Daddy Issues - Jegulus/Wolfstar

O.1 - Taste You On My Toung.

Regulus POV.

Mamãe e papai estão gritando no andar de baixo, já passa das 19h, Sirius deve ter chegado.

Mamãe e papai não são aquelas coisas, sabe? Desde que eu nasci, segundo Sirius, eles começaram a brigar mais, ninguém da família sabe o por quê disso tudo, nem eu.

Bom, hoje é o último dia antes das aulas voltarem, Sirius tinha saído para passear com os amigos dele, o Lupin, o Pettigrew e o Potter. Honestamente, eles parecem ser um grupo legal, o grupo em si envolve diversas casas. Por exemplo, Pandora Rosier é uma garota corvina, Xenophilius Lovegood é corvino também, Dorcas Meadowes é a única sonserina do grupo, James Potter, Sirius Black, Remus Lupin, Peter Pettigrew, Lilian Evans e Marlene McKinnon são os grifinos e Frank Longbottom e Alice Gaunt são os Lufanos. Eles são conhecidos como Os piores melhores alunos. Os 4 principais, Potter, Lupin, Pettigrew e Black, são The Marauders.

E eu? Bem, eu tenho meu pequeno grupinho. Evan Rosier, irmão mais velho de Pandora, Bartemius Crouch Jr e eu. Não é esatamente um grupo, mas né, melhor do que nada.

Bom, de volta ao presente. Eu estou nesse exato momento no chão com... cinco garrafas de Firewhisky, com meu pote de cigarros e com sangue escorrendo em meus braços. Ouvir mamãe e papai gritar, me faz lembrar de quando eu era o saco de testes e pancadas deles, eles descontavam tudo em mim e no Sirius. Segundo eles, era legal um saco de pancadas que falava "ai" ou Gritava a cada crucios lançado. Nunca vi um pingo de graça nisso, mas são meus pais, não posso contrariar.

Eu estou deitado no chão, chorando, quando escuto muito ao longe de mim mesmo, alguém me chamando. Não prestei muita atenção, já que nem sabia que se era a realidade me puxando para a desgraça infernal que ela é, ou se é a minha mente me fazendo acreditar que eu sou um desperdício de tempo e vida.

Quando menos esperava, Sirius abre a porta. De começo ele direcionava seus olhos ao chão, não notando minha presença pouco longe.

- Regulus? Eu posso usar o seu banheiro? O meu chuveiro parou de funcionar, a água dele não esquenta. - Entra olhando para o chão.

- Sirius....? - Sussurro assustado.

Ao me perceber ali, minha ficha cai. Eu me levanto jogando todas as coisas ali para debaixo da cama, sendo em vão ao me lembrar que ela é uma cama Box.

"fudeu." Penso.

- Regulus, o que...? - Ele se aproxima de mim, e eu me encolho levemente, olhando para a porta ainda aberta. Ele direciona seu olhar para o mesmo lugar que eu e percebe o que eu simbolizei.

Logo, ele se levanta e fecha a mesma, girando a chave duas vezes e trancando ela com um feitiço que nem alohomora conseguiria abrir, depois lançou um abaffiato e voltou a se aproximar.

- Reg, você.... o que aconteceu? Digo, o que aconteceu para você chegar aonde está? Não, não responda, eu sei o que aconteceu, mas eu quero dizer o que aconteceu com você... - Ele se desespera, começando a se embolar nas próprias palavras.

- Eu entendi, Sirius. Eu só tô cansado, sabe? De tudo. Da mamãe, do papai, da Bella, do Voldemort, de tudo. Por que isso foi acontecer justo quando nascemos? Por que não pudermos nascer em outra época? Sem guerras, sem brigas, conflitos, preconceito... É pedir muito, Sirius? - Jogo tudo para fora, logo me sentindo um pouco mais leve. Lágrimas ameaçavam sair de meus olhos.

- Reg.... Infelizmente é, petit frère. Mais tu sais que je t'aime, n'est-ce pas ? Je serais toujours là pour toi. - Diz meu irmão, logo me abraçando.

- Je t'aime, grand frère. Não me deixa, por favor. - Retribuo o abraço, porém mais apertado.

- Eu não vou. Reg, prometo de dedinho ainda te amar. - Diz levantando seu dedo mindinho.

- Mesmo com a marca negra? - Pergunto levantando o meu, porém sem entrelaçar eles.

- Mesmo com a marca negra. - Quem entrelaça eles é Sirius. - Posso usar seu chuveiro? - Sussurra.

Me afasto dele e o olho nos olhos, sorrindo levemente.

- Usa. Seu sarnento. - Zombo dele.

- Ariel. - Ele retribui a brincadeira.

Ah, como eu me lembro desse dia.

12 de fevereiro, Sirius tinha 7 anos e Regulus 6.

- Cachinhos, olha só o que Weggie fiz! Weggie passei matizão vermelo para ficar igual à piminha! - Reggie diz entrando no quarto do irmão.

- Ondinhas! Pelas barbas de merlin, o que fizestes com teu cabelinho preto? - Pergunta sirius, desviando o olhar de seu livro de histórias, para seu irmãozinho.

Reggie pega uma das ondinhas de seu cabelo e coloca na frente do rosto, ficando vesguinho.

- Não tá feio? Tá? Cachinhos, acha que mamãe briga com Weggie? - Pergunta com os olhinhos lacrimejando, ainda vesguinho com a mecha de cabelo na frente do rosto.

- Não! Óbvio que não! Parece até a Ariel, a princesa do fundo do mar! - Responde Sirius com os olhinhos brilhando em adoração.

- Sério, Cachinhos? - Pergunta feliz, afinal, essa é a princesa favorita de Reg, sua mãe só não podia saber.

- Óbvio que sim, Ondinhas. Acha mesmo que eu estaria brincando com algo desse tipo? - Sirius diz incrédulo.

Reg então, se senta na cama de carrinho que Sirius tinha, abraçando o irmão. Ambos dormiram daquele jeito naquela noite, eles se amavam, e nada quebraria esse amor.

Traduções:

Mais tu sais que je t'aime, n'est-ce pas ? Je serais toujours là pour toi. = Mas você sabe que eu te amo, não é? Eu sempre estarei aqui para você.

petit frère = irmãozinho

grand frère = irmãozão