das casas mais altas do morro. Subo até a laje, me sento no chão e fico observando a vista daqui do alto.

Eu precisava disso, de um tempo pra pensar melhor sobre as coisas. Tenho que começar a agir em meu plano logo, ou essa marrenta vai acabar me enlouquecendo.

Tu tem certeza que quer continuar com esse plano? Qual o sentido de magoar os sentimentos de uma mina, só porque tu teve teu ego ferido naquela porra de reunião do CV?!

Cala a boca subconsciente! Eu não vou voltar atrás com o plano. Não agora que o pai dela tá fora e é o momento perfeito pra agir!

Como eu posso conquistar a marrenta? Bem, eu poderia ir implorar por ela e acabar com duas coisas ao mesmo tempo. Meu fogo e a primeira parte do plano, que é conseguir chegar nela sem levar uma surra.

Isso poderia dar certo. Ela me veria como um cara vulnerável a ela e ao fogo que sentimos um pelo outro, e provavelmente se entregaria com mais facilidade. Apesar que eu queria muito ver ela implorar. Imagina só, ela na cama, gemendo e implorando pra meu pau estar dentro dela.

Chega de fantasiar essas coisas Philippe! Foca no principal aqui, que é o plano. Essa ideia de implorar pra ela é interessante até, a marrenta talvez aliviasse um pouco e não fosse tão bruta como das outras vezes.

Só não posso deixar que ela perceba que isso tudo é parte de um plano. Um plano bem babaca, pra falar a verdade, mas você é um idiota fodido e não me escuta!

Enfim, bora começar a fazer algo pra conquistar a Thalita!

{...}

Aqui estou eu, na entrada do PPG, às 22:30 da noite, esperando uma brecha pra conseguir chegar na Perigosa. Eu poderia tentar entrar pra conversar com ela né?! Sim, mas tenho a impressão de que os vapores aqui vão fofocar pro paizinho da marrenta que eu apareci aqui do nada.

Esperar a boa vontade da marrenta pra poder conversar com ela e implorar pra ficar de novo com ela vai ser uma tarefa difícil pra caralho, já que eu nem sei se ela vai sair do PPG hoje.

Eu sei, fui meio burro de já chegar assim, querendo agir sem um planejamento, mas eu não aguento mais essa história. O quanto antes eu me vingar, mais rápido vai acabar; não quero correr o risco de prolongar essa situação.

Ainda mais que tu corre um sério risco de se apaixonar por ela né?! Imagina só, tu querendo se vingar dela, e acaba apaixonado pela própria inimiga?! Ia ser uma ótima novela pra assistir comendo uma pipoca e tomando um refri.

Tenho certeza que você, subconsciente, ia amar isso! Mas entenda uma coisa: EU NÃO VOU ME APAIXONAR PELA THALITA! E sim, foi necessário surtar desse jeito, espero que assim tu entenda de uma vez por todas isso!

Saio do meu transe ao perceber uma movimentação na entrada do PPG. É ela! Parece que as coisas estão indo ao meu favor.

Novamente observo Thalita, seu cabelo preto está em um coque, ela usa uma regata azul e um short jeans branco. Parece que nossa querida marrenta vai dar um passeio na praia, pois está carregando uma daquelas bolsas, que mais parecem sacolas de bambu.

Ela coloca tudo isso em um Jeep Compass 2019 preto, entrando no lado do motorista em seguida. Quando ela sai com o carro, espero alguns minutos para poder seguir.

Sei que já fiz isso uma vez e não deu tão certo quanto o esperado, mas quem sabe dessa vez não é diferente?! Para de criar expectativas cara! Tu vai tomar outra surra pra deixar de ser besta.

Deixa de pessimismo, subconsciente! Dessa vez vai ser diferente, tu vai ver! A marrenta já experimentou o mel do pai aqui, tu acha mesmo que ela não vai querer mais? Ela pode até me odiar, mas negar fogo ela não vai negar não!

{...}

Depois de um tempo, finalmente chegamos em uma praia mais afastada. Poderia fazer toda aquela papagaiada de descrever o quanto a paisagem dessa noite tá linda, mas não quero mais perder tempo.

Preciso agir em relação a Thalita, por isso, enquanto ela se ajeita na areia da praia, vou em um quiosque um pouco mais distante de onde ela tá e compro duas águas de coco. Se é pra chegar na marrenta, tem que ser com estilo né?! Não vou chegar de mãos abanando!

Me aproximo devagar, com medo que ela se assuste e queira me bater. Para minha surpresa, ela me olha e em seguida abaixa o rosto, quase ignorando minha presença.

— O que você quer?