Pesadelo da realidade
< 26 de março de 2022>
Point of View~Gisele~
Estou num porão amarrada a uma cadeira, a minha roupa virou um simples pedaço de tecido coberto de sangue e cortes, o meu corpo dói, ouço alguém se aproximar da porta e arrepios passam pelo meu corpo. Dois homens que nunca vi entram com um sorriso malicioso, um com um chicote e outro com um cinto nas mãos.
A ideia de os desafiar é um completo absurdo já que eles tem o dobro do meu tamanho, eu estou demasiado fraca para lutar depois de sessões de tortura todos os dias, desde os dois meses que estou aqui, já nem consigo respirar direito.
Homem 1- Finalmente vamos nos divertir um pouco.
Homem 2- Vai ser memorável.
Gisele- Que querem?
Homem 1- Brincar.
Não tenho um bom pressentimento sobre isto. Um dos homens vem até mim, desamarra-me e empurra-me contra a cama, enquanto um prende os meus pulsos o outro tira a minha roupa.
Homem 1- Podes gritar o quanto quiseres que ninguém te vem ajudar.
Homem 2- Vamos brincar?!- pergunta em um tom sarcástico.
Antes que eu possa dizer mais algumas coisa um dos homens tira a minha calcinha e passa a mão na minha intimidade, fecho as pernas tentando impedir, mas o outro rapidamente amarra os meus tornozelos no ferro ao fundo da cama.
Tento me debater, mas é completamente inútil, o homem que me tocou abriu a calça e masturba-se enquanto olha para mim, tento focar em desfazer os nós dos pulsos, mas ele repentinamente penetra em mim brutalmente, a dor é insuportável, por mais vezes que peça para parar é inútil, não tenho mais lágrimas para chorar depois de toda a dor que me causaram.
Assim que o homem goza, sinto um alívio por ter acabado e por ele ter usado camisinha.
Homem 1- Se te comportares acabamos por aqui.- ele arruma a roupa dele.
Homem 2 – Não sem eu me divertir também.- ele rapidamente tira as roupas e vem até mim.
Homem 1 – Eih...- ele chama-o – Não te esqueças disto. Não se sabe onde essa vadia andava.
Homem 2- Vai á merda.
Homem 1- Ordens do chefe.- ele coloca a camisinha epenetra-me agressivamente, aperta o meu pescoço com tanta força que malrespiro, tento me debater mas é inútil.
As estocadas dele são violentas, a dor torna-se insuportável, sinto os meus olhos arderem pelas lágrimas que tento segurar e sinto algumas lágrimas molharem o meu rosto. Quando ele sai de cima de mim, respiro ofegante e puxo o ar, o incómodo entre as minhas pernas aumenta, um deles liberta-me e atira-me as roupas, visto-me desajeitadamente enquanto me contorço de dor.
Homem 1- O chefe mandou avisar que hoje durante a noite vais voltar para casa e manter essa boca fechada.
Gisele- Como assim?! Porque faria isso?!
Homem 1- Não se questionam os métodos do chefe.
Homem 2- Certamente foi um aviso.
Homem 1- Assim que saíres nem penses em fazer nenhuma brincadeira ou acabamos contigo.
Homem 2- Saberemos todos os teus passos.
Gisele- Filhos da puta.- ele amarra-me os pulso, prendendo á corrente que está pendurada no teto e começam a me bater consecutivamente, um com a fivela do cinto e outro com o chicote.
Mesmo com a roupa eu senti todos os golpes, antes que possa recuperar dos golpes sinto uma lâmina fria cravar na minha barriga e o sangue escorrer, contorço-me de dor, começo a perder as forças, sinto a faca ser arrancada de mim e novos cortes serem feitos nos meus braços, mesmo que mais superficiais ainda assim causam uma dor enorme, ambos me olham com um sorriso no rosto.
Homem 1- Isto foi uma pequena lembrança.
Homem 2 – Vem alguém cuidar de ti.
Dito isto eles saem, deixando-me ali amarrada, o meu corpo é dominado pelo cansaço, fraqueza e sobretudo pela dor, a última coisa que vejo é aquela porta fechar e a luz desaparecer, deste então tudo foi uma escuridão.
Quando acordo estou com as mãos amarradas atrás das costas e vendada, não sei onde estou, mas sei que sai do porão, o cheiro é diferente e há algum barulho de fundo que não consigo identificar.
Tento desamarrar as cordas, mas alguém parece notar e acerta-me com algo na cabeça fazendo com que volte a desmaiar.
Acordo deitada no chão, desamarrada e sem a venda, olho em volta e com alguma dificuldade reconheço o local, é a rua onde vivo. Queria entender o motivo disto tudo. Pelo que disseram passei mais de dois meses trancada, sendo torturada e no final libertam-me, qual a intenção deles?!
Sinto alguém me abanar e chamar por mim, abro os olhos lentamente e percebo que estou no meu quarto com o Vinnie a olhar preocupado e o Liam assustado sentado no tapete com os cães.
Vinnie- Foi um pesadelo.- respiro fundo ao lembrar de tudo o que passei naquele porão.- Está tudo bem?- aceno calmamente e respiro fundo.
Estes pesadelos tem me perseguido desde que voltei, a cada dia que passa as memórias ficam mais reais, é inevitável tentar não pensar nisso, as marcas no meu corpo já estão mais claras e a desaparecer, os cortes e as cicatrizes continuam bem notáveis.
Por mais vezes que tente fugir da minha mente é impossível, o meu corpo está dolorido e marcado, enquanto a minha mente está completamente danificada. Pode não parecer, mas o Vinnie tem ajudado bastante, sem ele provavelmente passaria o resto do dia trancada no quarto, confesso que já me passou pela cabeça várias vezes colocar um fim nisto, tenho lutado contra isso, só preciso de um pouco de paz mas é difícil quando o meu pior pesadelo sou eu mesma, a minha mente decide atormentar-me com memórias que quero esquecer, como se já não bastasse olhar ao espelho e ver o meu corpo marcado ainda tenho de suportar todos estes flashbacks.
Oiii, mais um capítulo.
Será que a Gisele vai conseguir superar isto?!
Será que o Vinnie vai aguentar firme ao lado dela?!
Votem e comentem.
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Out of Bounds
FanfictionEntrar na vida da Máfia até foi fácil, mas os problemas começam a surgir e enfrentá-los nem sempre é fácil. Depois de um pesadelo ter acabado um filme de terror começa. Para uns uma viagem estranha e misteriosa, para Gisele um rapto. Terá a Gisele u...