A briga. Vahalla Vs Toman.

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-Riu?-Ouço Naomi me chamar. Me volto e olho para ela
-Sim, Naomi?-Respondo, tentando parecer séria, apesar de minha mente ainda estar afundada em pensamento.
-Está tudo bem?-Naomi anda até mim.
-Sim, estou bem. Estava apenas pensando.-Eu olho para a vista e pego 2 cigarros, passando um para Naomi-Quer?
-Sim, agradeço. -Ela pega o cigarro. Eu acendo ambos os cigarros enquanto olhamos da varanda.

Olhamos para as ruas de Tokyo. Não tem muita gente, acredito que pelo horário. São 22:35. Passei muito tempo a tratar dos papéis, mais tempo ainda afundada nos meus pensamentos. Naomi então mete a mão no meu ombro enquanto olha para a rua

-Queria agradecer por tudo, Riu. Prometo lhe proteger com a minha vida.-Ela diz, num tom sério.
-Eu apenas fiz o que achei certo, Naomi. Não precisa me proteger com sua vida. Na verdade, a sua companhia quando me sinto no fundo do poço já e suficiente.-Respondo, olhando pela varanda. Solto o fumo mais uma vez-E além do mais, eu também tenho de lhe agradecer. Você me ajudou sempre. Sem você, duvido que eu aguentaria tudo isso.

Eu continuo olhando para a rua. Quando sou pegada de surpresa por um abraço de Naomi. Não estou habituada a toque físico, mas isso foi estranhamente... agradável? A última pessoa que me havia abraçado foi meu irmão, anos atrás. Para ser honesta, eu havia esquecido a sensação. Não que eu o vá admitir em voz alta. Mas eu precisava disto.

[...]

No dia seguinte. São 7:43 da manhã. Acordei e me levantei. Vejo Naomi a dormir no quarto de hóspedes, como de costume. Quando as coisas em casa dela não estão fáceis, ela fica aqui. Eu então ando para a cozinha, e decido tomar o pequeno-almoço. Sento-me na cozinha e pego meu café. Olho para a janela e aprecio a vista do parque enquanto tomo o café. Deixo um café e um pão com geleia na mesa, para Naomi. Logo depois, me levanto e vou para o lado de fora da casa. Raramento acordo antes das 9:00 da manhã. Mas como hoje acordei, pensei em dar uma caminhada matinal. Vesti uma jaqueta, umas calças cargo pretas e uma t-shirt branca. O meu anel e um colar, e cabelo preso. E assim sai para minha caminhada. Estava tudo estranhamente normal. Não vi nenhuma briga, nem nada do tipo. Bem, talvez esse lugar seja mais tranquilo que minha antiga localidade.

Ouço então um gritos dentro de uma localidade abandonada. Como a curiosa que sou, entrei. Era um local de sucatas velhas, vários carros em pilhas. Ao entrar, vejo várias pessoas agrupadas. Parecem duas gangues. Hum, interessante. Tem várias pessoas a assistir. Eu decido assistir também. Me sento no canto e olho o que está prestes a assistir. Percebo que o meu irmão estará involvido na luta. Bem, desde que ele não morra, eu estou de boa. Um cara a apresentar a briga. 'Toman vs Vahalla'.
-Isso parece divertido.-penso.

Antes que o apresentador acabe de falar, o cara que estava na frente da gangue rival a do meu irmão, um cara com cabelos pretos e amarelos, bate no apresentador. Segundo ele, essa luta seria sem regras ou apresentador. Bem, fazer o quê. Então assim, a luta começa. Vejo o amigo do meu irmão, Mikey, correr na direção do garoto de cabelos pretos e amarelos. Algumas trocas de soco, mas nada de mais. Até que, 2 caras vêm por trás e amarram as pernas de Mikey. Então o outro cara, que pelo que ouvi se chama Kazutora, pega uma barra de ferro. Eu então me levanto.
-Isso é covardia.-penso.
Kazutora então bate com a barra em Mikey, que em um pouco cai no chão. Ainda consciente, mas não parece muito bem. Vejo um cara de cabelo preto correr na direção deles. Ouço alguém gritar 'Baji'. Suspeito que esse seja o nome dele. Baji e Kazutora começam a lutar. Fiquei confusa, já que ambos tinham os uniformes da Vahalla. Entretanto, vejo um bando de caras correr para Mikey. Que covardia! Ele está machucado e mesmo assim vários vai contra ele? Penso então nas regras. Não podia interferir gente de fora. Um dos caras está prestes a chegar a Mikey, ele ergue um taco de basebol para bater em Mikey. Mas a sua mão e segurada por mim. Eu seguro seu braço. Afinal, o próprio Kazutora havia dito 'sem regras'.

