hate me while we fuck

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tópico: enemies to lovers

É evidente que a minha tarde ideal de sábado estava bem longe de uma casa alugada com piscina abarrotada dos meus antigos colegas de escola bêbados, com um pilha de garrafas de vodka e cerveja sobre mesas de plástico, e uma música horrível com as figuras de linguagens sexuais mais esdrúxulas já ouvidas como trilha sonora. Não me leve a mal. Não sou do tipo "sou boa demais para resenhas com gente hétero se pegando e músicas de conotação sexual apelativas na caixa de som". Sendo sincera, acho que sou bem eclética para alguém tão antissocial. Eu costumo ir em qualquer tipo de evento que me chamem (desde que eu não esteja emocional e mentalmente cansada demais para fingir um sorriso sabendo que pessoas me deixam ansiosa). Mas acho que hoje, nesse dia em específico, o fatídico dia que eu deixei me arrastarem para esse lugar, sabendo que eu estava fadada a me estressar com essas pessoas que eu desgosto por consequência de anos naquele inferno que eu chamei de ensino médio, tudo que eu imaginei que não poderia piorar, piorou. Leia-se, tudo já estava péssimo o suficiente sem Hazel Johnson. Mas quando ela deu às caras, estranhamente com tantas garotas de biquíni apertado doidas para darem uns amassos com ela, ela resolveu me infernizar. E não parou desde. que. eu. cheguei.
Hazel é o esteriótipo do que se chama de garota lésbica. É tão mesquinho rotular alguém dessa forma, mas ela praticamente implora por esse título. Ela quer ser aquela que pega um monte de meninas, e depois as joga fora só para voltarem correndo para ela. A que os meninos idolatram porque A) sempre beija (e come) as meninas mais desejadas da cidade, e B) faz tudo isso e ainda as têm na palma da mão dela mesmo sendo uma garota. Claro que isso envolve colocar a si mesma na posição de "eu sou melhor que os garotos porque o normal é que garotos sejam pegadores, mas eu sou uma garota e faço tudo isso mesmo que não seja tão normal para todo mundo". E honestamente, esse pensamento só me faz sentir mais raiva ainda dela. Não vou mentir, eu já fui um dos corações partidos na prateleira de troféus de Hazel Emily Johnson. Com quartorze anos, a única coisa que eu pensava o dia todo enquanto ela jogava basquete no intervalo era como beijá-la deveria ser. Nós costumávamos ser próximas, até mais do que duas garotas normalmente seriam. Ela elogiava meus olhos, ria das piadas mais idiotas que eu fazia, e me protegia dos meninos que me perturbavam. Até crescermos e ela perceber que tinha coisas muito mais gratificantes na sua reputação do que ficar de paquera com a garotinha tímida da sala. E de repente, me tornei inútil e irritante. Odeio a parte de mim que já se humilhou ao extremo por apenas um olhar dela. E hoje, sete anos mais velha, e sabendo o que eu sei, jamais voltaria a me sentir como antes. Acho que isso a irrita. Não sou de me gabar, mas considerando uma melhora em meu estilo e no corte de cabelo, e a drástica mudança em meu corpo que me elevou direto ao nível "mulher adulta de peso regular e uma bunda super sensual", Hazel sente falta daquela atenção que eu dava. Eu sou a única que jamais voltaria atrás. E sabendo que pode ter a garota que quiser nua em sua cama, o fato de que eu, nem em um milhão de anos, cederia aos seus encantos, me torna tão "atrativa". Tudo para provar que ela é irresistível. Mas não eu. Se depender de mim, ela pega cada garota *sáfica dessa cidade menos Naomi Yates.
Por sorte, a última meia hora têm sido sobre Hazel insistindo em jogar uma bolinha de pingue-pongue branca, que ela já falhou diversas vezes em acertar o copo de seu adversário. O resultado disso é ela levemente mais escrota do que o usual. Eu sou tão sortuda por estar aqui vivendo isso.
-Melhora essa cara-escuto alguém, me tirando de meus devaneios sobre Hazel Johnson. É Tom, a pessoa que eu deixei me convencer a vir-Você parece uma velha que reclama de dores no joelho e cheira à chá de erva-cidreira.
-Ironicamente eu tenho mesmo dores no joelho. E eu cheiro à chá de hortelã, me respeite.
-Qual o problema, Naomi? Sua velha ansiedade social ou só não aguenta mais ver gente caindo de bêbado?
