A chegada

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14 de novembro de 2006
3:00 PM

  Era uma terça-feira, o avião que saiu da grande Nova York aterrizava em Boston.

  Pacientemente a jornalista Lily Quinn espera os passageiros que estão a bordo desembarcarem para sim poder sair da aeronave.

  A garota aproveita seus 30 minutos antes de sua tia Margareth Quinn chegar para buscá-la, tomando um café e comendo uma fatia de bolo de chocolate com um pouco de calda de baunilha que comprou em uma lanchonete lotada localizada na praça de alimentação do aeroporto.

Ela está de passagem em Shadow Falls, pequena cidade no interior dos Estados Unidos para investigar uma série de assassinatos misteriosos que ocorreram nos últimos anos e para isso vai se hospedar no apartamento de sua tia que fica na parte mais rica e sofisticada da cidade.

  Margareth é esposa do delegado e diretora de uma moderna universidade local, onde a estudante de cinema Emma Foley, uma garota rebelde e sarcástica, fanática por filmes de terror e líder do clube de estudos cinematográficos se voluntariou para ajudar Lily em sua investigação.

  Com base em uma conversa de ambas por e-mail, Emma mencionou uma antiga lenda da cidade o qual fala sobre o aluno Thomas Potter, morto a décadas atrás por um grupo de pessoas que acreditavam na teoria dele ser um bruxo e que ele voltou como um espírito vingativo para matar todos que participavam do grupo e seus familiares.

  As garotas não vão desistir até desvendar o mistério e descobrir se a lenda é real.

Lily's version

  Eu sigo comendo meu bolo e olhando constantemente o relógio para não perder o horário em que marquei com minha tia

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  Eu sigo comendo meu bolo e olhando constantemente o relógio para não perder o horário em que marquei com minha tia.
  Quando um homem alto e bem vestido que passa pela mesa com uma mala preta, derrama seu café quente e ardente sobre mim.

— Desculpa moça, você está bem?
— Por favor, tenha mais atenção da próxima vez. — eu disse estressada com a situação, mas claramente esse não foi o único motivo da minha fúria, a angústia de investigar esse caso está me incomodando. 

  O homem se desculpou novamente e seguiu seu caminho indo em direção a sala de embarque.

  Eu olho a hora e vejo que ainda me faltam 14 minutos, então vou ao banheiro com minha mala limpar minha regata lisa e bege e minha calça jeans flare segurada por um cinto de couro marrom manchados de café. Passo água, sabão mas nada tira a sujeira.

  Com a blusa seca e brevemente limpa, vou ao estacionamento esperar por Margareth, que já  havia chegado e estava apoiada em seu carro Jeep Cherokee 2006 me esperando.

   Ela usava um vestido floral verde e um salto dourado de ponta fina.

Eu me próximo atentamente mas um carro preto e grande passa em alta velocidade na minha direção.

Minha respiração fica ofegante, o coração bate mais forte e eu sem consegui raciocinar penso que acabei de chegar na cidade e nada, absolutamente nada de trágico pode acontecer logo no início de minha investigação.

  Por pouco, muito assustada dou um passo para trás e depois do que aconteceu corto caminho por um lado que aparentava ser mais seguro, era o espaço para cegos conseguirem apoio mas no desespero vou por ali mesmo e chego até minha tia.

— Lily meu amor, o que aconteceu? — olho para a blusa manchada, me tranquilizo do susto, e digo:
— Aconteceu um pequeno acidente, derramaram café sobre mim no aeroporto, acho que estava meio desatenta ou talvez brava e não prestei atenção no carro passando.
— Entendo, estava morrendo de saudades — Ela diz seguido de um abraço.

  Entramos em seu carro, e no meio do trajeto, na frente de uma vitrine, passamos por um beco, nele vi uma frase pichada escrita: "Você não é bem vinda aqui!" Fiquei assustada, o lugar era sombrio e todos que passavam por perto pareciam não ligar para o que dizia.

— O que aquilo significa? — pergunto apontando para o recado.

— Nada demais querida, é apenas mais um vândalo.
— Entendi... — durante o caminho, passamos por parques, restaurantes, casas, e fomos conversando sobre a cidade.

  Começamos a nos aproximar da região mais nobre que aparentava ser muito diferente, pessoas bem vestidas caminhando com seus cachorros ou correndo pela calçada, as casas tinham enormes e bem cuidados jardins e os prédios muito bem conservados.

  Chegamos no residencial Sunshine Flowers onde ficarei hospedada no apartamento da minha tia.

  Pegamos minhas malas e no percurso até o elevador conheci moradores, o porteiro, visitantes e senhoras lendo seus livros no externo do condomínio.

  Assim que chegamos, apertamos o andar 15 para subir.
— Está gostando querida? No térreo tem uma piscina incrível com borda infinita, você pode tirar fotos lindas.

— Hoje a noite podemos ir lá, acho que trouxe roupas de banho. — antes que minha tia pudesse responder, o elevador para no andar 6 e entra um homem sombrio vestido inteiramente de preto.
— Boa tarde — digo junto com minha tia que já o conhecia, mas não gostava muito dele
— Boa tarde — O misterioso responde rudemente — Você é nova por aqui, certo? Nunca te vi antes. Já ouviu falar da lenda da cidade.
— Ah sim, sou sobrinha de Margareth, já ouvi comentarem sobre. — o elevador chega no nosso andar, eu e Marga saímos.

  Ela me contou que o rapaz era um morador antigo e estranho, afirmou que eu não deveria me preocupar com o que diz. A porta fecha e ele continua subindo. 

  Na entrada do apartamento tinha um lindo tapete felpudo com uma mesa de centro marrom, na sala havia um sofá confortável e espaçoso, o lugar era rodeado de quadros, lustres e fotografias, muitas delas me trouxeram de volta lembranças felizes.

  Tia Marga, me leva ao quarto de visita e diz carinhosamente que posso ficar a vontade para desfazer as malas e tomar um banho pois depois teríamos o jantar e eu iria rever meu tio Sebastian.

  Neste momento ela saiu e fechou a porta, me senti observada, uma sensação estranha, um ar pesado, senti isso desde que cheguei na cidade, mas não dei importância, até por que estava algumas horas sem dormir devido a viajem e o desconforto do avião.

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