"E quando você vai embora, eu ainda vejo você
A luz do Sol em seu rosto no meu retrovisor"
- Sunsetz, cigarettes after sex
— Mas eu não ando nessa coisa nem que a vaca tussa!
Minho estava na garagem do apartamento de Jisung, enquanto encarava a moto com detalhes em azul marinho de uma forma assustada.
— E você prefere andar por quarenta minutos inteiros em um sol quente? Então tá, vá em frente. — Han encarava o outro com uma cara de deboche ao mesmo tempo que segurava dois capacetes em suas mãos.
Vamos dizer que Lee Minho estava em um impasse.
Depois de terminar de comer e se despedir da irmã de Jisung, a qual o acastanhado tinha adorado, o Han havia proposto a Lee uma carona, este que com muita relutância acabou aceitando, tendo em vista que sua casa ficava longe se fosse para ir andando. Afinal de contas, ficar em um carro com Han Jisung por quinze minutos não poderia ser tão ruim, certo?
Errado, porque não era em um carro que Minho iria ficar com Jisung, e sim, em uma moto.
O acastanhado não sabia porque tinha ficado surpreso. Era óbvio que, como em todo clichê, Han Jisung possuía uma moto.
E agora o menino Lee estava entre a cruz e a espada:
Primeira opção: Ele poderia ir andando de volta para a sua casa por quarenta minutos consecutivos em um sol quente e com dor de cabeça;
Segunda opção: Poderia ir na moto de Han, chegando em casa em quinze minutos, o que significava poder tomar banho e deitar em sua cama mais rápido;
Minho bufou, logo pegando o capacete nas mãos de Jisung e colocando-o em sua cabeça.
— Eu juro que se eu cair e morrer nessa coisa, minha alma vai voltar só para puxar seu pé à noite.
— Relaxa gracinha, eu sou um ótimo motorista, confia em mim, hum? — O azulado lhe dirigia um olhar carinhoso e um tom de voz doce, esse que Minho decidiu fingir não afetar as pulsações de seu coração, desviando o olhar e mantendo a pose de mau humorado.
— Eu não confio nem na minha sombra, quem dirá em você. Mas enfim, como que sobe nisso?
Jisung soltou uma risada, subiu na moto e mostrou ao Minho como ele deveria fazer. Minho seguiu os passos de Han e subiu no veículo, sentindo-o ser ligado, ecoando o ronco do motor pela garagem do antigo prédio.
— Segura firme, gracinha.
Minho não teve tempo nem de raciocinar, porque quando viu que Han já pilotava a moto pelo o asfalto da cidade barulhenta, só teve tempo de se agarrar no corpo magro do outro e fechar os olhos.
Cada vez que sentia o Han fazendo uma curva ou aumentar a velocidade, o coração de Lee quase saía pela boca, o medo de cair e bater de cara no asfalto era grande, mas, por algum motivo desconhecido pelo garoto de cabelos castanhos, quando ele agarrou os seus braços na cintura de Jisung, acabou se sentindo mais seguro.
Enquanto isso, Jisung pôde sentir Minho agarrado a ele com força. Ele gostava da sensação dos braços do outro envolvendo-o enquanto o vento bagunçava suas roupas.
Minho não sabia, mas Jisung possuía um sorriso no rosto.
Jisung não sabia, mas Minho possuía um sorriso no rosto.
Naquele momento, os dois sabiam que algo estava acontecendo. Eles sabiam o que era, mas estavam determinados a negar o máximo que poderiam, porque se permitissem que aquela sensação tomasse conta deles, não sabiam se poderiam se libertar mais tarde.
n/a: Queria muito agradecer vocês pelas 300 leituras!! Muito obrigada de verdade <3
VOCÊ ESTÁ LENDO
MY ONLY EXCEPTION | minsung
FanfictionMinho odiava cigarros e, principalmente, Jisung, o garoto que vivia fumando nos fundos da faculdade. No entanto, Lee se vê indo contra seus próprios princípios quando percebe que está apaixonado pelo menino de cabelos azuis. ❝Eu odeio cigarros, mas...