05. Um mundo mais completo

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CAPÍTULO BÔNUS  – PARTE FINAL

UM MUNDO MAIS COMPLETO

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Nada no mundo se compararia com aquele momento, o dia em que Jisung sentiu as primeiras contrações e precisou ser levado direto para a clínica, onde dois enfermeiros e a médica especialista em híbridos estavam.

Minho passou o trajeto inteiro de casa ao hospital com as mãos tremendo no volante e xingando meia dúzia de pessoas aleatórias no trânsito.

─ Mi-Min- Uhnf! Ai! Não para de doer... O Ji não quer sentir mais dor! Faz parar! – o híbrido se contorcia no banco de carona enquanto agarrava a própria barriga grande. Estava chorando a desde a terceira contração. ─ O Ji não gosta disso! Não gosta! Não gosta! Aah!

Foi um caminho relativamente longo. Por mais que o trajeto até lá durasse apenas quinze minutos, o gatinho fez parecer como se fossem anos. Tudo que o moreno conseguia fazer era observar o namorado de esguelha para não se distrair da estrada e falar "respira fundo e solta devagar" ou "calma, Ji, a gente tá bem pertinho".

Entrar na sala de operações foi um grande sufoco. Minho estava na metade do seu curso de medicina, então era acostumado a muitas coisas, mas, agora ele estava com Jisung deitado em um maca prestes a dar a luz à sua filha, sentia-se nervoso.

─ Ele vai ficar bem, não vai? – perguntou à Seulgi, que estava organizando tudo dentro da sala para começar, enquanto o híbrido estava anestesiado, mas acordado.

─ Claro que sim. Ele é um gatinho saudável e muito forte. – o respondia enquanto andava pelo ambiente. ─ A sua filha já já vai estar no braço de vocês dois. – sorriu por trás da máscara. ─ Não vai desmaiar de emoção, hein, Minho... – deu uma risadinha.

Todos os minutos que ficaram ali esperando para conhecer Lia foram tortuosos. Minho tentava filmar o nascimento, mas estava quase passando mal.

O chorinho veio e eles, tanto o Han quando o Lee, juraram por um momento que era o som mais incrível que já haviam tido a sorte de escutar. Segurar a filha nos braços pela primeira vez, depois de tanto tempo apenas vendo a pequena pela tela do ultrassom, ouvindo o seu coração batendo e a sentindo ainda escondida dentro da barriga, era tão emocionante. Minho nem conseguia parar de chorar. O vídeo naquele momento provavelmente tinha saído com seus soluços por trás além do chorinho da bebê e apenas o sorriso sonolento do híbrido que estava sedado passando pela cirurgia.

Quando pôde pegar a garotinha que tinha nascido com orelhas também, porém negras igual ao cabelo de Minho, ah, ele chorou ainda mais. Jisung só conseguiu mesmo segurá-la quando subiram para o apartamento do hospital, onde estavam também Changbin e Felix com um presentinho em mãos. Os amigos tinham a visto pelo berçário e Felix não tinha parado de encher o Seo com as mesmas perguntas.

A neném era tão gordinha e com bochechas fofas, os olhos lembravam os de Minho, mas o formato do rosto lembrava mais o de Jisung. A boca era como a do Lee e o nariz delicado também. No final, o Han não parou de ficar encarando aquela coisa pequena nem mesmo quando ela estava dormindo ao seu lado.

Quando foram para casa, uma semana depois, com a filha empacotadinha em um manto branquinho e as bochechinhas coradinhas, sentiram-se ainda mais contentes, porque iriam finalmente ter a híbrido aconchegada no quartinho que montaram com tanto amor e dormindo no bercinho tão bem decorado.

Jisung foi extremamente bem atendido e bem cuidado pelo moreno, que ajudava duzentos por cento em tudo.

A cada chorinho, Minho corria e buscava a bebê, já que o quarto ficava bem de frente para o deles. Jisung, sempre que precisava se mexer, tinha o moreno lá o segurando com cuidado. Na hora do banho, o híbrido se sentia mais bebê do que a própria filha, porque Minho literalmente o banhava de uma ponta a outra na banheira do casal, enchendo sempre com as espumas que o garoto queria.

Meu Gatinho Manhoso | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora