Capítulo 7

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Primeira Palavra

< 20 de março de 2022>

Point of View~ Vinnie~

Mesmo depois da visita do John a Gisele continua trancada no quarto, a Rose deixa um tabuleiro com comida na porta do quarto e quando o Liam foi falar com ela, reparei que ela levou o tabuleiro, segundo o Liam ela comeu pouco. Estamos todos extremamente preocupados com ela.

Durante duas semanas ela não pode fazer esforço, depois tem uma consulta com o John só então se pode ter certeza que está tudo bem.

Tenho esperanças de que ela se sinta melhor com o Liam por perto, não quero força-la a sair do quarto ou a falar, mas se isto permanecer durante muito tempo alguém vai ter que intervir.

Saio do escritório e vou até á cozinha pegar qualquer coisa para comer e assusto-me quando o Liam grita do andar de cima, rapidamente vou a correr até ele.

Vinnie- Eih pequeno, o que aconteceu?- ele está a tremer e a chorar descontrolado.

Liam- Mamãe....- pego nele ao colo

Vinnie- Está tudo bem.- digo tentando acalmá-lo.

Liam- Não....- não espero ele terminar de falar e entro no quarto, encontrando-a caída no chão com os cães em volta.

Vinnie- Merda...- sento o Liam na cama e pego nela deitando-a na cama e ligo ao John- Gi, por favor acorda...

John- O que aconteceu?- ele entra no quarto com uma mala e aproxima da cama.

Vinnie- Não sei.

John- Preciso examiná-la.

Vinnie- Okay.- pego no Liam, sento-me na poltrona e encosto a cabeça dele no meu peito tentando evitar que ele veja e ao mesmo tempo acalmá-lo.

Alguns minutos naquele silêncio, finalmente o John arruma tudo.

John- Ela desmaiou, passou muito tempo sem comer e desidratada... Alguém tem que a vigiar para se certificar que ela come, e estar especialmente atentos não sabemos o que aconteceu para ela ficar assim e podem aparecer mais problemas.

Vinnie- Okay, obrigado- levanto-me com o Liam no colo que acabou por dormir.

John- Qualquer coisa não hesite em ligar.- ele sai fechando a porta, deito o Liam na cama ao lado dela e sento-me do outro lado segurando a mão dela.

Ela está pálida e é percetível que perdeu algum peso, a mão dela está gelada, olhar para ela tão frágil coberta de hematomas nos braços e no rosto, provavelmente em todo o corpo, mexe demasiado comigo, eu daria tudo para ela não passar por isto, só espero que ela melhore rápido.

Nunca pensei que ficaria tão preocupado com ela e muito menos que algum dia seriamos amigos, mesmo que pouco nos falamos eu protejo sempre os meus e falhei em protege-la, queria entender o que é isto que estou a sentir e qual o motivo de sentir tanto medo de a perder.

Desde que entrei neste mundo do perigo, adrenalina, sempre fui frio e desapegado, mas com ela é diferente por mais que me tente afastar, por mais longe que esteja nada nem ninguém consegue impedir-me de pensar nela, de a querer proteger, mesmo que ela não precise da minha proteção, só de imaginá-la nos braços de outro sou rapidamente dominado pela raiva.

Tê-la só para mim era o que eu mais queria, mas não posso, eu não a mereço. Provavelmente muitos vão achar que estou a ser ridículo, mas o amor torna-nos fracos, por mais que a queira eu não a posso ter, não posso permitir que essa emoção entre em mim.

Out of BoundsOnde histórias criam vida. Descubra agora