Cap.26

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S/n ainda estava abalada por conta de Elizabeth, mas mesmo assim continuava firme com o treinamento com Legend e tentava se esforçar ao máximo na escola.

Ela sempre ia ao estábulo quando estava com o tempo livre e de vez em quando encontrava com a loira lá, mas Lizzie sempre dava alguma desculpa para ir embora. Alegando que tinha muito trabalho ou que estava cansada. Mas hoje era diferente, S/n não a viu mas Elizabeth estava no rancho e observava seu treinamento de longe.

Ela saltava os obstáculos com maestria enquanto Legend corria como o vento ao redor da pista.

O local era totalmente cercado por árvores então eles tinham todo o cuidado para roedores como esquilos ou coelhos não entrarem na pista fazendo uma cerca alta, mas durante a corrida, um coelho pulou a cerca e atravessou correndo na frente de Legend fazendo-a se assustar. A égua começou a pular e S/n tentava se segurar ao máximo enquanto Alessandra corria para ajudar a garota.

Mas S/n não conseguiu se manter na sela e caiu para trás e acabou tomando um coice bem no meio das costas e outro na cabeça.

Elizabeth olhou de longe, extremamente preocupada e não conseguiu se conter e correu para ajudar a mais nova que estava imóvel no chão.

S/n estava acordada mas estava sentindo uma dor imensa nas costas então não se mexeu com medo de algo grave ter acontecido.

-S/n! Consegue se mexer?- foi a primeira coisa que saiu da boca de Alessandra assim que chegou até a garota.

-Eu não sei...- ela fechou os olhos com força.- Estou com medo de tentar.

-Ok. Eu vou ligar pra uma ambulância e você não se mexa!- ela se levantou e no caminho para a casa trombou com Elizabeth que estava indo na direção da garota.- Fica lá com ela até os médicos chegarem! E em ipotese alguma a deixe mexer um músculo! Isso pode a paralisar da cintura pra baixo.- Elizabeth apenas balançou a cabeça positivamente e correu o mais rápido que pôde até se ajoelhar ao lado dela.

-Achei que não se importasse...- foi a única coisa que S/n disse quando a viu ali.

-Terminar com você não significa que eu não me importo. Agora fica parada. Eles já estão vindo.- ela se sentou ao lado da mais nova.

Ela se segurava para não pegar na mão da garota por medo de sua reação ser se mexer e ela correr algum risco.

Por outro lado. S/n se segurava para não chorar estando naquela situação e ao lado da mulher que mais amou e ainda ama sem nem olhar em seu rosto.

Assim que a ambulância chegou, S/n foi imediatamente atendida.

-Você não se mexeu não é?- o médico perguntou entrando na sala.

-Não. Alessandra disse pra eu não me mexer, e eu não o faria. Já vi casos de pessoas que ficaram paralisadas por cair de cavalos.

-E você fez o certo. Não se mexer foi a melhor escolha a se fazer, e impediu que as artérias se rompessem e te deixassem paralisada da cintura pra baixo.

-Tá dizendo que se eu me mechesse eu simplesmente não andaria mais?

-Isso mesmo. Eu aconselho um repouso de uma semana, só até se recuperar do tombo e bolsas de gelo nos machucados.

-Como eu vou explicar isso pra minha irmã...?

Ela pensou nos machucados em formato de ferradura bem no meio de suas costas.

-Pelo menos vai ficar tudo bem. Você já está liberada para ir pra casa S/n.

Depois de sair do hospital, S/n pegou uma carona até em casa no carro de Elizabeth. Era tudo tão estranho e Elizabeth tinha tanto medo do pai dela descobrir aquilo que nem percebeu que o mesmo estava parado em frente a casa da mais nova.

-É isso. Até amanhã.- S/n simplesmente saiu do carro e Elizabeth foi embora enquanto Carlos observava o carro de longe. Ele não havia a visto e desde que S/n não falasse nada, estava tudo bem.

-Quem era?- ele perguntou e S/n apenas o encarou.

-Uma amiga. O que veio fazer aqui?- ela perguntou com um pequeno sorriso simpático no rosto.

-Descobrir se você me desculpou...

S/n o analisou e ela teve duas semanas para pensar sobre aquilo e já tinha uma resposta em mente.

-Eu te dou uma segunda chance...- ele sorriu e a abraçou e S/n logo sentiu dor mas não esboçou nada.- Mas... Se você fizer outra burrada ou idiotice, você já era.- ele apenas concordou com a cabeça e foi embora. Disse que tinha coisas a resolver e não iria atrapalhar o tempo da filha.

Izzy foi até a casa de S/n e a mesma pediu ajuda com os machucados.

-Então você perdoou ele?

-Não perdoei. Apenas dei uma segunda chance dele provar que é uma boa pessoa.

-Bom... Você sabe o que é o melhor pra você então não vou falar nada. Afinal ele é seu pai.

-Só não sei se tô pronta ainda.

-Pronta pra quê?

-Programas de pai e filha.

Izzy riu e negou com a cabeça.

-Cala a boca!

A Secret Affair (Elizabeth Olsen and You)Onde histórias criam vida. Descubra agora