-Parece que temos covardes aqui. -Eu abaixo minha cabeça, ainda segurando o braço do cara.

Eu então chuto o cara, que é empurrado para longe. Fico então no meio dos inimigos e Mikey. Ele continua caído no chão. Ele parece destroçado. E eu não permetirei covardia. Talvez o facto dele ser amigo do meu irmão também me tenha influenciado a ajudar, mas nunca o admitiria. Na distância, vejo meu irmão lutando outro cara. Com duas tatuagens nas suas mãos. Noto também dois caras vindo por trás. Eu então corro na direcção deles, e chuto os caras que estavam vindo para trás para longe de Draken. Ele me olha com surpresa.

-Riu? O que caralhos você está fazendo aqui?-Ele diz enquanto bloqueia um golpe do cara com as tatuagens nas mãos.
-Fazendo justiça. Afinal, covardia é sempre covardia. Quer seja comigo ou com outras pessoas.-Dou um sorrisinho- Eu protejo as suas costas, irmão.

Meu irmão então se concentra na sua própria luta. Enquanto eu, fico procurando ajudar os que estão em desvantagem. Toman tem muitos menos membros que Vahalla. Vejo então Kazutora com uma faca na sua mão. Andando em direção a Baji. Ele está prestes a esfaquear Baji, quando eu meto minha mão no meio, assim levando a facada na minha própria mão. Vou admitir, doi para caralho. Mas não irei cair. Eu sou a Tiger, no final das contas. Eu chuto Kazutora, e dou um soco em seu estômago, com a minha mão boa, claro.

A luta assim continua, minha mão doi cada vez mais, a faca entrou por um lado e saiu por outro. Mas continue a ajudar Toman. Porque como já disse, não aceito covardia. Um tempo depois, Toman e Vahalla finalmente estão em pé de igualdade. Eu dou um sorrisinho e saio da briga, me sentando novamente para assistir. Draken me olha indignado. Eu apenas dou uma risada

-Já impedi a covardia, irmão. Agora o resto é com vocês.-Eu sorrio e olho para a minha mão.

Olho a volta. E vejo Natsumi também assistindo a briga. Ela sempre foi boa com primeiros socorros, talvez podesse ajudar na minha mão. Eu caminho até ela. Ela olha para a minha mão e ri

-Caralho chefe, ce leva facada assim?-Ela dá uma risadinha, mas logo começa a tratar minha mão.

Essa porra dói muito. Natsumi tira a faca, e então passa umas ligas. Admito, por um segundo jurei que fosse desmaiar devido à dor. Mas aguentei firme. Em breve a briga acaba. Declarado Toman vencedor. Meu irmão anda até mim. Eu me levanto

-Ei, pirralha.-Ele diz- Obrigado pela ajuda. Mas da próxima n saia a meio da briga.
-Ah eu só fui parar com a covardia. Ter vantagem e ainda ter armas? Esses caras deviam estar de brincadeira.-Digo, dando uma leve risadinha.
-Deixa ver a mão.-Ele segura meu braço e olha para o ferimento na minha mão, agora tapado por ligas.- Caralho pirralha, esfaqueada assim de graça é?
-Sim.-Eu falo rindo.

Vejo o tal 'Baji andando até nós. Eu olho para ele

-Riu né?Sou o Baji. Queria agradecer por me ter salvado ali atrás.
-De nada. Só fiz o que achei certo. Não é justo vocês estarem em desvantagens e os caras ainda usarem armas, né?
-Concordo. Mas obrigado mesmo assim.
-Foi nada.-Eu dou um sorrisinho
-Foi sim, foi literalmente uma facada na mão- penso.

Continua...

The tiger🐅 (Tokyo Revengers)Onde histórias criam vida. Descubra agora