-Os dois. Você sabe que vir aqui só me traz lembranças maravilhosas. Inclusive eu agradeço por esse momento nostálgico, com certeza não vou precisar falar sobre isso com a minha terapeuta.
-Engraçadinha. Eu sei o porquê dessa revolta sua.
-A dificuldade do coletivo de não perder a noção do ridículo enquanto bebem?
-Não. Hazel Emily Johnson-ele pronuncia cada nome com um tom de sensualidade. Faço um barulho como quem é irônico.
-Nem por um minuto ela é tão significante a ponto de ocupar meus pensamentos.
-Mentirosa. Acha que eu não vi como você não tira os olhos dela já faz horas?
-É difícil não tirar os olhos de alguém que já deu risada de mim pelo menos umas vinte vezes hoje, e não para de fazer piadas indecentes sobre meu biquíni. Não sei se odeio mais a ideia dela estar zoando meu corpo ou falando de mim como se eu fosse um brinquedinho que ela usa na cama.
-Uau, isso que ela não ocupa sua mente nem por um minuto.
Olho para meu melhor amigo, e ele tem um sorriso travesso estampado. Claro que ele sabe sobre minha paixonite por ela. E claro que não perde uma oportunidade sequer de me provocar. Mas não posso mentir, Hazel tem estado em minha cabeça com mais frequência que o normal ultimamente. Talvez seja a forma como sua mandíbula se enrijece quando ela vira o rosto para a direita. Ou como a pele do pescoço dela é tão alva (fato que ela não esconde quando aparece com três chupões diferentes pela região). Ou talvez, seja a forma como os dedos dela são tão ágeis quando ela toca violão. Bom, sua boca também não é de todo mal. E por mais que eu a odeie, curiosidade nunca fez mal a ninguém, não é? As costas são inegavelmente sensuais. E como os ombros se movimentam...
-Naomi, você está me ouvindo?-Tom indaga, e penso que provavelmente estou com a expressão mais idiota possível no rosto.
-Ah, o quê?
-Me chamaram para brincar de verdade ou desafio lá em cima. Quer vir?
Na real, não quero, porque sei como é a verdade ou desafio deles. Odeio responder as perguntas que quase sempre são sobre minha vida sexual, ou fazer desafios babacas do tipo "eu duvido você sentar no colo de alguém por cinco minutos". Mas honestamente a essa altura, qualquer coisa é melhor do que ficar perto dela.
-Claro, vamos-respondo, seguindo-o até as escadas, com a impressão de que Hazel está com os olhos fixos em minhas costas quando saio.
Passamos por dois quartos com pessoas se pegando, e logo no final do corredor, o quarto onde consigo ver um grupo de pessoas sentadas em círculo com uma garrafa no centro. Felizmente, consto que quse todo mundo na roda é bem razoável, com exceção de Helen, uma das "garotas" de Hazel. Ela não é exatamente chata, mas se torna uma garota "me escolha" no instante que ela aparece.
-Oi gente-vejo Beth, uma dos meus antigos colegas, dizer.
-Tem mais alguém vindo?-Tom pergunta, e antes que alguém possa responder, Helen solta o que deveria ser uma fala mas sai tão esganiçada que mais parece um pinscher latindo. Instantaneamente sei o motivo do ataque dela, mas me recuso a olhar para trás.
-Eu quero brincar. Tem espaço para mim?
-Senta aí-outro alguém fala enquanto acena para se aproximar, e com tantos lugares, adivinhe onde Hazel senta? Olho-a como quem diz "É sério isso?" e tudo que ela faz é sorrir, do jeito mais provocativo possível, tão distraída em me irritar que mal percebe que seu pé não firmou completamente no chão, fazendo-a se apoiar em minha coxa para não cair. Seu toque faz meus nervos estremecerem como se ela fosse feita de energia pura.
-Ops-ela fala baixinho, com o rosto próximo ao meu, olhando para minha boca e voltando para meus olhos-Sua pele está suada.
-Está fazendo um calor de 32°C, o que você esperava, Johnson?
Ela sorri e se finalmente se senta, mas demorando a tirar sua mão de minha perna.
Helen que claramente queria que Hazel sentasse ao seu lado, faz um barulho com a boca como uma criança fazendo manha por não ter conseguido o que quer. Não gosto da parte de mim que se sentiu parcialmente bem com essa cena.
