━━ 𝗖𝗔𝗣𝗜𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗨𝗠

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— Onde você estava, San? Me preocupou

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— Onde você estava, San? Me preocupou. Não atendeu minhas chamadas. Foi no hospital de novo? Sannie... 

Seonghwa falava desesperado enquanto via o homem entrar pela casa, se dirigindo logo para cima dele enquanto o Choi se descalçava, tirando ainda seu casaco. 

— Estou apenas cansado, Seong. Não se preocupa, eu fui ao fisioterapeuta semana passada e já estou recuperado da lesão. Não precisa se preocupar. — Abraçou o mais alto, dando um suave beijo nos seus lábios. — Preciso descansar. Estou demasiado cansado. Hoje foi bem intenso, estamos quase finalizando a coreografia.

— Mas está tudo bem, não é? — San assente que sim, dando mais um beijo no marido. Seonghwa olha a aliança no dedo do amado, dando um beijo no dedo da aliança, encarando o Choi mais uma vez, vendo o sorrisinho de covinhas aparecer na sua face.

— Está tudo. Espero você gostar e se orgulhar do quão seu marido é dedicado. Vou tomar um banho e deitar. Se quiser, aceito me mimar enquanto estou agarrado em seus braços quando me deitar. — Seonghwa assentiu, seguindo o marido até ao quarto.

Esperou-o tomar um banho enquanto olhava sua aliança, pensando no quão grato era por ter San na sua vida. Era casados à três anos, mas estavam num relacionamento juntos à pelo menos seis. Seonghwa simplesmente nunca amou alguém como ama Choi San. A sensação de estar bem consigo próprio e não se sentir pressionado, sem sentir que está amando pelos dois, sem sentir que está sozinho. De todos os relacionamentos que teve, Seonghwa sempre foi chamado de emocionado por apenas se preocupar com o próximo, e não era diferente com o amado. Ele tinha se lesionado e não podia fazer muitas coisas no trabalho, mas tinha uma coreografia para ensinar, então não poderia faltar por mais que estivesse em recuperação, já que era professor de dança numa escola própria para a área e ele era o melhor professor, além de coreografo que era muito conhecido na cidade. San sempre se esforçou e sua lesão foi a pior coisa que lhe pode ter acontecido, ainda mais sendo no joelho, mas felizmente se recuperou bem e não precisou de alguma operação. Está mais confiante, mesmo que antes possuísse um pouco de medo, mas o trabalho o chamava e enquanto estava lesionado, não fazia o que estava fazendo agora. Queria dar tudo o que perdeu para tudo valer apena e, assim que aquela turma que ensinava na escola de dança perfumasse, tivessem orgulho dele, sobretudo seu marido.

Seonghwa era completamente orgulhoso de San.

Mas, algo parecia diferente no Choi depois que começou a ser seguido na fisioterapia e isso o deixava preocupado.

Não era ciúmes. Era preocupação. San muitas vezes vinha com uma face que demonstrava perfeitamente que ele não estava naquele mundo, e isso preocupava o Park.

Deitando-se na cama, esperando o amado acabar de vestir o pijama já que ele já tinha saído do banho, ele logo o abraçou, puxando-o para seu peito, dando carinho em seus cabelos molhados, cheirando bom cheiro do shampoo do Choi, dando beijinhos pela face enquanto ele fechava os olhos, caindo no sono completo.

Seonghwa até pensou tocar no assunto que lhe preocupava, mas San estava muito cansado, então apenas deixou-o dormir, ficando a ver televisão até pegar no sono.

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Um mês se tinha passado e uma pequena turbulência entre o casal — aparentemente — perfeito estava ocorrendo e Seonghwa sentia-se tremendamente culpado ao falar tais palavras a San, assim como ele a si, quanto a não ter feito nada, mas Park conhecia-o bem e, mesmo não tendo feito nada, uma certa pessoa naquela casa no dia do festejo devido à vitória do campeonato de dança feito na própria escola contra a escola rival.

Seonghwa conheceu a fundo maior parte dos alunos, descobrindo até que nem tinham tanta diferença quanto a si. Era uma escola privada na cidade e tinha alunos quase da idade dele e do marido, o que lhe impressionou, mas gostou bastante, pois eles mereciam todas as oportunidades possíveis.

E foi nesse dia que ele conheceu por completo Do Hanse, o garoto transexual que San falava muitas vezes, sobretudo de como o conheceu e como ele se tornou. Seonghwa tinha um carinho enorme por Hanse, assim como San. Soube da história pelo Choi, essa que o Do contava sem problemas e não tinha problema nenhum se San contasse ao seu marido, esse que ele já tinha visto e admitiu ser um homem bem apresentável, elogiando o casal.

Mas Seonghwa nunca pensou que um elogio fosse mudar algo nele, ao ponto de um elogio de San não ser a mesma coisa e, com isso, se sentiu culpado, sendo que via vários olhares do homem — que já possuía vinte e dois anos, tendo seu marido vinte e seis — para seu marido e o CHoi caindo nas lábias que sabe-se lá o que falavam na verdade.

Seonghwa tanto se sentia culpado por gostar dos elogios de Do Hanse como sentia uma tremenda crise de ciúmes quando o via perto de San.

Isso não fazia sentido, mas era o que estava dentro si. Queria ser ainda mais elogiado por Hanse, mas queria-o longe do seu marido.

Em mais uma comemoração pela segunda vitória — com direito a taça — eles se encontravam agora na casa de praia deles, onde combinaram para aproveitarem o ótimo dia solarengo que a tarde ainda fornecia, assim se divertindo por completo como na última vez.

Mas Seonghwa não estava muito bem e, pegando numa cerveja, saiu e andou até à praia que era logo em frente, pensando estar a ser acompanhado por San, mas, quando foi olhar para trás, viu o corpo pequeno de Hanse, com seus cabelos loiros ao vento, vestido com uma regata bem larga, notando-se bem seus mamilos e suas tatuagens pelo corpo todo, escondendo bem suas cicatrizes das várias cirurgias que teve que fazer para chegar ao resultado que ele sempre desejou.

Eu, você, o mar e ele | sanhwa + hanseWhere stories live. Discover now