Cachinhos

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Envy acordou em um hospital, a enfermeira informou que a alguns dias ela foi encontrada em uma praia local, também foi dito que ela podia ser uma sobrevivente do incidente do navio, O que se confirmou após dizer seu nome, a única coisa que se lembrava. jornais vieram de todos os cantos para entrevistar a filha do capitão e em meio aquela multidão estava uma garota com cabelo cacheado, familiar, os olhos de Envy se encheram de lágrimas após perde-la de vista.

Após se recuperar mas ainda sem memórias Envy foi mandada para casa de sua mãe, que não a visitou nenhuma vez no hospital.
Durante o percurso ela passa por um campo de jasmim que trás sensações boas e outras dolorosas.

Ao chegar em casa, uma mulher corre em sua direção, aos prantos dizendo que sentiu saudades.
-Não lembra de mim? Eu sou sua mãe
-É que eu perdi a memória.
Ela mostrou toda a casa e por fim deixou que Envy explorasse os arredores daquela chácara.

O diálogo que veio durante o jantar foi peculiar, Envy perguntava sobre o relacionamento da mãe com o Capitão Adric, mas a mulher se esquivava e mudava de assunto. Isso era muito estranho, é como se ela não conhecesse o marido.
Enquanto subia as escadas Envy estranhava a falta da mulher nos quadros que estavam na parede, então ela decide perguntar mais uma vez sobre seu pai e não sei se foi por conta da iluminação mas o rosto da mulher estava pavoroso, uma mistura de ódio e repreensão:
-VÁ PARA O SEU QUARTO!
Gritou a mulher.

Passado alguns minutos Envy decidiu que sairia do seu quarto, naquele breu e sensações ruins a cercava enquanto passava pelos corredores, um pouco estreitos e com algumas goteiras já que estava trovejando.

Caminhando sozinha pela casa Envy vê novamente aquela garota de cabelo cacheado.
-oi!
-A quanto tempo Vy! Vem comigo?
-Ir para onde, você é minha irmã ou algo assim?
-tipo isso.

Então é assim que eu morro? Na noite em que me apaixonei, se eu tivesse outra chance faria tudo direito, reencontraria aquela moça com certeza!

Ele foi resgatado por um navio que buscava sobreviventes, seu ferimento era feio, como se uma cirurgia tivesse sido iniciada e nunca finalizada. mas de alguma forma conseguiram salva-lo.

Earl saiu de casa há quatro anos e não fala com sua família desde então, ao ver Envy no jornal, decido que quero a reencontrar e também aquela garotinha com cabelo peculiar.

Ao iniciar sua jornada ele parte rumo ao hospital onde a moça havia sido internada, pelo mar seria algumas horas de viagem e por terra dois dias, ele partiu de trem. talvez estivesse traumatizado demais para entrar em uma balça.

Quando Earl chega no Hospital.
-ela recebeu alta a alguns dias!
Afirmou uma enfermeira, pouco profissional da parte dela, mas aquele momento toda a região ja estava ciente daquela informação.

Sem saber o que fazer, Earl se senta em uma cafeteria e observa as pessoas. ele fica admirado com as crianças brincando sem preocupação e lembra de seu irmão que sempre chegava da escola com um arranhão ja que era bastante peralta.
-que saudades, queria revê-lo algum dia.

De repente surge uma garota, com um coque chignon e de estatura média, senta na mesa e começa a tagarelar:
-ah moço, dessa vez eu tô no limite!
Em seguida toma em um gole só o café de Earl, que fica um pouco irritado mas dá continuidade:
-e o que aconteceu para você estar assim, moça?
-preciso entregar uma mensagem para uma amiga, quando eu soube que ela estava viva. . .
-você fala da Envy?
-isso, como você. . . Ah é, a imprensa revelou tudo.
-não, eu a conheci, também sou sobrevivente do navio!

Então Earl mostra o ferimento enorme em seu tronco. A moça então se apresenta como Amber e pergunta se Earl quer a acompanhar até a casa de sua amiga,
Eles então partem juntos rumo a chácara do Capitão Adric.

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