Paranormal Slasher

Universidade

Universade, 2 PM

  Chegamos em HEU (University of Exact and Humanities), o lugar onde vão acontecer as maiores investigações sobre o caso, pois Thomas estudou aqui quando vivo.

Hailey e Emma foram para a aula de cinema que havia começado cerca de 5 minutos antes de chegarmos, já Liam seguiu para a aula de medicina e eu junto a Chris ficamos andando pelos corredores do local e falando sobre a cidade.

— Apesar desses mistérios você gosta de morar aqui?
— Não muito, só me mudei para cá por conta de Liam, ele não tinha responsabilidade o suficiente para morar sozinho enquanto termina o curso.
— Onde vocês moravam?
— Los Angeles — me controlo para não o encher de perguntas e não parecer eufórica, meu sonho é conhecer essa cidade.

   Entre uma fala e outra ouvimos um grito estrondoso de uma menina, mas não soube de onde estava vindo e nem de quem era.

Mas antes que pudéssemos comentar sobre o barulho, vimos alguém passando pelos corredores distantes. A pessoa parecia estar disfarçada com roupas escuras, uma máscara de caveira e uma bota longa, aparentava ser um homem alto e musculoso.

  Fomos atrás do misterioso que não viu nós nos aproximarmos. Andamos discretamente pela universidade quando da sala da diretora sai um homem com roupas antigas e gastas.

— Boa tarde — digo disfarçando o fato de estar seguindo um suposto "aluno" do colégio. O menino que parecia pálido e jovem ignorou e saiu da sala indo em direção a nós. As luzes se apagaram de repente e tudo fica escuro e assustador.

O breu durou segundos, porém quando a energia volta o garoto que saiu da sala da diretora sumiu. Não tinha ninguém, mas a segundos tínhamos certeza que vimos alguém circulando pelo local.

  Pelo fato de Margareth estar na diretoria eu aproveito para cumprimentá-lá e também para perguntar quem era que ela estava conversando antes do apagão.

  — Tia, boa tarde!
— Olá querida, tudo bem? Lamento que bem no dia da sua visita ouve-se essa queda de energia.
— Não faz mal, só vim te dar um oi e por curiosidade perguntar quem era o rapaz que saiu da sua sala.
— Rapaz? — pergunta tia Marga surpresa. — Não havia ninguém aqui! Eu estou sozinha nesta sala a um tempo. — ela completa.
— Estranho. Nós vimos alguém, era um menino jovem que usava roupas antigas.
— Desculpa não ajudar, mas realmente não tinha ninguém aqui. Com licença! — Margareth termina saindo da sala dizendo que alguém estava a chamando para a área externa.

—  Bizarro, não faz sentido. — digo apreensiva.
— Vai me dizer que está com medo? — Chris fala debochando.
— Estou mesmo, e com razão, isso é estranho! — somos interrompidos pelo toque do meu celular.

— Alô? Emma?
— Lily, venha aqui fora, rápido!
— Aconteceu alguma coisa?
— Só vem que eu te explico.

Universade, 3 PM

  Saímos para o lado de fora e estão reunidos os alunos, parentes, professores e policiais, todos muito nervosos.

— O que aconteceu? Emma? Por que estão todos aqui?
— Onde vocês estavam esse tempo todo?
— Nos corredores conversando, por sinal aconteceu umas coisas bem estranhas mas antes me explica tudo isso.
— A pouquíssimo tempo atrás, durante a aula e enquanto você e Chris conversavam o assassino por trás desse caso matou uma aluna...
— Barbara Kins, uma piranha veterana na HEU — Hailey interrompe. — Aí Margareth foi chamada aqui por que a família e os policiais já tinham ficado sabendo por uma aluna de direito que viu ela morta aqui fora, seu corpo já foi recolhido.

— Também durante as aulas ouvimos um grito de uma mulher e na mesma hora tinha alguém totalmente disfarçado passando, a gente tentou segui-lo mas um jovem nos interrompeu quando estava saindo da sala da diretoria, enquanto ele passava teve um queda de luz e quando voltou ele tinha sumido, contei então para tia Marga e ela disse que não estava atendendo ninguém naquele horário.
— Que estranho, né? — Emma diz assustada.
— Pois é, depois de uns minutinhos você me ligou e eu vim aqui.
— Gente, é claro, o grito foi da Bárbara e o homem disfarçado o assassino. — Liam afirma como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
— Tá, então explica o cara sumindo depois do apagão.
— Saiu correndo— Hailey fala confiante.
— Não sua burra, era o fantasma do Thomas!
— É, faz sentido! — Liam concorda pensativo.
— Pode até ser, mas precisamos de mais provas. — disse isso querendo muito que fosse mentira, mas com tantos acontecimentos "estranhos" eu tive de concordar. Chris se manteve cético sobre o assunto e discordou de tudo que falamos o tempo todo.

Emma's House 7PM

Emma nos convidou para terminar o dia descansando e tomando um café em sua casa.
Fomos novamente de carona no carro do Liam. Chegando lá, era um condomínio fechado que ficava no centro da cidade. O apartamento era vintage, com detalhes antigos, cristais e decorações frágeis, delicadas e ultrapassaras.

— Ignora Lily, a Emma tem espírito de uma senhora de 87 anos, aqui de moderno só tem as roupas. — Hailey brinca.
— Eu acho o máximo, vocês que não tem bom gosto.— a dona da casa retruca— Enfim, estou indo para cozinha fazer café e pegar uns biscoitos, fiquem a vontade.

Cada um se senta em uma poltrona antiga que fica na sala em frente a uma TV enorme. Chris coloca no canal da MTV para assistirmos aos clipes dos famosos.

Foi um momento animado ouvindo as músicas da banda Evanescence e tentando aprender as letras.

Liam chega com uma bandeja com xícaras de café e biscoitos amanteigados. Emma se senta no sofá ao lado de seu namorado e deita com a cabeça no seu ombro, aproveitando o momento conosco.

— Não sei o que eu seria sem você. — Emma afirma olhando para Liam que devolve o olhar apaixonado.
— Provavelmente seu espírito aumentaria para 100 anos. — Hailey fala e todos riem.

A noite continua com músicas incríveis e troca de olhares ente mim e Chris.

Ficamos por duas horas em seu apartamento e quando já era tarde da noite eu pedi um táxi de volta para casa. Emma me acompanhou até a recepção e esperou comigo o motorista chegar.