A GAROTA POPULAR - CHERONICA

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Narrador...

Em alta velocidade na estrada para South Dade, os dois carros iam deixando rastros, Madelaine ia logo na frente enquanto Zach vinha logo atrás.

As casas e prédios começaram a sumir dando lugar para árvores, montanhas, milharais e pessoas com chapéu de cowboy.

A pequena cidadezinha de South Dade era como nos filmes de faroeste, parece que o tempo havia parado e eles ainda viviam nos anos 80, em partes era bom, as pessoas viviam e não fingiam.

Os carros de luxo que estavam por lá chamavam atenção, mas no fim todos sabiam na direção que iam, sempre na direção da Fazenda Mendes.

— Olha! - Betty apontou

— Uma família de cowboys. - Madelaine riu - Maneiro!

O garotinho que usava um chapéu na cabeça acenou para Madelaine que retribuiu com a buzina do carro, o deixando saltitante.

— Parece que ele gostou de você! - Betty sorriu

— Eu levo jeito com as crianças. - A ruiva disse, um tanto convencida

— Não só com as crianças... - Betty murmurou

Madelaine deu um riso de lado e fez um carinho na coxa esquerda de Betty, que foi retribuído com ela pegando sua mão e fazendo um carinho.

— Caracas, esse lugar parou no tempo! - Zach comentou - Olha, fliperama...

— As pessoas são felizes aqui! - Camila suspirou

— E as da cidade grande não? - Zach indagou

— Não sei se uma pessoa que fosse andar com esses trajes na cidade grande seria feliz, ou as pessoas iriam deixar que ela fosse feliz... - Camila expressou seu pensamento profundo

— Tem razão! - Zach concordou

— Você gosta de fliperama? - Camila perguntou

— Sim, eu jogava bastante quando criança, ia depois do colégio, as vezes matava as aulas! - Zach falou

— Que belo exemplo! - Camila o cutucou na barriga, o fazendo rir

A velocidade dos carros eram baixa, iam olhando para os pontos turísticos daquele vilarejo que se resumia em fliperamas, restaurantes, lanchonetes, algumas coisas para turistas, e um pequeno parque de diversão.

Logo tomaram o rumo da estrada que dava na fazenda, era um trajeto rápido, após uns 10 minutos chegaram.

As porteiras foram abertas e assim entraram, era como se suas energias tivessem sido renovadas naquele momento.

— Que saudades desse lugar! - Camila falou, assim que desceu do carro

Outros também desceram e era impossível não notar a áurea boa daquela fazenda, era como se o ar fosse puro, o oxigênio que entrava pelos pulmões dava paz.

Mais impossível ainda era não notar a felicidade de Camila, estava radiante, saltitante, feliz como nunca os dois que estavam a primeira vez ali viram antes. Betty por sua vez sabia o quanto aquele lugar era importante para sua melhor amiga.

— Oi senhorita Camila!

Uma voz diferente se fez presente ali, como se fosse de um caipira que estava ali desde que nasceu.

— Antony! - Camila sorriu abertamente

O rapaz se aproximou e abraçou Camila calorosamente, como sempre fez quando se viam.