Meu Gatinho Manhoso | Minsung

03. Depois do cio, a notícia: papais

CAPÍTULO BÔNUS – PARTE 1

DEPOIS DO CIO, A NOTÍCIA: PAPAIS

╭────╯•╰────╮

Híbridos engravidam.

Uau, realmente, eles conseguiam procriar com uma facilidade enorme. Bom, isso se eles não fossem "desligados", ou seja, forçados à esterilidade. O comum era que não pudessem ter filhos, uma consequência da mutação no corpo e que gerava um agravante no sistema. Os que podiam engravidar ficavam à mercê dos donos decidirem o que queriam fazer, no caso, exigirem que fossem "castrados" ou não — se tornassem inférteis através de procedimentos cirúrgicos.

Minho descobriu a novidade logo após dois meses do cio do seu gatinho. Jisung estava prenho, buchudo, virou forninho, levou em cheio, fecundado, enfim... grávido.

Deu de notar após um:

━━━ • um tempo atrás • ━━━

─ Miinnn!

O híbrido gritou do quarto a plenos pulmões pelo dono, esse que saiu com shampoo na cabeça e sapateando pelo piso devido ao corpo molhado do banho. A toalha que o cobria estava mal segurada e parecia que a qualquer momento ia cair.

─ O que aconteceu?! – Minho foi perguntando em voz alta antes mesmo de chegar até o andar de cima.

Jisung estava jogado sobre a cama com as mãos sobre a barriga e se encolhendo, enquanto murmurava:

─ O Ji tá dodói... A barriga dói muito...

Como não ficaria preocupado? E se fosse mais uma infecção? E se fosse de novo algum problema no estômago? Como o bichinho comia demais, o moreno o levava ao hospital com uma certa frequência.

─ Você comeu alguma coisa estranha enquanto eu estava fora? – sentou-se ao lado dele na cama, porém, na beirada do colchão, acariciando-lhe o rosto e aproveitando para medir o seu calor corporal.

─ Não... – aquela vozinha o respondendo tão ferida e manhosa o deixava de coração apertado. ─ Só a mesma comidinha de sempre e lei-... leit...

O híbrido colocou as duas mãozinhas em frente à boca e fez cara de ânsia. Minho percebeu e pensou rápido. Ele apoiou o corpo morninho contra o seu para ajudá-lo a chegar na beirada da cama, sabendo que não teria tempo de descê-lo até o banheiro. Em questão de segundos, tudo o que o pequeno tinha comido durante todo o dia foi despejado para fora. O mais velho não sentiu nojo e nem tentou afastá-lo, na verdade ficou abraçado de lado e fez carinho nas costas dele. Limparía tudo depois, primeiro precisava cuidar dele.

─ Vou pegar água pra você e um comprimido para enjoo, tá bom? Fica aqui que vou pegar tudinho e depois que você engolir vem pro banho comigo pra eu te lavar. – Minho se levantou com cuidado e analisou o híbrido por mais um tempo.

Ele resmungou e fez bico.

─ O Ji não quer mais tomar leite... – fez menção de que estava prestes a vomitar novamente. ─ Acho que odeio isso agora. Quer dizer, só gosto do que sai do Min. Desse eu ainda gosto.

A primeira reação do moreno foi ficar bem vermelho e sem jeito, porque, às vezes, o gato falava algumas coisas constrangedoras por ser tão sincero com o próprio sentimento. Depois, Minho parou e ficou pensativo, porque aquilo estava parecendo com sintomas de algo muito peculiar, mas ao mesmo tempo também parecia uma possibilidade tão absurda, que preferiu não dar atenção no momento.