♡ Capítulo Cinco

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“Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida.”
Apóstolo Paulo, Romanos 5:10.

♡ Melyna

Mike me mandou mensagem para confirmar se eu sairia com ele no sábado. Respondi que não, eu sabia qual era a intenção dele e orava para que Jesus pudesse alcançar seu coração.

Era sábado, o que significava que eu não precisava trabalhar, não precisava ir para faculdade, podia dormir até mais tarde e teria culto à noite. Ah, como eu amava o final de semana.

Acordei me espreguiçando na cama. Sentei na cama e fiquei por alguns minutos refletindo sobre nada, meu corpo precisava de um tempo para raciocinar que era hora de levantar. Passei a mão no cabelo e depois no meu rosto, piscando para tentar despertar.

— Bom dia, Deus. Bom dia, Jesus. Bom dia, Espírito Santo. — eu costumava falar isso todos os dias ao acordar. — Jesus, muito obrigada por me acordar com saúde em mais um dia. Obrigada pela vida da minha família e por estar aqui comigo em todos os momentos. Meu Deus, venha viver mais esse dia ao meu lado, pois eu dependo totalmente de Ti. Faz a Sua grandiosa vontade, eu te peço, em nome de Jesus. Amém.

Ao terminar a oração, levantei me alongando e fui até o banheiro para fazer minhas higienes matinais. Tirei meu pijama e coloquei um vestido para ficar em casa, já que hoje o dia estava ensolarado, mesmo estando no meio do inverno. Fui até a cozinha, onde meus pais e minha irmã estavam fazendo o desjejum.

— Bom dia, família. — sentei em meu lugar de sempre, ao lado de Laura.

— Bom dia, dorminhoca. — minha irmã provocou.

— Eu trabalho, você não. — ela me olhou como se eu a tivesse insultado.

— Parem vocês duas, comam o bolo que eu fiz. — minha mãe apaziguou a situação colocando o bolo de chocolate em cima da mesa.

— Obrigado, Jesus, por esse café da manhã maravilhoso. — meu pai falou pela primeira vez.

Comemos nosso desjejum em meio à conversa e risadas. Ah, como eu amava isso.

— Filha, você pode buscar uma encomenda para mim no aeroporto hoje? — seu Ben pediu a mim.

— Claro, pai. O que é? — perguntei passando a margarina no meu pão.

— É uma coisa para o restaurante. Eu pedi para entregar, mas acabou ficando nos correios do aeroporto. Não posso ir eu mesmo, pois tenho umas entregas a fazer. — ele tomou um gole de seu café. — Você pode ir com o carro.

— Coragem do pai deixar a Mel ir com o carro. — Laura falou, me provocando.

— Nossa, mas eu não sou tão ruim assim. — fiz um biquinho, ressentida. — Eu sou habilitada, tá.

— Não infringindo uma lei de trânsito, não causando nenhum acidente e não matando ninguém, tá bom. — meu pai brincou.

— Ninguém confia em mim nessa casa. — todos rimos.

⁠♡♡⁠♡

Me arrumei rapidamente depois do café da manhã e saí com o carro do meu pai, rumo ao aeroporto cumprir o que ele havia me pedido. O trânsito estava um pouco congestionado, mas eu nem liguei pois gostava muito de dirigir, principalmente quando eu podia colocar meus louvores, tanto nacionais quanto internacionais. Com certeza, do lado de fora, quem me via cantando dentro do carro, achava que eu era louca.

Minutos depois eu já estava no aeroporto. Estacionei e desci do carro, indo em direção à entrada daquele grande prédio.

Como eu não conhecia muito bem o lugar, fiquei olhando em volta enquanto andava, para tentar achar o correio. Eu olhava para todos os lados, mas quando decidi virar meu rosto para frente, só consegui ver algo bege antes de bater de frente com algo — ou alguém.

Nunca foi sobre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora