Eu, você, o mar e ele | sanhwa + hanse

━━ 𝗖𝗔𝗣𝗜𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗗𝗢𝗜𝗦

— POSSO ME JUNTAR A VOCÊ? Se não for incómodo.

— Claro. Pelo perfume, já presumia ser você. Não precisei nem me virar.

— Como sabe que é meu perfume?

— Sei seu perfume de cor graças ao Seonghwa. — Riu fraco. — Inclusive, eu lhe ofereci um, mas acho que o Seonghwa deve ter escondido esse facto. Eu soube que vocês não andam muito bem e eu sinto que eu sou culpada. — Quando ela se virou para San, o Choi sentiu um nó na garganta imenso, ao ponto que demorou para conseguir falar.

— Não entendi. Porque se sente culpado? Você não fez nada e nem tinha porque fazer. Apenas andamos tendo alguns solavancos, mas isso sempre tem num relacionamento. Sou casado com ele há três anos e estou há pelo menos seis com ele.

— Vocês estão há seis anos juntos sendo três casados? — Ele questionou. O vento balançou seus cabelos e San por segundos, se viu perdido nesse detalhe dela, do seu rosto aparecendo mais pelo cabelo estar voando para trás com o vento.

Do Hanse era lindo. Até demais.

— Isso mesmo. — Ele disse, após alguns segundos, quase se atrapalhando nas palavras. Respirou fundo antes de continuar. — Mas, nos conhecemos antes, claro, ficamos uns dois anos, literalmente, nos comelanços, já que fazíamos os dois a mesma faculdade e nenhum de nós estava pronto para um relacionamento.

— Ah, uma história de amor interessante visto que nenhum estava pronto para entrar numa relação. — O Do deu um sorriso. — Isso sim, podemos dizer que é um relacionamento que enfrentou uma barreira entre vocês dois para dar certo.

— Sim. Eu acho, pelo menos. Nos encontramos depois de uns meses sem algum tipo de comunicação porque eu me mudei depois da faculdade. Eu sempre gostei de Seonghwa desde essa altura e me custava não saber nada dele e as redes sociais sequer ele usava direito.

— Ele me contou essa parte, já que eu pouco uso redes sociais, mas por escolha própria.

— Sim, eu sei. E compreendo. A escolha é sua.

— Mas... Se me permitir... Eu gostava de ter alguma rede social sua.

— Claro, não tem problema. Afinal, você deve ter do Seonghwa por conta dele ser seu professor. — Ela assentiu, colocando-lhe o celular na mão, e logo San colocou seu número assim como seu nome no alfabeto latino, já que o teclado estava dessa forma.

— Irei te dar um toque para você ficar com o meu. Gosto de fazer isso para ter certeza que não tenho o contacto errado. Já me bastou as vezes que dei o errado ao Seonghwa como aos meus colegas. — San acabou rindo fraco, vendo o número aparecer na tela.

— Como quer que eu salve?

— Pode colocar meu nome completo, assim para saber que sou eu. Não sei quantos Hanse existem, mas é para saber exatamente que sou eu. — San assentiu, guardando o contacto. No mesmo segundo a tela mudar para chamada. Seonghwa estava ligando para o marido.

San se virou para atender, falando onde estava.

"se vocês não virem em dois segundos, não há bolo para vocês!" — Hanse conseguiu ouvir quando San pegou sua mão para eles irem juntos. O toque causou uma sensação estranha a San, não sabendo se era por fazer tempos que não tocava outra pessoa daquela forma — pois ele era bem formal, mas percebeu que por conta dele ser de outro país também, acabaram sendo mais informais —, ainda mais porque ele tinha a mão quente e ele tinha seus braços completamente gelados — sendo que nem estava frio. Ou seu corpo era naturalmente mais frio — já que San era designado por Seonghwa como aquecedor humano — ou então era por conta dele ser, como citado, um aquecedor humano e qualquer ser humano era mais frio para ele.

Bem, ele não sabia, mas ele gostou do contraste do calor que eles possuíam entre si.

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Quando San chegou a casa junto do marido, quase brigou com ele por estar elétrico — obviamente por beber um pouco — e San apenas querer dormir porque sua bateria social tinha zerado completamente. Mas parecia que Seonghwa queria testá-lo.

— Sanieeeee. — Chamou-o, mas San apenas o ignorou, deitando-se na cama, enquanto Seonghwa ficava choramingando.

Uma mensagem surge no celular de San quando ele o pega e, claramente, Seonghwa foi cuscar apenas para buscar atenção do marido devido ao estado que estava, querendo ele só para si.

— Você está me trocando por ela? Não é justo! Pera, como assim têm o número um do outro! Osh, meu contacto está mais bonito, com certeza o seu só está Hongjoong como você sempre mete. Meu está "Seonghwa lindão". Proibi ela de mudar o contacto porque eu sou lindo mesmo.

— O quê?

— O quê o quê? Eu não sou lindo? Toda a gente que é próximo de nós têm meu contacto assim.

— Ela é próxima de você assim? Desde quando.

— Ai, San, não começa com suas coisas.

— Eu apenas estou conversando com um bêbado que pode estar a revelar algo que eu não sabia. Se você tem problema de ser fraco com álcool e fala algumas verdades, o problema não é meu.

— Ela precisa de amigos, ainda mais ela é julgada, e chamada de favorita, sendo que ela é a melhor. Tenho lá culpa do pirralhinho ser bom em tudo o que faz. E como ele é bom.

— Do que você está falando!? — San se levantou da cama, deixando o celular de lado e quase segurando o marido pelo colarinho, mas o Park pegou seu celular tão rápido para lhe mostrar algo que nunca se sentiu tão aliviado; o garoto dançava e cantava — e como ele era bom.

Era isso, era isso que Seonghwa estava falando.

— Eu entretanto preciso de terapia pelas coisas que eu entendo mal. — Ele disse, pegando o celular, quase lhe caindo por conta do que ele tinha lido.

"você tem alguma coisa combinada para amanhã? eu gostei de conhecer melhor você e queria saber se quer sair. seonghwa sabe, já lhe mandei mensagem e ele respondeu"

— Park Seonghwa não responda mensagens bêbado! — Pegou rapidamente o celular do amado, vendo a mensagem que o garoto tinha lhe mandado e ele realmente tinha respondido.

— Ele é muitoooo bom.

— Sim, sim já entendi!

— Muitoooo bom.

— Eu tenho vontade de te socar às vezes. Olha o que você fica falando!

— Não estou falando nada demais! — Tentou pegar o celular, mas San não deixou, deslizando as mensagens. Seonghwa vê algo, rapidamente tentando pegar, mas San não deixando, colocando o celular na sua perna, tendo o marido tentando pegar novamente.

Foi então que San viu.

— Isto é... Um nude?