CAP.3

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P.O.V ELOÁ

Eu:Eu não sou empregada, Elisa, meu Deus, ja pensou se a mãe ou o pai descobre que eu estou indo na casa desse homem..-falei apavorada..-jesus cristo, não quero nem pensar..-coloquei a mão na testa

Elisa: irmã, por favor tá? ninguém vai descobrir, vai ser nosso segredo, poxa

falou me olhando nos olhos e eu engoli seco, encarei o namorado dela por cima de seu ombro, o mesmo tava armado e nos encarando

Elisa: agora limpa aí direitinho ta? o Serpente não vai aparecer por agora, e outra cuida bem do Marley..-me entregou as chaves..- eu te amo, quando terminar me liga...-saiu andando e deu as mãos ao namorado dela, engoli seco e coloquei a mão na testa pensando na merda que eu estou prestes a fazer

Abri a porta e adentrei, encarando a imundice que estava a casa, como que uma pessoa consegue viver nessa imundície

Continuei andando e observando a casa, abri a porta dos fundos e me deparei com um cachorro enorme e engoli seco

Ele me encarou e veio correndo em minha direção e eu continuei imóvel, ele começou a me lamber e então respirei mais aliviada colocando a mão em sua cabeça..

Eu: você deve ser o Marley né...-alisei sua cabeça e o mesmo deu um latido alto e eu sorri..- você me deu um susto garotão, me distanciei dele e comecei a faxina pelo quarto, tinha tudo espalhado, cueca, camisa, tudo...

botei as coisas para o alto e sai jogando água em tudo para tirar aquele fedor de casa suja e abafada, coloquei as roupas suja tudo na máquina e botei para bater

Peguei um lençol limpo em seu guarda roupa e forrei a cama enorme dele, achei seu perfume em cima do armário e botei um pouco no pulso e cheirei

Eu;tem bom gosto, Lindo e cheiroso..-falei sozinha e dei risada, olhei para o Marley que encarava..- não conta pro seu dono que eu falei isso..-dei risada novamente e continuei meu serviço

Olhei debaixo da cama e tinha uma caixa, puxei a mesma e por ser curiosa demais abri, tinha umas fotos de duas crianças e um casal, várias fotos...

guardei tudo tudo e voltei a meu serviço, achei de tudo, até armas, coletes.

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Me sentei no sofá respirando fundo depois de por último ter estendido as roupas, me senti aliviada por ter terminado tudo e sentir o cheiro de casa nova

Peguei minha mochila e tirei meu vestido e uma calcinha e fui em direção ao banheiro

Tomei um banho demorado e relaxante, deixei aquela água geladinha cair sobre meu corpo e cabelo, senti uma energia surreal de boa, fechei meus olhos

Eu: meu desapegooo, bate no peito por não confiar em maisss ninguém..-cantei a música da maravilhosa da Ludmila de baixo do chuveiro, eu me sinto a própria Rihanna de baixo do chuveiro

Depois de uns longos minutinhos no chuveiro, sai enxugando meu corpo e colocando meu vestido que já está um pouco curto demais, ja está  acima do joelho, me olhei naquele espelho enorme do guarda roupa do Serpente, olhei meu celular em cima da cama e ja era 19:3
"cadê você, Dona Eloá?"- li a mensagem da minha mãe pela barra de notificação e respondi a mesma

"Mãe, esqueci de te avisar, to na biblioteca da rua 7 estudando,  ja ja estou indo mãe, beijos."- respondi

Eu odeio mentir para ela, mas imagina eu falar  "oi mãe, estou na casa de uns dos traficantes temidos do Rio fazendo uma faxina para ele"

Deus me livre!

Ela me deserda e me joga na rua na hora, sem pensar duas vezes, uma mentirinha as vezes não faz mal né..

Catei minhas coisas e joguei dentro da mochila e desci, me deparei com ele sentado no sofá e então engoli seco

Eu; Oi, boa noite..-o encarei e o mesmo continuava fumando..-bom ja terminei tudo, ja estou indo..-falei baixo tentando não demonstrar que eu estava nervosa

Serpente: senta aí garota, tenho que lhe pagar né po..-falou com aquela voz maravilhosa dele

Me sentei um pouco perto dele e o mesmo levantou, tirando sua arma da cintura e colocando em cima da mesinha que tinha no centro da sala

Serpente; coé mané, ta deixando todo mundo entrar nessa casa pow..-falou olhando pro Marley e eu dei uma risada de canto...- tu fez um trabalho bom da porra, casa ta novinha..-falou e eu ri para ele

Eu:obrigada, se é para fazer, tem que fazer direito..-falei e ele me encarou contando um bolo de dinheiro

Serpente:fazer direito mermo..-falou me entregando um bolo e eu arregalei os olhos

Eu; não precisa disso tudo, tem muito aqui..-falei encarando ele que colocou whisky em um copo e sentou do meu lado

Serpente: Ta de caô né, se não quiser eu não pago então, bom pá meu bolso..-falou dando um gole..- ele foi colocar o copo en cima da mesinha e quando voltou senti sua mão perto de minha coxa e então eu estremeci, fui aos céus

Santo Deus tenha piedade de mim e da minha alma

o encarei e ele virou o chapéu para trás e encarou minha boca, minha respiração já não se controlava mais, sua mão passou pela minha coxa, e o mesmo manteve seu maxilar travado enquanto alisava minha coxa, apertando a mesma, seu olhar se mantia direcionado ao meu, mas seu semblante continuava fechado, ele foi alisando até chegar em minha calcinha, o mesmo alisou minha buceta por cima da minha calcinha e eu ja estava de olhos fechados e minha cabeça encostada em seu ombro, sua mão subiu por dentro do meu vestido fazendo com que eu tirasse minha cabeça de seu ombro e o encarasse e então ele chegou em meu peito e eu mordi os lábios de desejo

um calor absurdo, um desejo absurdo, uma vontade absurda

fechei os olhos sentindo ele e então escutei seu riso e sua mão saindo

o encarei se afastando de mim  tirando um baseado do bolso e acendeu, soltando aquela fumaça pelo ar, levantei  me ajeitando e peguei o bolo de dinheiro, tirando 200 reais e joguei o resto no sofá, peguei minha mochila e saí dali o mais rápido possível, não tive nem reação de ligar para Elisa e então fui para casa andando mesmo

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