-Bom, eu vou começar-diz Beth, girando a garrafa. E é assim por pelo menos umas cinco rodadas. Ouvimos algumas respostas sobre como foi a primeira vez, sobre a posição favorita no sexo, até o melhor lugar para se deixar um chupão, ou vemos alguém fazer desafios humilhantes tipo mostrar a bunda na sacada para todos lá embaixo. Em algum certo ponto, começo a me divertir, até girarem a droga da garrafa de novo. Pelos 30 segundos que ela gira, parecem minutos bem longos, e quando para, fico estagnada.
Hazel vai ter que perguntar algo para mim.
-Yates-ela pondera, rindo. Ela é a única que me chama de Yates-Verdade ou desafio?
-Eu não confio em nenhum desafio que você possa querer dar. Verdade.
-Que isso, está com medo de mim?
-Não. Só não quero te dar a oportunidade de me humilhar em público.
-Não preciso de ajuda para te envergonhar. Você faz isso sozinha.
Meu sangue ferve antes mesmo de ouvir a pergunta.
-Faz a porra da pergunta logo, Emily-É claro que eu lembro como ela odeia seu nome do meio, e vejo uma leve expressão de raiva aparecer em milissegundos em seu rosto.
-Eu tenho tantas perguntas para te fazer mas acho que eu tenho uma que não consigo parar de pensar sobre. Você é virgem? E com isso entenda, estou perguntando se alguém foi louco o suficiente para querer te comer, porque olha...
Não consigo nem disfarçar o choque quando ela fala isso. Quem ela pensa que é para me julgar, sobre como eu posso ou não ser um possível desejo sexual de alguém? O que ela quer dizer com "ser louco o suficiente"? Eu com certeza não quero deixar isso barato.
-Você não sabe?-indago, com uma resposta pronta na língua.
-O que eu não sei?
-Que eu não sou virgem.
Sua expressão se torna amarga e volta ao normal tão rapidamente que eu quase penso que só eu reparei nisso.
-Como eu deveria saber isso?
-Sei lá, achei que os filhos soubessem quando alguém fode com a mãe deles.
A roda inteira explode em risadas, mas Hazel está chocada com a coragem que eu tive de dizer isso. Olho para ela com um sorriso irônico como quem diz "touché", mas Beth para de rir um pouco e fala:
-Tudo bem, sem piadas agora, Naomi. Você é virgem ou não?
-Ah, não sou. Não foi exatamente a melhor experiência da minha vida mas é, eu já transei.
-Coitada da garota-Hazel fala baixinho. Franzo a testa, porque quase consigo sentir um tom de ciúmes em sua voz. De repente, ela fica carrancuda, e toda sua autoconfiança parece sumir um pouco. Será que...
Inclino-me para trás, permitindo uma visão maior de meus seios no biquíni ligeiramente apertado e as entradas de meus quadris, que estão parcialmente cobertos com uma canga. Instantaneamente, Hazel dirige seu olhar a meu corpo.
-Gira a garrafa, Naomi-Beth fala novamente, e me inclino estrategicamente para que ela tenha uma visão de minha coxas e parte da minha bunda. Fazer o quê, eu disse que era antissocial, mas nunca disse que não era uma sem vergonha. Além do mais, a ideia de provocá-la ao máximo apenas para dizer não depois de tudo me diverte.
Ironicamente, desta vez é Hazel que deverá responder para Helen. Pronto, é certeza de que ela vai desafiá-la a dar um chupão em uma parte bem íntima de seu corpo aqui na frente de todo mundo. Espera, por que agora parece que EU estou com ciúmes?
-Hazel-Helen fala em um tom de paquera-Verdade ou desafio, amor?
-Desafio.
Helen sorri, claramente dando em cima dela.
-Eu te desafio a ir para o quarto ao lado e ficar 20 minutos trancada com a menina mais gostosa dessa roda. E uma das duas precisa sair com pelo menos uma marca de que houve pegação, ou não vai valer a brincadeira.
Contando comigo, só tem quatro garotas aqui, e Beth é como uma irmã. Então é claro que ela disse isso na intenção de que Hazel a escolha e involuntariamente diga que ela é a mais gostosa.
-Okay-ela se levanta com certa dificuldade, e estica a mão em minha direção. Nem fodendo.
Olho-a confusa, e aparentemente todos na roda também, porque um silêncio absurdo se instalou no quarto.
-Você vai levar ela?-Helen indaga, obviamente indignada.
