CAPÍTULO 32

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Calma gente, morri não kkkkk só não consigo escrever sem fone 🤡

QUERO AGRADECER IMENSAMENTE A VOCÊS PELOS MAIS DE 45 k de leitura ❤️❤️❤️❤️ obrigado

I R I N A
C O L L I N S

Era estranho. Me sentia leve, mas ao mesmo tempo pesada. O barulho de um bip chegava ao meu ouvido, pouco a pouco ficando mais alto. Escutava vozes, estava difícil distinguir, mas sei que uma delas era de Andrew.

Andrew.

A imagem do belo homem, pai do meu bebê, veio em minha mente. Seus sorrisos. Seu olhar.

Como num filme, lembro-me nitidamente da vez em que estávamos em meu apartamento, deitados em minha cama...

── Qual você prefere, menino ou menina? ── Pergunto vendo o homem alisar e conversar com minha barriga.

Andrew estava sendo um grande babão. Praticamente todos os dias vinha em minha casa trazendo presentes para mim e para o bebê, e sempre conversava com minha barriga como se o bebê o pudesse respondê-lo. 

── Não tenho preferência ── Deu de ombros ── Se vir com saúde já esta ótimo ── Beija minha barriga. Nossa, eu estava uma baleia ── Se vir parecida com a mãe ficarei mais feliz que nunca ── Diz olhando em meus olhos.

Acabo tossindo compulsivamente. As vezes Andrew soltava essas pérolas me deixando totalmente sem graça.

── Para de dizer essas coisas! ── Digo "brava" depois de me recuperar da tosse.

── São só verdades... ── Se ajeita na cama se sentando ao meu lado ── Não podemos tentar Irina? Quero construir uma família com você.

Ficamos um tempo nos olhando e acabo por ficar sem palavras.

Relacionamento?

Só tive um relacionamento em minha vida e ele não foi um dos melhores, longe disso. Acho que criei trauma. É difícil pra mim confiar em um homem mais uma vez, é difícil me envolver.

Penso várias vezes que deixei de viver o que eu queria por causa de um fantasma de Vinicius. Me privava de sentir, com medo de me apegar e me machucar mais uma vez.

Até quando eu teria que lutar contra o amor?

── Eu preciso ir em casa buscar as coisas da Victoria. Você pode ficar aqui um pouco? ── Escuto Andrew perguntar a alguém.

── Claro! Não precisa nem pedir! ── Pela voz era Lorenzo.

Escuto uma porta fechar e me obrigo a abrir os olhos. Quando o consigo, vejo meu amigo no canto do cômodo mexendo em algo.

── Lore... ── Chamo com a voz fraca.

Quando Lorenzo olhar pra mim, não consigo me segurar e caio em lagrimas. O desespero que senti por nós dois ainda parece gravado em meu peito.

── Irina! ── Lorenzo praticamente berra vindo me abraçar. Acabo gemendo de dor ── Eu fiquei tão preocupado.

Deixei a dor de lado e retribui como eu podia seu abraço. Ver que aquele pesadelo acabou, me deixa parcialmente feliz.

── O meu bebê Lorenzo! ── Derramo mais lágrimas ainda.

Lembro-me de perder muito sangue antes de desmaiar, e isso foi desesperador.

── Se acalme, a Victoria está bem ── Assegurou.

Victoria?

── Victoria? É uma menina? ── Sorrio feliz em meio às lágrimas.

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