Capitulo 1

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Brinco com a água que parece brincar comigo de volta em uma grande fonte no meio da cidade mais agitada que conhecera(e a única). Mesmo assim Nova York estava estranhamente calma para mim, me peguei perdida em meus pensamentos por alguns minutos e era como se tudo ao meu redor estivesse sumido e estivesse apenas eu é a sensação gelada da água batendo nos meus dedos. A energia percorrendo meu corpo inteiro

— Íris? Íris o que você tá fazendo? vamos nos atrasar— escuto a voz do meu melhor amigo ao fundo me tirando do transe

Olho para trás e vejo meu melhor amigo Art com seus olhos castanhos atrás das lentes redondos me olhando como se temesse que eu me jogasse naquela fonte cheia de moedas e desejos  que poderiam nunca se realizar.
O cabelo escuros e encaracolados de Art pendiam sobre seus óculos, ele vestia o mesmo jeans surrados de sempre é uma camiseta preta escrita viva lá vida o que era meio irônico pois Art era o garoto mais problematizado que já conheci , apesar de seu físico bem desenhado é sua altura de jogador dê basquete fazia isso passar totalmente despercebido para quem o não conhecia. Os tênis desamarrados e sua mochila pendendo sobre seus ombros indicava a presa do mesmo ao sair de casa , me levanto pegando minha mochila , ate então encostada na fonte, a coloco nas costas e caminho até Art

— Art, a aula só começa daqui a meia hora, e estamos a vinte minutos da escola, não vamos nos atrasar —  afirmei ao mesmo tentando  tranquilizalo o que não funcionou

— vinte minutos e o horário estimado Iriz — diz enquanto andamos — se fomos considerar os faróis fechados e a velocidade com que andamos isso sem conta a faixa de erro...

— vamos chegar a tempo — afirmo o interrompendo

Chegamos na escola os portões acabara de abrir para o alívio de Art, e para minha tristeza. Podemos dizer que a escola nunca fora muito meu lugar favorito, e alguma coisa me dizia que nesse ano não seria muito diferente.
Entramos pelos portões da escola enquanto escutava Art dizer que precisávamos escolher os melhores armários, pois ano passado avia ficado com um armário ao lado do vestiário masculino  que  tinha o feito sentir o pessimo odor de pura masculinidade ácida o que conseguiu me roubar um sorriso, ele realmente se preocupava com a localização de seu armário.
Viramos o corredor, é um grito estridente soou.Uma garota ruiva com o cabelo perfeitamente arrumado e sardas pintadas por todo o rosto veio a te mim me abraçando com tanta força que pensei que meus ossos poderiam quebrar, ela me soltou ainda elétrica e abraçou Art da mesma intensidade

— MEU DEUS, estava com tanta saudades de vocês, tantas coisas aconteceram nesse verão. preciso atualizar vocês — zoe sorria para mim com seus olhos perfeitamente verdes

— bom dia para você também zoe — dou um sorriso simpático a ela é caminho até meu armário de sempre pois diferente de Art gosto da localização dele

Zoe era o tipo de garota que se você olha-se para ela, isso a a tornaria sua melhor amiga. Tinha o coração tão grande quanto sua conta bancária, não muito diferente de todos nesse colégio, exceto a minha. Seu pai era um investidor imobiliário muito conhecido no país, e por hipocrisia da vida zoe era uma ativista que defendia a preservação das áreas verdes do nosso país, eles não se davam muito bem. Em 10 anos de amizade nunca vi zoe triste ou zangada, ela era um poço  de positividade e alegria.
Estava usando o mesmo macacão que carregava mais tinta que seus quadros é uma camiseta branca que parecia tar escrito "deixe as árvores viver" mas não tinha certeza, seu all star estava desamarrado, mas diferente do Art isso era perfeitamente comum

O primeiro dia do segundo ano, tudo parecia como sempre. Risadas estrondosas de um lado, casal se pegando de outro, tudo parecia exatamente como o ano anterior tirando o fato de que nada avia acontecido ainda

— olha se não é o trio dos esquisitos— falei cedo demais — que pena achei que esse ano me livrava de vocês — Stive  estava estava parado atrás de mim com seus dois amigos Tony e Scott rindo como se tivesse contado a melhor piada do século

Me viro e olho atentamente no fundo de seus olhos, e penso em todas as formas com que poderia calar sua boca sem quase nenhum esforço, porém apenas me contento em me virar e sair andando. Sinto a tensão de meus amigos enquanto rapidamente me acompanharam pelo corredor indo em direção a sala, Stive se deu ao trabalho de gritar mais algumas besteiras porém apenas o ignorei.
Stive Mackenzie, com seus 1,90 era o capitão do time de futebol, fazendo dele um dos garotos mais populares do colégio, seus cabelos eram loiros  escuro o caiam sobre olhos azuis, ele nem sempre foi um completo babaca, na verdade já avia sido meu amigo até que descobrir que agir como um completo babaca te torna um cara legal nesse colégio Hipócrita.

As aulas passaram como se o tempo estivesse parado eu estivesse atrasada para o evento mais importante da minha vida. Mas isso é bem comum para alguém que ir tem o pacote completo de TDAH, ansiedade e defet dê atenção.

—🌕—

O sinal finalmente bate para saída e eu me despeço de zoe que pelo visto de uma manifestação em frente uma área verde que seu pai queria comprar para fazer mais um de seus edifícios, Art tinha alguns criptografias para estudar, de acordo com ele o mundo estava demonstrando sinais irregulares, o fim do mundo poderia estar bem à frente dos  nossos olhos e estávamos deixando os sinais passar, mas para Art o fim do mundo sempre estava perto( o que não deixava de estar correto).

— cheguei — grito após adentrar a porta que pendia para baixo fazendo arrastar, deixando marcas no piso

— preciso arrumar essa porta — fala minha tia atravessando a divisória entre a cozinha e a sala — como foi seu dia querida? — passa por mim com seu macacão verde da ala de enfermagem do "new york hospital", apresada procurando sua bolsa

— tem comida na geladeira, é só esquentar e comer, vou chegar apenas amanhã de manhã, preciso que limpe a caixa de areia do Bartolomeu e jogue o lixo fora, pode fazer isso querida?  — pergunta parando finalmente na minha frente com a chave do carro e a bolsa na mão sem deixar  tempo de responder a pergunta inicial

— claro tia emy, é meu dia foi ótimo — minto e a vejo relaxar um pouco — vai tranquila vou ficar bem

Ela acende pra mim, me dá um beijo na testa e passa pela porta indo em direção ao seu Jeep wrangler 2000 preto que estava estacionado torto na frente da calçada, ela nunca foi muito boa motorista.

Senhorita dore Onde histórias criam vida. Descubra agora