-Você disse a mais gostosa. Naomi é insuportável para caralho, mas essa bunda me deixa doida.
Alguma coisa dentro de mim me faz odiar e adorar a forma como ela está falando. Ela é tão escrota, mas consegue falar isso de um jeito tão provocante.
-Anda Yates, não tenho a noite toda. Marquei com outra garota daqui 40 minutos e não vou perder uma oportunidade de transar com ela.
Empurro sua mão com certa força e caminho em direção ao quarto ao lado.
-Não se matem-escuto Tom dizer ao longe, dando risada.
Hazel fecha a porta atrás de nós e assim que escuto-a trancando com a chave, começo a esbravejar.
-O que você quer com isso?-falo, de supetão.
-O quê?
-Você claramente não me acha tão gostosa assim. E você passou a festa inteira rindo de mim por estar de biquíni, além de ter falado que eu passo vergonha sozinha e que qualquer pessoa que queira transar comigo é louca. E agora você me traz para o quarto sabendo que todo mundo lá está esperando que eu volte com pelo menos um chupão no pescoço. O que você está querendo? Me humilhar? Me provocar e depois falar para todo mundo que eu fiquei implorando por você?
-Eu estou te provocando? Você praticamente mostrou sua bunda inteira na minha direção para girar a garrafa, e eu estou te provocando?
Faço um barulho com a boca em tom de deboche.
-Como você é prepotente. Eu só me inclinei, e você já pensa que eu quero te dar?
-E não quer?-ela começa a andar em minha direção, e tenho que andar de costas para evitá-la-Você acha que eu não vejo como você me olha? Como você implora para eu te olhar com tanto desejo?
Dou uma risada, e empurro-a de leve para se afastar.
-Se tem uma coisa que eu não quero e nem preciso é de uma folgada, escrota, e metida que pensa que é a garota mais fodona dessa cidade, me desejando. Mas você por outro lado adora essa ideia de me possuir, não é?Eu vejo como você odeia que qualquer garota cai aos seus pés e eu não. Porque se tem uma coisa que eu jamais, nunca, em toda minha vida vou querer é você com a boca em qualquer lugar do meu corpo, amor!
Isso parece enfurecê-la, mas ao invés de retrucar e me xingar, o que ela faz é andar tão rapidamente em minha direção que bato com as costas na parede. Hazel coloca as mãos ao meu redor, fazendo nossos olhares se encontrarem. Tem uma veracidade na cor verde dos seus olhos que faz minha pele ferver.
-Nossa, você é chata para porra. Mas eu não consigo parar de pensar em você nua. E quando fica brava, eu sinto mais tesão ainda.
-Você é uma idiota-falo, mas sentindo meus membros tremerem de nervosismo.
-Você me deixa louca.
-Você me dá tanta raiva que eu quase sinto o ímpeto de te socar.
-Meu Deus, como eu queria que você me batesse de outro jeito.
-Agh, você é uma sem vergonha.
-E você é uma safada. O jeito que você anda por aí, rebolando esse quadril-ela coloca a mão sobre minha pele desnuda, e prendo a respiração.
-Eu me recuso a ser mais uma dessas garotas que você fode e depois joga fora-sussurro contra seus lábios, que estão absurdamente perto dos meus.
-Yates, eu não paro de pensar em foder com você desde que eu te conheço. Eu com certeza não vou te jogar fora.
-Eu te odeio, Emily.
Nossos lábios se juntam ao mesmo tempo, e permito-me sentir seu sabor de bebida em sua boca. É picante e agridoce. Sinto quando suas mãos me seguram contra a parede, e Hazel se movimenta até encontrar a parte macia de meu pescoço para morder.
-Ah, caralho-murmuro, sentindo a umidez molhando a parte de baixo de meu biquíni, e ela parece perceber porque uma das mãos corre para o vão das minhas pernas, acariciando minha pele com a ponta dos dedos, me induzindo a querer que ela me toque mas não me tocando. Mas não quero deixá-la ter todo o controle sobre mim. Sinto seu corpo relaxar sobre o meu, porque pensa que eu cedi a seus lábios, e empurro-a em direção a cama, fazendo-a cair sentada. Seus olhos caminham por meu corpo com tanta selvageria que quase consigo imaginá-la arrancando as poucas roupas que me cobrem. Sento-me sobre seu colo e puxo seu rosto para me beijar novamente. Guio suas mãos para meu bumbum, e ela não perde tempo em apertar.
