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Aquele galpão havia uma sensação de segredo no ar, com portas de entrada escondidas e guardadas por homens que estavam ali para garantir que tudo ocorresse de acordo com o planejado. Eles não pareciam ser pessoas boas.
Orquídea balançou seu pequeno nariz com desconfiança, aquele lugar era estranho, híbridos de vários tipos e etnias formavam filas, e ficavam paradas frente a frente, enquanto um daqueles homens malvados os observavam.
Voltando a olhar para aqueles híbridos, nenhum deles aparentavam estar felizes estando naquele lugar, tinha algo errado, ela deve sair dali rápido!
- Ande logo! - A empurrou gritando e fazendo suas orelhinhas doerem.
- É-é difícil, você está apertando meu pescoço! -Responde a coelhinha, com um bico raivoso em seus lábios.
-Ande logo e cale a merda da boca. - Rosnou fazendo a coelhinha tremer e tentar apressar seus passos.
Oras, como ele queria que ela andasse mais rápido se ele estava apertando seu pescoço como forma de "guiar" e ter a certeza de que ela não iria fugir.
A sua frente havia uma raposa que piscou para si, engoliu seco. Sempre teve medo de raposas, elas não eram amigáveis. Sempre lhe diziam que elas eram traiçoeiras.
- Deixe-me ir, eu lhe imploro! - Orquídea automaticamente virou seu rosto para a criatura que gritava pedindo por misericórdia. - Eu imploro, não me dê a ele, senhor. - O lugar foi preenchido com o som alto. O híbrido estava sendo espancado em sua frente. A pequena coelha vendo a cena, fechou fortemente seus olhos, aquilo era doloroso demais de se assistir.
Antes que orquídea pudesse continuar vendo a cena que lhe deixou assustada, sentiu um empurrão, e foi colocada dentro de uma sala.
- Não saia daí. - O lobo bateu a porta e saiu.
Se perguntava que tipo de lugar era aquele que faziam as aquelas pessoas inocentes sofrerem. Os lobos são tão maldosos assim?
Teria que sair dali rápido, antes que aquele lobo malvado voltasse e fizesse a mesma coisa com ela.
- Vovó, me ajude! - Pediu com seus olhinhos marejando, só queria que sua vó lhe ouvisse no céu e lhe ajudasse.
Antes que continuasse sua suplicação, ouviu passos se aproximando da sala onde estava. Deu vários passos para trás até sentir suas costas tocarem a parede úmida. Suas pernas fraquejaram ficando agachada, esperando que quem quer que fosse não fizesse nada consigo.
Seu pequeno coração batia forte e rápido, sentindo que a qualquer momento ele iria explodir. Suas delicadas mãos e pernas tremiam, seu corpo suava friamente enquanto tentava lidar com o medo que sentia. Ela teria que ser forte.
A porta abriu, e junto do lobo que havia a sequestrado, tambem tinha um outro lobo que segurava um cachimbo de madeira perto dos lábios.
- Senhor, aquela é a fêmea. - O lobo disse, e pelo seu tom de voz, ela sentiu que ele estava nervoso. Se perguntou o porquê de tanto medo.
- Oh sim. - Ele direcionou seu olhar até a coelha encolhida no canto da sala. - Espero que ela realmente não seja marcada. Se estiver mentindo para mim, irá se arrepender. -O lobo a sua frente apenas concordou abaixando a cabeça.
- Venha até mim, minha pequena criatura. - Disse ele com seus olhos frios. A coelhinha apenas negou rapidamente com a cabeça. O homem sorriu maldoso. - Terei que doma-la? Tudo bem, se é assim que prefere. - Ele se aproximou em passos duros, enquanto a coelhinha apenas tremia de medo. Antes que ele pudesse toca-la, ela passou por debaixo de suas pernas e correu até a porta que estava aberta. O lobo que a havia sequestrado tentou segura-la, porém, ela foi mais esperta e ágil.
- Vá atrás dela! - Mesmo a coelhinha longe da sala onde a minutos estava, enquanto corria pôde ouvir os berros raivosos dos lobos malvados a procurando.
