Cilada do Destino

~_Prólogo_~

" o destino é indecifrável, quando é pra ser nada pode mudar, porque o destino nunca erra"

- Sabe nunca pensei que existisse o tal falado destino ou essas coisas de "gente apaixonada" , sei lá nunca quis ser igual a todas as outras garotas, igual aquelas que sonham com vestidos de noiva e com o esposo perfeito, nunca quis isso, mas se me perguntassem, se eu pretendia amar alguém ou até me casar, eu respondia que sim, claro, porém se for para me casar ou amar um homem para sempre, tem que ser por amor e nada mais que isso.

Minha vida sempre se baseou em vestidos de gala, saudações e sorrisos falsos, sempre me dediquei para ser perfeita, a altura do que meus pais desejavam - como se alguém conseguisse ser perfeito o tempo todo - fazia tudo oque eles queriam e nunca oque eu queira, como herdeira do trono tinha que aprender tudo oque devia para ser uma boa esposa e uma boa rainha- nunca gostei dessas coisas- mas sabia que um dia essa minha farsa ia acabar.

Eu sempre disserá para minha querida mãe, que nunca aceitaria me casar as custas de um relacionamento arranjando, se fosse para me casar que seja por amor e não como se eu fosse um objeto a ser trocado por algo, graças a minha mãe passei muito da idade de me casar e não tive a necessidade de ser obrigada a fingir que amava alguém que nem mesmo conhecia.

Porém tudo que era de bom se dissipou, com a morte da minha amada mãe, ela morreu por uma doença incurável, na época eu estava com 19 anos e minha irmã com 17, meu pai sempre foi o mais rígido, pois como ele queria ter tido filhos homens e minha mãe só deu a luz a mulheres, ele queria a força que pelo menos fôssemos perfeitas, bem no caso eu, minha irmã sempre foi a favorita dele, ele sempre a beijava mais, sempre deixava ela brincar no jardim , enquanto eu ficava trancada no quarto sendo obrigada a ler dezenas de livros de etiqueta, em um só dia.

Com a ida da minha mãe, as coisas para mim se apertaram, ele me deixou  livre só por mais três anos , o tempo em que eu me recuperasse da perda, eu não sabia de nada até o dia do meu aniversário de 22anos, onde foi anunciado a surpresa do século e o motivo da minha futura rebeldia...

E lá estava eu, linda com um vestido azul escuro, bem rodado, eu sentia que naquele dia eu estava brilhando como nunca, minha irmã Kia estava toda empolgada para a hora da valsa, onde eu ia dançar com meu pai, já eu, só queria uma boa oportunidade para fazer algumas amizades.

- Ana! Ana! - escultei meu nome ser gritado atrás de mim- Você está linda minha irmã!! Como sempre!!

Me virei já reconhecendo a voz, era minha irmãzinha, toda feliz com um sorriso de canto de orelha, ela também estava radiante, com um lindo vestido verde água, que nela parecia perfeito, seus cabelos ruivos brilhavam mais que nunca.

- Olá Kia!!, Você parece na minha opinião, a mais linda do baile- segurei as mãos dela- Oque é que te deixou tão empolgada em?

- Sei lá, eu vi vários convidados chegando e parece ter vários jovens da minha idade, Será que eu vou conseguir fazer alguns amigos hoje ?

- Tenho certeza que vai, você é a garota mais simpática que eu conheço, claro, não que eu conheça muita gente né- ri e ela me acompanhou- Porém garanto que essa noite será inesquecível para nós duas.

Não sei para ela, mas para mim aquilo foi quase uma centença, com certeza seria uma noite pela qual nunca me esqueceria, e uma noite que me faria virar muitas madrugadas chorando.

O salão todo estava vidrado em mim, parecia que estavam todos ansiosos para alguma coisa ou acontecimento, eu pensava- Estranho, nem eu que vou dançar, estou tão ansiosa para está parte do baile- resolvi deixar de mão, estes pensamentos vãos, e me concentrar em parecer, a mais perfeita princesa que um reino podeira ter.