-Deixa eu tirar esse seu biquíni, por favor-ela fala entre os beijos.
-É a primeira vez que a gente se beija e você já quer ver meus peitos?
-Eu estou cansada de tentar imaginar quando eu me masturbo.
Um calor transpassa por cada nervo meu quando a escuto falar isso.
-Então você pensa em mim quando se toca, é?
-Você nem faz ideia-ela murmura, e de repente, sinto o tecido da parte de cima do meu biquíni afrouxar. Ela o soltou sem eu ao menos perceber.
-Hazel, sua...-ela sorri de um jeito tão incrivelmente sensual que só consigo beijá-la novamente, me movimentando sobre seu colo.
-Ah, meu Deus-ela fala, mas saindo quase como um gemido. Hazel se deita, me olhando rebolar sobre ela com vontade. Uma de suas mãos corre de minha cintura para meu seio, e ela sabe como me excitar. Passa a ponta dos dedos por meu mamilo e o contorna com delicadeza antes de beliscá-lo com certa força. Sinto um tesão inexplicável crescendo em meu ventre, e quero que ela se sinta assim também. Quero que ela me deseje tanto que nem mesmo meu corpo nu contra o dela seja o suficiente. Puxo sua regata branca para cima, tendo uma visão completa de seus seios, e puta. que. o. pariu. Onde essa mulher gostosa para caralho estava esse tempo todo? Só consigo pensar em quantos desenhos eu faria de seu corpo, em como eu escreveria mil poemas sobre como quero tocá-la e sentir seu gosto em meus lábios, e ainda não seria o bastante.
-Você é tão gostosa-murmuro, me deitando sobre ela, e tracejando seu corpo com meus lábios-Eu quero tocar cada centímetro do seu corpo até te ouvir gemer-passo por um de seus seios, mordendo-o devagarinho. Seu rosto muda instantaneamente para uma expressão vulnerável.
-Naomi...-ela encaixa sua mão esquerda em meu cabelo, me guiando nos movimentos.
-Eu posso te chupar?-sussurro, deixando uma trilha de beijos por sua barriga.
-Eu não...-Hazel mal consegue formular uma frase. Seu corpo responde a mim. Todo o prazer que essa mulher está sentindo é porque meus lábios estão a tocando. É tão incrivelmente excitante, que sinto que eu poderia gozar apenas ouvindo-a gemer para mim.
Corro a ponta de meus dedos pela parte interna da coxa, enquanto deixo um chupão bem acima de sua virilha. Se Helen quer uma marca, então ela vai ter uma.
-Naomi, espera-ela se senta, o peito ofegante subindo e descendo-Eu nunca...
Ajoelho-me em sua frente, confusa.
-Ninguém nunca te chupou?
Ela nega com a cabeça, parecendo envergonhada.
-Eu sei o quanto eu gosto de me gabar sobre como eu transo o tempo todo com tantas meninas, mas é...-ela ri, desviando o olhar do meu-Eu nunca fiquei com alguém que tivesse essa iniciativa.
Sorrio e deposito um beijo em seus lábios, um beijo reconfortante.
-Se quiser que eu faça, tudo bem. Se não quiser, eu paro aqui-sussurro, encostando minha testa contra sua. Ela parece hesitar, mas sinto suas mãos me guiando para o cós da bermuda que usa, e entendo que isso é um "sim". Puxo a peça de roupa juntamente com a parte debaixo, e consigo ter a visão completa de seu corpo nu. Guio uma de suas pernas para apoiá-la na cama, depositando beijos por toda a extensão interna de sua coxa. Vejo-a rir baixinho quando chego perto de sua virilha.
-Faz cócegas-ela murmura. Sorrio, observando o que tenho a minha frente. Sua pele se torna mais rosada quando desço da virilha até seus lábios. Consigo ter uma visão perfeita de seu clitóris, e decido que, se vou ser a primeira a fazer isso, com certeza quero ser aquela que vai tirar um orgasmo dessa mulher. Toco-a com a ponta da língua, umedecendo aonde posso, apenas para sentir seu gosto. Hazel solta um gemido baixinho quando o faço, e sei que é o sinal para continuar. Intensifico o movimento, tocando-a mais profundamente como posso. Alterno entre estimular seu clitóris com a língua em movimentos circulares e chupar seus lábios quentes, de vez em vez penetrando-a. Mal percebi quando sua mão se encaixou em minha cabeça me estimulando a continuar, e eu comecei a apertar seu seio com avidez ao mesmo tempo que eu a chupo.
