epílogo

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Pablo Gavi

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Pablo Gavi

Eu e Lara nos conhecemos numa balada em Barcelona. Ela dançava enquanto me lançava vários olhares. Nós ficamos neste dia, eu peguei o seu número e de lá para cá conversávamos todos os dias.

Ela me tratava diferente do que eu era acostumado, sempre queria avançar antes da hora. Emocionada assim dizer? Quase isso.

Eu que sempre fui encantado por morenas, estava preso em uma loira brasileira, linda demais.

Antes dela vir para o Brasil nós brigamos. Ela queria que eu assumisse o que tínhamos mas pensando nela, eu não aceitei.

Meus fãs, por mais que eu os amasse demais, tinha a consciência que grande maioria tinha uma parte tóxica e com certeza jogariam hate nela apenas por ser minha namorada.

Mas ela não entendeu.

Aproveitando que Pedri iria para o Brasil passar o ano novo com a namorada, comprei uma passagem e fui com ele até São Paulo, que é onde a familia de Lara e a de Manuella moram.

— Tente entender, Lara, eu tô fazendo isso para o seu bem!

— Você não quer a minha felicidade? — Lara não estava bem, tinha bebido demais e sua voz estava mole.

— Quero, óbvio.

— Então me assuma!

— Eu não vou fazer isso.

— Então nós dois terminamos!

— De verdade, eu não te entendo. Diz gostar tanto de mim e quer terminar comigo porque eu quero preservar a sua saúde mental? Você acha que eu não tenho vontade de expor o que a gente tem?

— Você é um sonso. Foda-se a minha saúde mental, eu quero fama! Dinheiro! Não tô nem aí para o que esses seus fãs vão achar, pensar, que saco!

— Vai se fuder. — peguei a minha mala e fui em direção a porta.

Interesseira do caralho.

...

— Ela disse isso mesmo? — Manuella me encarou.

— Com todas as letras. Ela estava comigo por fama, nada mais.

— Puta que pariu. — foi a vez de Pedri dizer.

— Eu não entendo, ela nunca foi assim. — levantei meus ombros. — E onde você dormiu ontem?

— O irmão dela me levou até um hotel que tem aqui perto. Eu pedi para ele me levar para alugar um carro também, já que eu tô aqui, vou tentar conhecer mais a cidade.

Apontei para o Civic preto que estava estacionado.

— E você tem carta para dirigir aqui no Brasil?

— Eu não, mas você tem. — sorri para ela.

— Tem muitos lugares que eu posso mostrar para vocês.

— Eu queria ir conhecer a comunidade daqui, eu vi em um jornal e achei interessante.

— Tem uma aqui perto, a gente pode ir lá depois. Primeiro entra e vai conhecer minha mãe, ela não vê a hora.

...

— Como que as casas não caem uma em cima da outra? — perguntei.

— São estruturadas para isso não acontecer.

— O que é isso? — Pedri perguntou apontando para um trailer com várias mesinhas em volta.

— Barraquinha de caldo de cana. É uma delícia. — Manuella disse.

—A gente pode parar aqui para experimentar? — perguntei. Ela não disse nada, apenas estacionou o carro.

Estávamos em frente a entrada da comunidade.

— Boa tarde. Pode me dar três copos de 500mls, por favor. — Manuella disse algo em português.

Não demorou muito já estava com o copo na mão. Aquilo era muito bom, um gosto diferente.

— E ai?

— Eu gostei.

— É bom. Tem isso na Espanha?

— Acho que sim. — levantou os ombros.

— Manuella, você trancou o carro? — Pedri perguntou tenso.

— Lógico.

— Porra, ele não tá ali!

— Quê? — virei para onde tinha deixado o carro mas ele tinha sumido. — Caralho!

— Não passou nem cinco minutos, cara!

— O que a gente vai fazer agora?

— Chama a polícia!

— Não! Quer que a gente morra?

— Fudeu de vez agora.

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