º ❥ 𝖀𝖒𝖆 𝕷𝖊𝖒𝖇𝖗𝖆𝖓ç𝖆 𝕯𝖔 𝓟𝖆𝖘𝖘𝖆𝖉𝖔

❥ Capítulo 11

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A viagem de carro foi bastante silenciosa, mas foi tolerável.

Não sei quantas vezes prendi a respiração sempre que Jennie brincava com meus dedos ou apoiava a cabeça em meu ombro. Isso fez meu coração disparar durante toda a maldita viagem.

Eu a acompanhei até a porta, mas mantive meus olhos no chão. Eu não conseguia olhar para ela. Por alguma razão eu só senti vergonha de pensar que ela gostava de mim, mas a maneira como ela agiu no carro também estava me deixando confusa. Nós duas ficamos uma na frente da outra em silêncio.

É como se eu estivesse esperando que ela finalmente me dissesse para deixá-la em paz. Eu estava pronta para isso. Mas, o que eu não estava pronta era por ela destrancar a porta e me pedir para entrar.

— É tarde, Jennie. Acho que você deveria apenas descansar um pouco — sorri levemente. — Eu diria até amanhã, mas não acho que isso vá acontecer — tentei brincar, mas a piada não parecia diverti-la. Ela franziu a testa e balançou a cabeça.

— Entre, vou pegar meu kit médico e limpar suas mãos e olhos — ela afirmou antes de se virar e me deixar. Suspirei, mas obedeci. Como posso dizer não a esses olhos felinos brilhantes? Entrei na cozinha e me sentei em uma de suas cadeiras.

E depois de alguns minutos excruciantes, Jennie voltou vestindo apenas um suéter e leggings. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto e ela parecia absolutamente perfeita. Olhei para baixo tentando acalmar meu coração.

Ela colocou meu blazer sobre a mesa antes de colocar o dedo no meu queixo e levantar meu rosto. Engoli em seco nervosamente quando nossos olhos se encontraram. Ela tinha uma expressão de arrependimento. Jennie gentilmente e cuidadosamente levantou a mão e passou os dedos pela pele machucada ao redor do meu olho com o olhar mais triste que já vi.

— Por que você teve que fazer isso? — Ela perguntou em um sussurro. Lágrimas ameaçavam cair de seus olhos e isso fez meu peito doer.

— Eu não queria que você se machucasse — respondi. Eu não conseguia desviar o olhar dela, ela era como um ímã.

— E ainda assim você fez. Você se machucou não só pelo cara, mas por mim também, certo? Eu machuquei você. — Ela afirmou enquanto colocava a mão suavemente na minha bochecha. Suspirei e tentei desviar o olhar dela, mas ela não deixou.

— Me desculpe por continuar sendo estranha, eu só... — ela fez uma pausa e franziu a testa vendo um pequeno corte na minha sobrancelha. Ela ficou mais perto de mim e praticamente ficou entre minhas pernas já que eu ainda estava sentada na cadeira.

— Você está sangrando — ela sussurrou. Eu inconscientemente levantei minhas duas mãos e as coloquei em sua cintura. Eu sorri levemente.

— Eu sobreviverei — eu disse. Ela tentou sorrir, mas só conseguiu olhar para mim cheia de arrependimento e preocupação. Ela tentou recuar.