-Naomi...-sua voz começa a se elevar, e sua respiração está cada vez mais acelerada. Não demoro a começar a sentir o gosto cítrico que seu corpo me libera. Ela está úmida, e sei que está perto de gozar.
-Ah, cacete-seus gemidos já estão em um volume impossível de não serem escutados do outro quarto por nossos colegas, e honestamente nem me importo. Só preciso dessa mulher gritando meu nome, só preciso a sentir gozando para mim.
-Para, espera um pouco-ela fala ofegante, e me afasto para observar a garota mais sexy que eu já vi, com seus cabelos curtos molhados pelo suor, os seios subindo e descendo em um movimento constante, as pernas abertas o suficiente para admirar sua buceta. Hazel se recompõe apenas para me puxar de volta para a cama e me fazer deitar, encaixando suas pernas ao redor de meu quadril.
-Eu quero você gozando comigo, Yates. Eu quero olhar nos seus olhos enquanto você geme para mim. E quero você me olhando quando eu gritar de tanto tesão quanto estou sentindo agora.
Sorrio, olhando para sua boca antes de beijá-la com voracidade.
-Como quiser, Emily.
Ela sorri e ergue sua mão esquerda em minha direção, com o dedo anelar e o do meio erguidos. Sei exatamente o que ela quer que eu faça, então não me demoro em colocar os dois em minha boca, umedecendo-os.
Hazel guia sua mão para o meio de minhas pernas por dentro do único tecido que ainda uso, e não tem problemas em achar meu clitóris, e muito menos em me estimular. Nem era preciso de lubrificação, porque sei que estou molhada para caralho só de ter a chupado. Sua mão fria me faz arrepiar quando aperta meu sexo e começa a aumentar a velocidade. Não perco tempo e volto a tocá-la, o mais rápido que consigo.
-Ah, Hazel-deixo escapar sem eu ao menos perceber. Não consigo organizar meus pensamentos, não consigo sentir mais nada além da vontade de gozar nos dedos dessa garota.
-Eu não vou aguentar muito tempo...-ela fala com dificuldade. Também não estou muito longe de meu ápice, e Hazel sabe disso porque não se cansa nem em pouco do movimento contínuo. Sinto um nó se formar em meu ventre, e meu corpo reagindo a ele. Hazel também tem pequenos espasmos, e percebo que ela está perdendo o controle.
-Naomi, eu...-ela começa, mas mal consegue falar quando deixa um orgasmo escapar por seus lábios, não tirando os olhos dos meus nem por um instante. A visão de seu corpo tremendo, o som correndo por seus lábios, e seus seios balançando a cada novo espasmo é demais para mim. Sinto-me derramar em seus dedos longos ao passo que gemo seu nome com dificuldade, também não desviando meu olhar do seu. A cor verde deles nunca foi tão intensa quanto agora, depois dela se derreter em minhas mãos. Hazel está ofegante, e deixa seu corpo cair sobre o meu para recuperar o fôlego, o rosto bem encaixado sobre meu tronco.
-Então-falo, me estabilizando-Foi bom para uma primeira vez recebendo sexo oral?
-Se foi bom?-ela dá uma risada irônica-Eu nunca imaginei que eu teria tanta vontade de cavalgar no rosto de alguém como eu tive agora.
-Então você pretende foder comigo de novo?-murmuro, guiando seu rosto em direção ao meu.
-Você não faz ideia do quanto eu quero continuar gritando seu nome e gozando para você, Yates.
Faço um barulho negativo com a boca.
-E toda essa provocação era só a vontade de me sentir te chupando. Era só pedir, sabe?
Ela ri, me dando um tapa de leve na barriga.
-Você ainda é chata para porra.
-E eu ainda te odeio, Johnson. Aliás, não era você que precisava correr porque tinha uma transa marcada para daqui uns minutos?
-Vê se para de usar essa boca para ficar enchendo meu saco, e usa para me beijar, está bem?
-Então você não vai...
-Puta merda, só me beija, Yates.
Sorrio enquanto faço o que ela me pediu, acariciando a parte de trás de seu cabelo, e admirando seu rosto sereno quando se deita sobre mim.
Não tem nada mais excitante do que uma mulher satisfeita e cansada pós-sexo completamente nua sobre você.

*sáfica: termo usado para definir mulheres que se relacionam com mulheres independente da sexualidade.

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